segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Um Domingo especial...

Hoje, tivemos mais uma jornada de comunhão e confraternização com a amada Igreja de Águeda. O nosso pastor Jónatas foi convidado a entregar a mensagem da parte de Deus.
"Como obter a excelência" foi o tema da pregação, que teve suporte no texto bíblico registado em II Coríntios 12:7-10.
Deus pede-nos uma vida de excelência, mas muitas vezes, encontramo-nos acomodados, dando ao nosso Deus apenas aquilo que nos sobeja! E isto não é de agora. Ao lermos o Antigo Testamento, verificamos que, também naquele tempo, era frequente as pessoas ofertarem a Deus os animais com defeito. Não demos ao nosso Deus as nossas sobras. Ele merece o nosso melhor!
Mas, como buscar a excelência num mundo em crise? -interrogar-se-ão alguns. Outros, certamente, dirão que Deus é injusto, pois "permite" situações de dificuldade a quem O segue, enquanto aqueles que o rejeitam parecem ter uma vida maravilhosa. Quando nos encontrarmos numa situação dessas, leiamos o Salmo 37. Sigamos o conselho que nos é deixado no versículo 5 e entreguemos tudo nas mãos do nosso bondoso Deus! A excelência agrada a Deus e faz toda a diferença na nossa vida. Oxalá não nos contentemos com nada menos do que a excelência! Contudo, muitas vezes, sentimos tanta pressão que parece que não conseguiremos continuar. E não há nada de anormal nisso. Todos nós temos "direito" ao nosso "Momento Popeye", usando a expressão do célebre autor Bill Hybels. Popeye era muito fraco, mas quando se "metiam" com a sua Olivia, antes de comer espinafres, os quais lhe dariam força suficiente para retaliar, ele explodia: "Chega! Não aguento mais!" Às vezes, nós também precisamos de dizer a Deus: "Meu Deus, chega! Eu não aguento mais. Revela o Teu poder nesta situação".
Moisés teve os seus momentos Popeye, enquanto liderava o rebelde povo de Israel durante a travessia do deserto que separava o Egipto de Canaã. E o profeta Jeremias também os teve, quando o povo deu ouvidos às palavras bonitas de Pasur e ignorou a mensagem da parte de Deus que lhe tinha sido transmitida.
Habacuque também não escapou aos momentos Popeye e questionou Deus. Perguntou-Lhe a razão do sofrimento do povo. Recebeu como resposta um dos versículos que os crentes mais citam:"(...) o justo pela sua fé viverá" (Habacuque 2:4).
E Habacuque termina o livro de uma forma espantosa, com uma das mais belas orações de sempre. Ele afirma que ainda que nada tivesse, alegrar-se-ia no Senhor, exultaria no Deus da sua salvação (Habacuque 3:17-18).
"O Senhor Deus é a minha força" - declara ele convictamente.
E o apóstolo Paulo - mais um que teve momentos Popeye - também descobriu que Deus era a sua força (II Coríntios 12:7-10). Foi-lhe dado um "espinho na carne", um problema com o qual lhe era difícil conviver e pediu a Deus, várias vezes, que o livrasse do que tanto o incomodava. Recebeu como resposta: "A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza (v.9)". A dado momento, Paulo percebe que aquela dificuldade permanente o impedia de se envaidecer.
E daqui podemos extrair várias lições. Paulo começou por reconhecer que tinha um problema. Este é o primeiro passo que uma pessoa deve dar a fim de ser ajudada. De seguida, Paulo pediu auxílio e foi ter com a pessoa certa, o Senhor Deus. Oxalá nós também recorramos ao Pai Celestial nos momentos de adversidade! Paulo percebeu que o seu sofrimento tinha um propósito (mantê-lo humilde) e constatou que a graça de Deus era suficiente. Ou seja, aprendeu a viver pela fé (Habacuque 2:4).
Oxalá consigamos nós também reconhecer que a graça de Deus nos basta. E jamais esqueçamos que o poder de Deus se manifesta quando estamos fracos, quando não temos a solução para os nossos problemas. Infelizmente, muitas vezes, enveredamos por caminhos tortuosos porque achamos que temos a "chave" dos problemas. Também é frequente cometermos o erro de não buscarmos a direcção de Deus para as pequenas coisas. Achamos que não precisamos dEle sempre ou que não O devemos incomodar com coisas menores,. Contudo, como Pai amoroso que é, Deus interessa-se por cada pormenor da nossa vida e deseja estar presente em tudo o que nos diz respeito.
Ousemos viver pela graça e experimentaremos uma alegria inigualável. Mas, como é possível sentir alegria nas privações, durante as perseguições ou em momentos de angústia extrema? - perguntarão alguns. Habacuque 3:18 responde: é a salvação que nos enche de júbilo. A nossa alegria não provém de coisas exteriores, como uma casa luxuosa, um carro topo de gama ou um salário elevado. A nossa alegria reside na certeza de que um dia estaremos para sempre com o Senhor Deus.
Se acontecer ficarmos descontentes, analisemos o tipo de descontentamento que sentimos. Segundo Bill Hydels, existem dois tipos: o descontentamento santo (aquele em que reconhecemos que não aguentamos mais e experimentamos o poder de Deus a actuar porque dependemos dEle) e o descontentamento espiritual (aquele em que deixamos de querer Deus na nossa vida). Este último é perigoso, pois "atira-nos" para longe do Pai Celestial e da Sua protecção.
Como filhos amados de Deus, temos a liberdade de O questionar. É legítimo desejarmos saber o que Ele tem para nós, qual a Sua vontade para a nossa vida. Porém, tenhamos o cuidado de não protestarmos contra Deus. Ele é soberano. Além disso, porque nos ama tanto, tem o melhor para nós. Oxalá tenhamos maturidade suficiente para lhe pedirmos que a Sua vontade prevaleça sobre a nossa.

Busquemos a excelência em todas as áreas da nossa vida, nomeadamente para a nossa Igreja. E ajudemos os outros a buscarem também a excelência.

J.F. Kennedy celebrizou a frase: "Não pergunte o que o Estado pode fazer por si, mas veja o que você pode fazer pelo Estado". Seríamos sábios se pusessemos esse conceito em prática na nossa comunidade.
"O que é que eu posso fazer pela Igreja?". Ousemos colocarmo-nos esta questão.
Oxalá busquemos a excelência que Deus tanto almeja, investindo em pessoas!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Culto de Estudo Bíblico...

Continuamos a estudar acerca da pessoa de Jesus, e, ontem analisámos o impacto que a ressurreição de Cristo teve nos discípulos e nas nossas próprias vidas. Em Lucas 24:36-37, vemos qual foi a reacção dos discípulos ao verem Jesus. Ele surgiu no meio deles e eles pensaram tratar-se de um espírito. Porque terão eles pensado isso? É que antes da Sua morte e ressurreição, Jesus sempre acedia aos locais pela porta e, naquele momento, apareceu junto deles sem passar pela porta. Perante o espanto dos discípulos, Jesus apressa-se em provar-lhes que tem um corpo (Lucas 24:39-43). Assim, mostrou-lhes as mãos e os pés e pediu-lhes que O tocassem para se certificarem de que era Ele mesmo. Jesus ressurgiu com um corpo glorificado. É assim que nós também iremos ressuscitar, com um corpo sem corrupção! Que maravilha! No Céu também a nossa forma de pensar será transformada. Há quem defenda que no Céu só vamos fazer coisas que nos fazem felizes. Contudo, convém não esquecermos que há coisas que nos trazem felicidade, mas que desagradam a Deus! E, como o nosso pensamento também sofrerá transformação, aquilo que aqui tem grande significado, perderá, certamente, toda a sua importância perante as delícias do Lar Celestial.
I Coríntios 15 mostra-nos a importância da ressurreição de Cristo e o valor da mensagem do Evangelho. Jesus ressuscitou para nos mostrar que há vida após a morte. A Sua ressurreição enche-nos de esperança, mas uma esperança real. Porque Cristo ressuscitou, nós também ressuscitaremos para uma vida eterna com Ele, no lugar de delícias perpétuas que Ele próprio nos foi preparar quando ascendeu ao Céu. Embora a nossa vida na Terra, na total dependência de Deus, seja uma vida plena, se não houvesse ressurreição, a nossa existência não teria tanto sentido. A nossa fé seria vã, conforme afirma o apóstolo Paulo em I Coríntios 15:17.
A ressurreição de Cristo tem um significado tremendo para nós. Significa que fomos remidos. Com Cristo, na cruz, estavam os nossos pecados. O Seu sangue ali derramado garante-nos vitória sobre o pecado e a morte eterna. A Sua ressurreição também nos assegura que um dia iremos encontrar os nossos entes queridos que partiram salvos. E quão maravilhoso é sabermos que é enterrado um corpo físico, mas que surgirá um corpo espiritual (I Coríntios 15:44)! Como é bom termos a certeza de que um dia estaremos com Cristo no Céu! Tal como aconteceu com Ele, nós também ressuscitaremos para uma vida de eterna felicidade, num lugar onde não haverá choro, nem pranto, nem clamor, nem dor (Apocalipse 21:4).

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Culto da tarde...

"Não desista!". Este foi o título da mensagem que o Pr. Jónatas Lopes nos trouxe.
Números 14 foi o texto bíblico que lhe serviu de suporte. O povo de Israel estava no deserto, em direcção a Canaã, a terra prometida, depois de muitos anos a sofrer opressão no Egipto.
"Esmagados" pelo peso do trabalho duro que eram obrigados a realizar, eles clamaram a Deus por socorro. Deus ouviu-os e arranjou um plano para os libertar da servidão, tendo-lhes prometido um local onde haveria abundância de tudo.
Havia um deserto a separar o Egipto de Canaã e, a dado momento da travessia, Moisés, o homem que Deus escolheu para liderar o povo durante aquela jornada, enviou 12 espias a Canaã, um de cada uma das tribos de Israel. A ideia era eles irem ver como era a terra que Deus lhes prometera.
O relato acerca do que por lá viram encontra-se em Números 13:27-33.
Dez dos 12 espias não disseram coisas agradáveis. Não obstante reconhecerem as qualidades da terra, eles revelaram medo. Isto é, olharam mais para as dificuldades do que para aquilo que o Deus Todo-Poderoso tinha reservado para eles. Em vez de buscarem a vontade de Deus, preferiram olhar para os riscos da tarefa que Deus tinha para eles.
Entretanto, há alguém que tem uma reacção completamente diferente da deles (v.30). Calebe levanta-se e insurge-se contra o discurso derrotista dos seus companheiros. Confiante na vitória que Deus lhes daria, afirma que deveriam ir até Canaã tomar posse da terra que Ele lhes estava a dar. A contra-reacção não se fez esperar. Os homens que acompanharam Calebe e Josué (os únicos que não desanimaram perante as dificuldades) opuseram-se firmemente ao avanço do povo em direcção à Terra Prometida. Para onde é que olhamos quando passamos por momentos de adversidade? Olhamos para as dificuldades ou para Deus? Quando sabemos qual e a vontade de Deus, mas percebemos que teremos de correr alguns riscos, o que é que fazemos? Desistimos ou continuamos firmes no Senhor Deus?
É neste ambiente que surge o texto registado em Números 14. Nos primeiros 2 versículos vemos que, perante o relato pessimista dos 10 espias, os Israelitas começaram a murmurar imediatamente e desejaram voltar novamente para o Egipto. Espantoso como se esqueceram tão rapidamente dos maus tratos lá sofridos e do trabalho árduo que foram forçados a fazer!

Por outras palavras, o povo estava a dizer a Deus que queria viver sem Ele. Quantas vezes, não temos nós também memória curta! Quantas vezes não damos por nós a dizer: “Eu sei que Deus quer isto, mas é tão difícil e eu não quero!” Tendemos a olhar mais para o tamanho dos problemas do que para o “tamanho” do nosso Deus.

Mas, por que razão queria o povo viver sem Deus? Encontramos a resposta no verso 3, que pode ser resumido nestas perguntas: “É para isto que Deus nos chama? Saímos do Egipto para morrer?”

Ou seja, eles revelam uma tremenda falta de confiança em Deus. É nos momentos de grande dificuldade que nós mostramos quem realmente somos. E, nesses momentos, tendemos a questionar Deus. “Porque sofro tanto se sou filho de Deus?” – perguntamos com frequência. À semelhança do povo de Israel, nós nem sempre confiamos plenamente no Pai Celestial.

O versículo 4 mostra que o povo passou a desejar ser guiado por homens e não por Deus, pois decidiram eleger um líder que os levasse de volta ao Egipto. Que povo injusto! Deus já lhes tinha mostrado o Seu grande poder, realizando vários milagres (tinha aberto o Mar Vermelho para eles passarem, tinha-lhes providenciado alimento, tinha-lhes suprido as suas necessidades) e eles estavam a rejeitá.lo. Estavam, claramente, a dizer-Lhe: “Não confiamos em Ti, queremos ser guiados por outro!

Não somos nós também assim, tantas e tantas vezes? Deus age na nossa vida, mostra o Seu grande amor, cuida de nós de uma forma extraordinária e nós, muitas vezes, ainda duvidamos do Seu poder! Nos momentos de adversidade, não confie em si ou em qualquer outra pessoa. Confie em Deus. Com Ele, somos mais do que vencedores (Romanos 8:37).

Nos versículos 6 e 7, Josué e Calebe reafirmam o que tinham dito anteriormente. A terra que Deus lhes prometera é muito boa.

O que Deus tem preparado para nós é o melhor. Não duvide. Ele sabe, porque Ele é Deus. E Deus é bom.

Não desista da sua caminhada com Deus, porque ainda que Ele não tivesse mais nada para nós, o lugar que Ele tem preparado (João 14) para aqueles que O amam seria suficiente. O Senhor dá o que promete. Porém, muitos desconfiam das Sua promessas. Vários exemplos bíblicos mostram isso, como Abraão, Zacarias, etc. E como nós também desconfiamos, tantas e tantas vezes! Deus promete paz, não uma paz exterior, mas interior, uma paz que excede todo o entendimento, uma paz que não se deixa abalar pelas circunstâncias que nos envolvem. Que não seja o nosso exterior a dominar o nosso interior!

Mas, porquê seguir a Deus? - perguntarão alguns. Porque o Senhor é a nossa força (v.9). Porque Ele estará sempre ao nosso lado, para nos dar aquilo que Ele mesmo tem para nós. E, não nos esqueçamos que Deus é bom. Ele dá-nos muito mais abundantemente além daquilo que pensamos ou imaginamos (Efésios 3:20). Não desista da luta! O Senhor Deus é a sua força. Feliz aquele que nEle confia!

Deus protege. Como já vimos, Josué e Calebe eram a favor de se avançar para Canaã, pois criam firmemente que era Deus que lhes estava a dar aquela terra maravilhosa e, portanto, Ele seria com eles e guardá-los-ia. Assim tomaram a palavra e procuraram transmitir ao povo a sua visão. Porém, o povo preferiu dar ouvidos aos outros 10 espias e revoltou-se contra eles, tendo tentado matá-los. Mas, Deus interveio e não permitiu que tal acontecesse (v.10).

Olhemos para a nossa vida com olhos de ver. Se o fizermos, conseguiremos, seguramente, identificar inúmeras situações em que Deus esteve presente, protegendo-nos. “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem, e os livra (Salmo 34:7). Sejamos agradecidos!

No verso 11, vemos a indignação de Deus perante a postura do povo a quem Ele acabara de livrar do jugo da servidão.

Tal como tinha para os Israelitas, Deus também tem algo bom para nós. Será que nós, tal como eles, ainda duvidamos disso, não obstante tudo o que Ele tem realizado na nossa vida?

Quantas vezes não andamos ansiosos quanto ao nosso futuro! Quando isto sucede, mostramos falta de confiança no nosso Deus, pois a Bíblia afirma: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e Ele tudo fará” (Salmo 37:5). A nossa caminhada não tem de ser solitária.

O Senhor está com aqueles que O querem. Esta é a ideia implícita no versículo 12. Perante situações de tragédia e miséria, é frequente ouvirmos as pessoas perguntarem onde está Deus quando tais acontecimentos ocorrem. Se olharmos para a história, veremos que o homem nunca quis saber de buscar a orientação de Deus para as suas acções. Logo, é inevitável que “colha” as consequências das suas escolhas insensatas. “Os olhos do Senhor estão com aqueles cujo coração está contrito” (Salmos 34:18).

Para onde é que costuma olhar quando enfrenta desafios? Para o tamanho deles ou para Deus?

“Mas, a vida é dura, a vida traz coisas para as quais não estamos preparados e que não conseguimos aguentar” – alegamos muitas vezes. “O que fazer?”

Peça a Deus que mostre o Seu poder (v.17). Ousemos ter o nosso momento “Popeye”:"Chega! Não aguento mais! É muito duro. Deus revela o Teu poder!" Às vezes, precisamos de ter aquilo que um autor Bill Hybels chama de “descontentamento santo”. Esta não é uma caminhada solitária. Podemos contar com o Todo-Poderoso! Porém, para que isto aconteça, terá de haver arrependimento (v.18 e v.19). Deus age; Deus trabalha; Deus manifesta o Seu poder para com aqueles que se arrependem do seu pecado. Quando fizer algo que não agrada a Deus, arrependa-se genuinamente. “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça (I João 1:9). Arrependa-se e verá graça de Deus!

No versículo 24, vemos que Deus abençoa aqueles que Lhe são fiéis. De todos aqueles que saíram do Egipto, apenas Josué e Calebe tiveram o privilégio de entrar e habitar na Terra Prometida. Porquê? Porque se mantiveram fiéis ao Senhor, quer nos momentos bons, quer nos difíceis. Falharam? Pecaram? É óbvio que sim. Mas, pediram perdão! É isso que Deus pretende que nós façamos.

O verso 27 mostra que Deus não se agrada dos nossos protestos. O povo de Israel estava sempre a murmurar contra Deus. Oxalá não adoptemos a sua postura! Questione, mas não proteste. Qual a diferença? Quando questionamos, revelamos interesse em saber mais acerca da vontade de Deus. Porém, quando protestamos, mostramos que duvidamos do nosso Pai.

O Senhor Deus age conforme as nossas acções; com a Sua graça e com a Sua misericórdia (v.28). Semeie o bem e colherá o bem. Semeie o mal e trará sofrimento sobre si e sobre os seus. Se optar por Deus, Ele abençoá-lo-á e dar-lhe-á aquilo que for melhor para si. Não duvide. “Provai e vede que o Senhor é bom” (Salmos 34:8).

Não esqueçamos que todas as nossas acções têm consequências. O povo de Israel sofreu as consequências de não ter escolhido a Deus (versos 29 e 34-39). Eles não alcançaram a terra que Deus lhes prometera. Morreram no deserto. No versículo 39, vemos que, ao tomarem conhecimento da sua “sentença”, eles entristeceram-se. Contudo, era preciso algo mais do que tristeza. É provável que se se tivessem arrependido, Deus os teria poupado, como poupou o povo de Nínive (Jonas 3:10).

Josué e Calebe viram a “janela” de Deus e confiaram (v.30). O medo não os paralisou como aconteceu com o restante povo. Avançaram, pois estavam convictos de que Deus estava com eles. E você? Crê que Deus está presente na sua vida? Confia nele de todo o seu coração (emoção), de toda a sua alma (razão) e com todas as suas forças (aquilo que possui)?

Veja o que Deus tem para si e avance sem quaisquer receios. Vá em frente. Pode todas as coisas naquele que o fortalece (Filipenses 4:13). Contudo, jamais avance sem Deus! Ao invés de pedir a bênção de Deus para o seu caminho, busque o caminho de Deus para si e, uma vez lá, peça a Sua bênção. Se avançar sem Deus, o inevitável acontecerá (versos 43-45). Os Israelitas optaram por não continuar com Deus e, portanto, deixaram de poder contar com a Sua protecção. Ficaram vulneráveis aos ataques dos inimigos e foram derrotados por estes.

É nosso desejo e oração que você escolha Deus. Ele tem o Seu braço estendido na sua direcção, antes mesmo de você pensar em esticá-lo.

domingo, 21 de novembro de 2010

EBD...

A nossa lição da Escola Dominical, baseada em Efésios 6, teve por título: "Ser respeitador". A verdade bíblica diz os Cristãos devem tratar todos (pais, filhos, patrões, etc) com todo o respeito.
O versículo 1 dirige-se aos filhos e contém um apelo para que estes sejam obedientes aos pais. Infelizmente, isto já não se verifica em muitas famílias. Actualmente, assiste-se a uma inversão de papéis.
Quais serão, então, as maiores dificuldades na relação entre pais e filhos, nos dias de hoje? Verificamos que existe muita incompreensão de parte para parte; os filhos não obedecem aos pais nem demonstram respeito por eles; os lares são meros dormitórios e os pais não passam tempo suficiente com os filhos, tempo esse que deveria servir para incutir valores e para criar boas memórias.
O verso 2, que ainda é dirigido aos filhos, ordena-lhes que honrem os pais. O que significará isto? Isto não é mais do que manter os pais numa posição elevada; colocá-los num lugar de destaque; significa que devemos ouvir os seus conselhos. E, será que isto termina, quando os filhos se casam? Obviamente que não. A honra tem de estar sempre presente na relação filhos/pais. A obediência poderá não estar, pois se os conselhos que os pais dão aos filhos para seguir, não forem bons, devem ser ignorados. Porém, honrar os nossos pais é algo de que jamais podemos prescindir, quer sejamos crianças ou adultos, solteiros ou casados.
E, aqui, impõe-se uma questão: "Virá este mandamento contradizer Mateus 19:5 que afirma que o homem deverá deixar o pai e mãe, para se unir à mulher, formando com ela uma só carne?" De modo nenhum. Estes versículos complementam-se, pois, ao nos tornarmos uma só carne com o nosso cônjuge, temos o dever de também honrar os pais dele(a), os nossos sogros. Devemos também protegê-los, por amor ao nosso marido ou à nossa esposa.
O dever de honrarmos os nosso pais, refere o versículo 2, é o primeiro mandamento com promessa. De que promessa se trata? O verso 3 responde: vida longa. Não exactamente em termos de quantidade, mas de qualidade. Todos sabemos que os conflitos com os pais ou sogros perturbam imenso. Então, não entremos em guerra e, no futuro, evitemos as situações que geram conflito.
O mesmo se aplica aos pais. Se os filhos não aceitarem um determinado conselho, não façam disso um cavalo de batalha. Às vezes, faz-lhes bem "bater com a cabeça".

O versículo 4 expressa um dever dos pais para com os filhos: "(...) não provoqueis à ira os vossos filhos (...)". O que significará isto? Será que quer dizer que os pais não devem contrariar os filhos? De todo! Todos sabemos que é preciso contrariar os filhos. Temos é de ter atenção à forma como os contrariamos. Por exemplo, como é que os pais podem levar os filhos a terem determinadas posturas se eles próprios não as tiverem? Os pais são uma das principais referências dos filhos. Eles tendem a seguir o exemplo dos pais. Assim, os pais irritam os filhos quando não explicam porque estão a agir de determinada maneira, isto é, quando a disciplina se transforma em punição.

Mas, o que é a disciplina? É algo que serve para colocar no caminho correcto; é algo que serve para restaurar. Ou seja, é explicar porque razão determinado comportamento é errado e mostrar qual a postura correcta. E convém não esquecer que, às vezes, bater só serve para aumentar o ódio dos filhos. O castigo, privando-os de algo que lhes seja muito querido, pode ser o melhor "remédio", especialmente quando se trata de adolescentes. É também importante notar que não se deve ceder relativamente à duração do castigo, mesmo que os filhos se mostrem arrependidos. Perante o arrependimento, os pais devem perdoar, obviamente, mas devem manter o castigo pelo período de tempo inicialmente estabelecido.

Os filhos devem ser educados em disciplina e equilíbrio. Os pais devem esforçar-se por passar tempo com os filhos e fazer com eles coisas de que eles gostem. Por outras palavras, os pais devem criar boas memórias nas crianças para que quando chegarem as fases difíceis, como a adolescência, os filhos tenham a certeza da presença constante dos pais e do seu amor incondicional.

No versículo 5, o apóstolo Paulo dirige-se aos escravos. Transpondo para os dias de hoje, este conselho é para aqueles que trabalham por conta de outrem. Estes devem servir com lealdade, como se servissem ao Senhor.
Certamente, muitos interrogar-se-ão como é que poderão ser leais para com quem é desleal. Muitas pessoas alegam que isso é impossível de se fazer, pois os patrões estão cada vez piores. Mas, não nos esqueçamos que Paulo estava a falar para escravos. Haverá pior condição do que esta? Paulo está a dizer que devemos pôr toda a nossa alma naquilo que fazemos, como se estivéssemos a trabalhar para o Senhor. E devemos proceder assim sempre, e não apenas quando estamos a ser vigiados, pois, agindo desta maneira, receberemos do Senhor a recompensa daquilo que fizermos.
No verso 9, Paulo termina estas recomendações, falando para os patrões, aconselhando-os a proceder com respeito e lealdade para com os seus funcionários, não recorrendo a ameaças. Quando os patrões contribuem para um bom ambiente de trabalho, os empregados darão mais de si e isso só trará benefícios à organização. Infelizmente, isso não se verifica com muita frequência nos dias que correm, pois os patrões não têm a visão de que se investirem nos funcionários, eles darão o máximo de si.
Oxalá todos puséssemos em prática estes preciosos conselhos que o apóstolo Paulo deixou na sua carta aos Efésios!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Culto de Estudo Bíblico...

O Pr. Jónatas Lopes trouxe-nos um estudo sobre a ressurreição de Jesus. "Haveria algo a acrescentar ao sacrifício de Jesus?" Esta foi a pergunta que serviu de mote ao estudo. Hebreus 10:12-14 responde. Neste texto bíblico, verificamos que o singular sacrifício de Jesus é completo. Ele morreu, mas ressuscitou. Venceu a morte. Por causa disso, todos os que O aceitarem como Salvador e Senhor das suas vidas, herdarão a vida eterna junto dEle. Isto, contudo, contrapõe com a condenação eterna para aqueles que não o receberem nas suas vidas. Infelizmente, há muita gente que não considera o sacrifício realizado por Jesus, indo à cruz morrer pelos pecadores, suficiente e completo e tentam acrescentar algo. Assim, há quem defenda que para se obter a salvação é necessário contribuir com uma determinada verba; outros crêem que só seremos salvos se realizarmos boas obras. Porém, em Efésios 2:8-9, vemos que somos salvos devido à graça divina. A salvação não provém de qualquer acto nosso. Não há nada que possamos fazer para sermos salvos (Actos 4:12). Jesus fez tudo!
Sabemos que Jesus se entregou à morte para que os nossos pecados fossem perdoados. Porém, às vezes, a dúvida instala-se e perguntamos: "Será que Jesus realmente me perdoou?" As derradeiras palavras de Jesus na cruz provam que sim. "Está consumado!" Isto é, está completo. Por isso, não precisamos de nos preocupar. Quando nos arrependemos genuinamente, Ele perdoa. O sangue que Ele derramou na cruz garante-nos vitória sobre o pecado. A morte de Jesus é algo que as pessoas aceitam facilmente. Por norma, não duvidam que Ele tenha morrido. Contudo, é-lhes difícil acreditar na Sua ressurreição. E até existe uma tese que defende que os discípulos roubaram o corpo de Jesus. Porém, se lermos Mateus 27:62-66, vemos que isso seria impossível, pois um grupo de soldados montou guarda ao túmulo de Jesus para se certificarem de que isso não aconteceria. A iniciativa de guardar o sepulcro partiu dos principais dos sacerdotes, que se lembraram que Jesus dissera que ressuscitaria ao terceiro dia. É interessante notar que os discípulos de Jesus esqueceram-se dessas palavras, mas os outros não. Às vezes, são os que estão do lado de fora que vêem melhor! Em Mateus 28:11-15, dá-se a confirmação da ressurreição de Jesus. Ao verem o sepulcro vazio, os soldados que o guardavam assustaram-se. Então, o anjo diz-lhes que Jesus, tal como Ele próprio previra, havia ressuscitado.
Entretanto, ao contarem o sucedido aos principais dos sacerdotes, os soldados vêem ser-lhes oferecida uma determinada verba em troco do seu silêncio sobre a ressurreição de Jesus. Eles aceitam e são, então, instruídos a espalharem o boato de que os discípulos tinham ido furtar o corpo de Jesus. E aqui vemos o poder de um boato, pois este sobreviveu até aos dias de hoje e os Judeus crêem que aconteceu conforme o que foi divulgado por aqueles soldados!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Culto da tarde...

Isaías 54:1-5 foi o texto bíblico que serviu de base à mensagem que o Pr. Jónatas Lopes nos trouxe.
Em primeiro lugar, importa contextualizar esta passagem: Por causa da sua rebeldia, o povo de Judá estava cativo na Babilónia. Um cativeiro que durou 70 anos. Surge, então, este texto, em que Deus oferece ao povo uma nova oportunidade de se redimir. O plano de Deus era que eles fossem um. Ou seja, Deus mostra-lhes o que é ser igreja e oferece-lhes a Sua graça e o Seu grande amor.
Semelhantemente, muitas vezes, nós também nos sentimos em cativeiro espiritual e Deus também nos dá oportunidade de livramento. Deus quer algo de nós. Ele está a juntar o Seu povo, a oferecer a Sua graça e a derramar o Seu amor. Cremos nisto? Ou ainda duvidamos? Ou será que perdemos tempo no "nha, nha, nha"? Louve e verá! Tudo começa na adoração, como podemos ver no versículo 1: "Canta alegremente"...
Adore. Muitas vezes, pensamos que nada está a acontecer na Igreja e nas nossas vidas, mas nem sempre o que parece é. Adoremos e veremos! Quando adoramos, passamos a ver a necessidade que existe de haver mudanças na vida da Igreja.

No versículo 2, vemos que Deus está a exigir mudanças ao povo: Aumenta; acrescenta; alarga; fixa...

Há quem seja avesso a mudanças. Muitas vezes, não passamos de caçadores que disparam ao mínimo sinal de movimento. E todos sabemos as consequências desastrosas que podem advir de um tal acto!

Seremos, de facto, "caçadores"?! Quando surgir um problema ou quando estivermos a ponto de criticar algo, coloquemos a nós próprios 4 questões fundamentais: 1ª: É de Deus? 2ª: É para Deus? 3ª: Edifica? 4ª: Ou serei um caçador?

Muitas vezes, não estamos dispostos a trabalhar, mas, parece que estamos sempre prontos para criticar quem lançou mãos à obra. Temos de sair da nossa zona de conforto, pois é isso que Deus deseja que façamos. Temos de nos expor e estar a jeito dos "tiros" que possamos vir a sofrer. Precisamos de abandonar o marasmo espiritual.

Que relação temos com as mudanças que Deus quer operar? Todas as mudanças têm o seu custo. Quando buscamos a vontade de Deus, ficamos mais expostos aos ataques do inimigo. A solução é aumentarmos o nosso grau de intimidade com Deus, pois se não o fizermos, estaremos muito vulneráveis e poderemos levar um "tiro" que causará a nossa morte espiritual.

Infelizmente, muitas vezes, mudamos apenas o local de onde lançamos os ataques. Como analisar o tipo de mudança que ocorreu? Com as 4 perguntas referidas anteriormente: É de Deus? É para Deus? Edifica? Ou sou um "caçador"? Analisemos os nossos comentários, tanto os verbais como aqueles que não verbalizamos, mas que podem ferir tanto quanto as palavras. Se o que temos a dizer, não edificará, fiquemos calados. Que as palavras dos nossos lábios e o meditar do nosso coração possam ser agradáveis a Deus! Enquanto isso não se verificar, fechemos a nossa boca.

Deus está a trabalhar, mas não nos esqueçamos que o diabo não dorme. Porém, sabemos que o nosso Deus e Senhor, o Todo-Poderoso, tem grandes coisas para nós! E quando vemos a Sua glória, mudamos...

Quando adoramos a Deus, vemos aquilo que Ele tem para nós. E, ao vermos aquilo que Ele tem para nós, temos forçosamente que mudar alguma coisa. É essa a ideia implícita no versículo 3. E, quando mudamos alguma coisa, a nossa área de abrangência aumentará.Chegaremos mais longe. Mas, infelizmente, muitas vezes desejamos apenas aumentar o nosso "Ego Eclesiológico". Não nos esqueçamos que nos territórios fora da nossa zona de conforto (a nossa Igreja), há muitas pessoas que ainda não ouviram falar da graça divina. Estamos dispostos a transpor as fronteiras?! Estaremos dispostos a "arregaçar as mangas" e "sujar" as mãos?!

Sujamos as mãos com o trabalho? Sujamos as mãos com as pessoas quando as recebemos? Por norma, temos dificuldade em apertar a mão a quem está sujo; em abraçar quem cheira mal; em ouvir aquele que está sempre a falar; e em conversar com aquele que está sempre calado. Quanto mais "lavar os pés"... Mas, não é isso que somos chamados a fazer? Cristo deixou-nos o exemplo (João 13).

Muitas vezes, não sabemos receber as pessoas. Colocamos os nossos interesses pessoais em primeiro lugar. Ainda alimentamos o "Ego Eclesiológico". Mudar e alargar... Estaremos dispostos?! Crescer dói. Ao receber novos membros, o corpo pode aceitar ou rejeitar. O que é que escolhemos? Às vezes, a Igreja não está preparada para crescer. Não falamos nem cumprimentamos quem nos visita... Em que nível estamos? Será que estamos a perder tempo com o "nha, nha, nha"?! Vale a pena reflectirmos sobre a nossa postura.

Adore e verá; veja e mudará; mude e alargará... E, por fim, alargue e triunfará! E, ao triunfar, esquecer-se-á do passado sofrido, como nos mostra o versículo 4. Na verdade, não esqueceremos, mas quando recordarmos um qualquer acontecimento que nos tenha magoado, a dor, outrora tão presente, não se manifestará.
Quantas vezes não nos angustiamos por causa de algo que nos marcou negativamente no passado? Quantas vezes não sofremos por vermos aqueles que não temem a Deus prosperarem, quando, aparentemente, isso não está a acontecer connosco? Quantas vezes não sofremos com o mal que os outros nos causam? Ao triunfarmos, essas coisas passarão. E sabemos que triunfaremos, pois o nosso Deus é o Senhor de toda a terra. E, com Ele ao nosso lado, somos mais do que vencedores (Romanos 8:37).
O nosso Redentor é o Santo de Israel, o Deus Todo-Poderoso. Cremos nisto ou duvidamos? Ou será que perdemos tempo no "nha nha nha"? Que tal testarmos o nosso nível? A nossa relação com a Igreja... Quando falamos da Igreja, em que termos o fazemos? Dizemos algo do género: "A Igreja é isto ou aquilo"? ou afirmamos "Nós somos estes ou aqueles"? Se a nossa resposta for a primeira, significa que não nos sentimos parte da Igreja e que ainda temos um longo caminho a percorrer. Se for a segunda, é porque já nos sentimos parte da Igreja. Que Deus nos incomode para a Sua honra e Sua glória! (Convém não esquecermos que, quando Deus incomoda, as coisas podem ser difíceis, mas serão boas, pois Deus é bom!). Meditemos nisto e cheguemos a uma conclusão.
O que é que Deus deseja para nós e para a Sua Igreja? Que mudemos ou que continuemos com o nosso actual estilo de vida?!

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Culto de Ceia e EBD...

Na nossa Escola Dominical, falámos sobre a vida do casal, uma lição que nos foi trazida pelo Pr. Jónatas Lopes e que teve suporte bíblico em Efésios 5:21-24. Cada vez mais, os casais estão desavindos. O divórcio é uma constante na nossa sociedade e os filhos, quando os há, são as principais vítimas da separação. Como tudo seria diferente se os adultos, antes de tomarem decisões, muitas vezes, irreflectidas, pensassem nas crianças e nas consequências que tal acto terá na sua vida! Oxalá pensassem também no bem-estar dos filhos e não somente no seu!
O texto bíblico da nossa lição é sobejamente conhecido, mas também é - e provavelmente na mesma proporção - menosprezado... Isto, porque muitas pessoas consideram-no completamente desactualizado. Mas, será assim mesmo? Obviamente que não. A Palavra de Deus jamais ficará desactualizada! Efésios 5:21 diz que devemos sujeitar-nos uns aos outros no temor de Deus. Isto é, somos desafiados a ser submissos uns aos outros. Porquê? "Pelo respeito que têm a Cristo", diz uma tradução. Será que é isto que vemos nos relacionamentos nos dias de hoje? Onde é que mais falhamos? É precisamente na falta de humildade. Na maioria dos relacionamentos, impera a arrogância e a altivez.
O versículo 22 contém uma afirmação que tende a ser mal interpretada e, como tal, desagrada às mulheres e alimenta o ego dos homens machistas. "Vós, mulheres sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor". Como é que o machista interpretaria isto? Provavelmente, faria uma tradução do género: "Mulheres, humilhai-vos aos vossos maridos; obedecei-lhes sem questionar!" Porém, é óbvio que quando Deus está presente no casamento, estas atitudes não podem existir. Atitudes que revelam superioridade não podem coexistir com a presença do Deus que não faz acepção de pessoas e que, através de Paulo, nos pede que consideremos os outros superiores a nós mesmos (Filipenses 2:3). A ideia aqui implícita é a existência de respeito das mulheres para com os maridos, como sendo os responsáveis máximos do lar. O verso 23 afirma que o homem é o cabeça do lar, assim como Cristo é o cabeça da Igreja. Isto é, o marido deve cuidar da esposa e protegê-la e promover o seu bem-estar para que ela possa ser a mulher virtuosa retratada em Provérbios 31. É isto mesmo que o autor do livro "As cinco linguagens do amor" afirma nessa obra. Ele diz que a mulher é como um poço e que o marido deve enchê-la de coisas boas, para que possa transbordar e "inundar" a família com coisas agradáveis. Não devemos entrar no casamento com o objectivo de satisfazer as nossas necessidades, mas com o de responder às necessidades do nosso cônjuge.
O versículo 24 diz que as mulheres devem ser submissas em tudo, aos maridos, assim como a Igreja está sujeita a Cristo. O que significará isto? Precisamos de compreender isto no amor do Senhor... Paulo vem trazer valor ao casal e não retirar valor à mulher, pois não poderia entrar em contradição com Provérbios 31 que evidencia a importância da mulher ( virtuosa) na vida familiar. O homem pode ter a responsabilidade máxima, sem impor a sua vontade como se de um ditador se tratasse. Ele deve ouvir a mulher e zelar para que ela se sinta bem na relação.
O versículo 25 contém uma ordem para os maridos. Eles devem amar as suas mulheres do mesmo modo que Cristo amou a Igreja. Que tipo de amor é este? É uma amor sacrificial. Jesus morreu pela Igreja. Então, que ideias retiramos deste verso? Eis algumas: - Se os maridos amarem as suas mulheres, não poderão ter atitudes machistas, pois o machista só se ama a si próprio. E um homem que ama a esposa, procura suprir as necessidades dela, não é egoísta. Amar é também abdicar do nosso "eu". - Os maridos devem dar a vida pelas suas mulheres. Infelizmente, nos dias que correm vemos mais o oposto: os homens a tirarem a vida das mulheres. E este "tirar a vida" nem sempre é literal. Eles tiram-lhes a vida no dia-a-dia, não as deixando ter ideias próprias, não as deixando participar nas decisões que dizem respeito à família, etc. É fundamental que haja respeito pelas mulheres, tendo em conta que há diferenças entre os sexos. Ser casal é respeitar essas diferenças e, consequentemente, as necessidades - também elas diferentes - um do outro. - Os homens também devem dar a sua vida para que a mulher tenha beleza. Isto é, os maridos devem ajudar as mulheres para que elas possam ter tempo para cuidar de si (v.26).
Quando homem e mulher casam, tornam-se um só corpo para tudo e em tudo e, portanto, as soluções para os seus problemas devem ser encontradas entre eles. Não devem depender, diariamente, de terceiros. Quantas vezes, as coisas não correm bem porque um deles se recusa a cortar a ligação umbilical com os pais? É nosso desejo e oração que os casais da nossa Igreja ponham em prática, diariamente, a Palavra de Deus, a fim de terem lares saudáveis e felizes!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Culto de Estudo Bíblico...

Continuamos a falar na pessoa de Jesus e, hoje, o Pr. Jónatas Lopes trouxe-nos um estudo sobre a Sua morte. Mateus 16:21 mostra-nos que Jesus sabia aquilo que lhe iria acontecer. Este versículo contém uma profecia Sua sobre a Sua própria morte, o que prova que Ele estava plenamente consciente do sofrimento atroz que teria de suportar, durante a crucificação. O facto de Jesus saber, previamente, tudo aquilo por que iria passar, deve levar-nos a valorizar ainda mais o sacrifício que Ele fez para nos salvar. Neste verso, Ele até menciona as pessoas que o fariam padecer. Cristo sabia, de antemão, tudo o que lhe iria acontecer e, portanto, também sabia que a história não terminaria na morte. Ele sabia que ressuscitaria ao terceiro dia e disse-o aos Seus discípulos. Porém, nesta altura, eles ainda não sabiam bem quem era Jesus. Eles só se aperceberam de quem Cristo realmente era quando Ele ressuscitou. Tomé, inclusivamente, precisou de ver as marcas da crucificação para crer que estava, de facto, perante Jesus! Oxalá não sejamos como ele.
Em Mateus 27:34-35, ficamos a perceber que tipo de morte suportou Jesus. Ele foi extremamente humilhado e até o pouco que tinha lhe tiraram, pois repartiram entre si as Suas vestes. E, escarnecendo dEle, sobre a Sua cabeça, colocaram uma coroa de espinhos e uma inscrição que continha as palavras "Este é Jesus, o Rei dos Judeus", as quais constituíam a Sua acusação.
Mateus 27:38 afirma que Jesus foi crucificado ao lado de 2 ladrões. Será que conseguimos imaginar o cenário e a extensão da humilhação? Jesus, que deu tanto de Si mesmo e que só praticou o bem, uma pessoa completamente inocente, ali, crucificado ao lado de 2 salteadores, como se Ele próprio também fosse um malfeitor. E, aqui, uma pergunta impõe-se: "Jesus foi à cruz voluntariamente?" João 10:17-18 dá-nos a resposta. Sim, Jesus morreu por nós, voluntariamente. Ele entregou-se de livre vontade! Mas, não terá Ele desejado livrar-se disso? Sim. A dada altura, angustiou-se ao imaginar o sofrimento que teria de suportar e orou: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e sim a tua" (Lucas 22:42). A segunda parte do versículo é deveras importante, pois Jesus "abandona-se" à vontade do Pai! Oxalá sigamos o Seu exemplo! Oxalá sejamos corajosos ao ponto de dizermos a Deus para que seja a Sua vontade a prevalecer!
João 3:18 revela a condição do homem sem Cristo. Quem não crer, já está condenado, afirma este versículo. É importante reparar que não diz "será condenado". Afirma que já está condenado! Muitas vezes, porque sabemos que Deus é amoroso e gracioso, achamos que podemos viver como muito bem entendermos. Deus ama-nos, é um facto. E ama-nos muito. E, portanto, como Pai amoroso que é, e à semelhança do que acontece com os pais terrenos, impõe-nos limites. Oxalá nos esforcemos por viver dentro desses limites, de modo a agradar-Lhe! Demos cada vez mais de nós mesmos para a honra e glória de Deus. Oxalá tenhamos Cristo como referência, pois Ele até se entregou à morte para levar as pessoas condenadas até Deus (IPedro 3:18).

domingo, 7 de novembro de 2010

EBD...

"Ser cuidadoso" foi o título da nossa lição da Escola Dominical de hoje, a qual nos foi apresentada pelo irmão Valter Roque. Efésios 5:15-21 foi o texto bíblico que lhe serviu de base, um texto, que, como frisou o Ir. Valter, faz mais sentido se inserido em todo o seu contexto, o da restante carta aos Efésios. Tal como não lemos apenas uma parte de uma qualquer carta que eventualmente recebamos, também não o devemos fazer com a carta que o apóstolo Paulo escreveu à igreja de Êfeso, uma igreja que ele conhecia muito bem, pois já tinha passado algum tempo com eles (cerca de 3 anos). Daí, Paulo referir-se especificamente aos Efésios, dando instruções e exortações concretas. Recordamos que se tratava de uma igreja constituída essencialmente por gentios e que Paulo estava a escrever em circunstâncias muito difíceis. Ele estava preso em Roma.
Este texto começa de uma forma pouco usual para uma carta. São palavras que nos abateriam se as analisássemos isoladamente. Porém, isto vem na sequência de várias exortações. Daí a importância de conhecermos bem o contexto. "Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus" (Efésios 5:15-16). Paulo exorta-nos a ter uma conduta exemplar, não apenas em determinados contextos, mas sempre... na igreja, no local de trabalho, na nossa família. Mas, como é que isto é possível? Apenas através de uma comunhão íntima com Deus. Só através do conhecimento e do reconhecimento de Deus nos nossos caminhos é que conseguiremos isso. Paulo aconselha-nos a andar sabiamente. E aqui, talvez seja pertinente recuarmos até Efésios 1:17-20. Verificamos assim que, em Efésios 5, Paulo reforça o que havia dito anteriormente.
Paulo aconselha-nos a remir o tempo, porque os dias são maus. Isto é, devemos aprender a gerir bem o tempo que temos. Actualmente, isto parece impossível de se fazer, pois a agitação do dia-a-dia não nos deixa tempo livre. Porém, Eclesiastes 3:1 afirma que há tempo para todo o propósito. E, aqui, talvez seja relevante falarmos de uma expressão que não é muito usada - dízimo do tempo. Quanto do tempo que passamos acordados, guardamos para estar com o nosso Deus? Será que Lhe dedicamos, no mínimo, uma décima parte desse tempo? Temos intimidade com o Pai Celestial, diariamente? Procuremos ter tempo de qualidade com Ele. Efésios 1:17-20 exorta-nos a ter um conhecimento cada vez mais profundo de Deus, pois isso dar-nos-á sabedoria e esperança. Ou seja, não se trata de conhecimento por conhecimento, mas de um conhecimento pleno, um conhecimento com um objectivo específico: obter sabedoria para compreendermos claramente o que Deus nos revela, para entendermos a Sua vontade. E, Deus, não nos dá apenas sabedoria. Ele dá-nos algo mais, algo que ninguém nos pode tirar: esperança (Efésios 1:18). Ou seja, este conhecimento profundo do nosso Deus também nos leva a entender a extensão da herança que nos está reservada, a vida eterna. Também passamos a compreender melhor o poder de Deus, aquele poder que foi capaz de ressuscitar Jesus (Efésios 1:19-20). Vale a pena ler mais sobre este poder em Efésios 3:20? Que poder é este que em nós opera? Não temos dúvidas de que Deus é poderoso... Mas, para fazer o quê? Este versículo dá-nos a resposta. Para fazer "muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos..." Que maravilha! Nada está fora do alcance do poder de Deus. Em Efésios 5:17, Paulo exorta-nos a que entendamos a vontade de Deus. Às vezes, não nos contentamos em saber qual é a vontade de Deus... Queremos saber qual é a vontade de Deus para a nossa vida. A vontade de Deus é que O amemos acima de todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos. Esta é a vontade de Deus para nós. Não achamos suficiente? Mas, é trabalho para a vida toda... É óbvio que também devemos procurar conhecer a vontade de Deus para uma situação específica da nossa vida, mas, a vontade de Deus resume-se ao amor para com Deus e para com o próximo. Em Efésios 5:18, Paulo faz referência a aspectos práticos do quotidiano, aconselhando-nos a que não nos embriaguemos, mas a procurarmos ser cheios continuamente do Espírito Santo. E Efésios 1:22-23 dá-nos uma achega sobre o que é significa ser cheio do Espírito Santo. É Deus que enche a igreja com a Sua presença. Esta exortação para nos enchermos continuamente do Espírito é também para que tenhamos temperança e para que as exortações que fazemos uns aos outros venham de um coração a transbordar de louvor a Deus.
Como consequência da presença de Deus na nossa vida, nós devemos ser agradecidos (Efésios 5:20). Olhemos para trás e vejamos como Deus tem cuidado de nós! Sejamos gratos por tudo o que Ele faz, e por aquilo que Ele é, na nossa vida. É possível dar graças a Deus em todas as circunstâncias, até nas adversas? Sim, é possível. É difícil, mas não é impossível! Leiamos Jeremias 29:1-7. Os Israelitas estavam cativos, na Babilónia. E, para espanto deles, Deus mandou-os plantar jardins e edificar casas naquele país estranho, no meio do povo que os oprimia. Deus foi ainda mais longe. Disse-lhes para orarem por eles! "Em tudo dai graças". Às vezes, não é fácil, mas temos de compreender que "todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Romanos 8:28). Este texto termina com um apelo para que nos sujeitemos uns aos outros, no temor de Deus. O que significará isto? Filipenses 2:3 ajuda-nos a entender isto. "Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo". Sujeitarmo-nos uns aos outros significa ter respeito pelos outros, considerando-os superiores a nós mesmos. Não nos esqueçamos que somos todos membros de um corpo, a Igreja de Cristo, pelo que deve haver respeito mútuo. A riqueza do texto Bíblico é imensa! Aceitemos estas exortações para glória de Deus.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Culto de Estudo Bíblico...

No último Culto de Estudo Bíblico, ficámos a conhecer um pouco mais acerca da vida de Jesus Cristo. Quem foi Jesus? Porque veio a este mundo? Mateus 1:21 revela o propósito da vinda de Cristo. Ele veio para salvar o pecador. E quem são os pecadores? À luz de Romanos 3:23, é toda a humanidade, pois "todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus". Porém, Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigénito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16).
Em que aspectos se desenvolveu Jesus? Lucas 2:52 afirma que Ele crescia em sabedoria, em estatura e em graça, para com Deus e os homens. Isto é, ao mesmo tempo que crescia fisicamente, Jesus crescia intelectual e espiritualmente. Oxalá isto também aconteça connosco. É verdade que muitos de nós já não podem crescer fisicamente, mas, em sabedoria e espiritualmente, podemos crescer sempre. Como? Através da oração e da leitura da Bíblia e de bons livros. Jesus crescia em todos os aspectos, diante de Deus e dos homens. Ou seja, o Seu crescimento era visível a Deus e aos homens.
Em Mateus 4:23, encontramos algumas das actividades características do ministério de Jesus. Ele ensinava a Palavra; Ele pregava o Evangelho e Ele curava os enfermos. Nos dias que correm, verificamos que muitos já não dão ao ensino da Palavra de Deus a importância devida e que muitas pregações não apontam para a Cruz de Cristo. Contudo, a pregação do Evangelho tem de conter a mensagem da Cruz, tem de mencionar o sacrifício de Jesus em prol do pecador. A ênfase, actualmente, vai para as curas. É verdade que Jesus curava e também é verdade que Ele continua a curar nos dias de hoje. Contudo, Ele é soberano e, portanto, só cura se o entender fazer e, quando o faz, é no Seu tempo e não no nosso. Não percamos a visão do ensino da Palavra e da pregação do Evangelho!
Em Lucas 22:25-27, encontramos alguns aspectos que caracterizaram a liderança de Jesus. Neste texto bíblico, vemos que, segundo Jesus, ser líder é ser servo. Isto opõe-se claramente à ideia que vigora na nossa sociedade, pois, para a maioria das pessoas, liderar é sinónimo de mandar. Porém, liderar é levar os outros a fazer algo; é influenciar. Assim, qualquer servo pode ser líder, basta que influencie alguém. Jesus também mostrou que um bom líder não busca destaque. Liderar não é "aparecer". Liderança é entrega total. Não procuremos o destaque pessoal. Oxalá possamos servir, não para nos engrandecermos, mas para glorificar a Deus. Nós somos os braços de Deus, aqui na Terra, e Ele conta connosco. Sejamos boas testemunhas da Sua misericórdia e da Sua graça!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Culto da tarde...

O Pr. Jónatas Lopes trouxe-nos uma mensagem sobre a vida Josias, o rei de Israel que começou a governar com apenas 8 anos de idade (II Reis 22:1-2).
Havia a necessidade de que alguém fizesse uma grande reforma na nação, pois o povo não estava a fazer aquilo que Deus desejava e, em I Reis 13:2, um profeta prediz o nascimento de Josias e as mudanças que Ele levaria a cabo, através de uma liderança sob a direcção de Deus.
Quando nos entregamos nas mãos de Deus e fazemos a Sua vontade, Ele transforma a nossa vida e a dos que estão à nossa volta.
É importante notar que Josias começou a governar quando ainda era criança; tinha apenas 8 anos quando assumiu a liderança do povo... Mas, a sua pouca idade não o impediu de alcançar êxito na sua missão. A Bíblia diz que nem antes nem depois dele, houve um rei tão bem sucedido. Contudo, muitas vezes, nós colocamos os mais diversos entraves: a pouca ou a muita idade, o aspecto físico, etc, etc. "... Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê com vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração" (I Samuel 16:7). Que bom que Deus não vê como nós!

II Reis 22:2 diz que Josias fez o que era recto aos olhos do Senhor. Oxalá tenhamos desejo de o imitar, pois é a Deus que devemos agradar. Mas, infelizmente, muitas vezes, procuramos é obter a aceitação dos outros e acabamos por desagradar a Deus.

Josias fez aquilo que tinha a fazer, aquilo que Deus queria que Ele fizesse. E fê-lo independentemente dos custos que isso poderia vir a ter. Deve ser também essa a nossa postura.

Havia necessidade de se fazer obras no templo e Josias tratou logo de tudo. Contratou os trabalhadores e comprou os materiais necessários à remodelação. É de salientar o que diz o verso 7: "Porém, não se pediu conta do dinheiro que lhes entregara nas suas mãos, porquanto procediam com fidelidade". Infelizmente, nos dias que correm, muitas pessoas procuram servir as suas próprias necessidades em vez de servirem fielmente a Deus.

O verso 11 mostra-nos a reacção do rei ao ouvir ler o Livro da lei. Ele rasgou os seus vestidos. Mas, o que significará isto? Rasgar as vestes era sinal de quebrantamento. E qual é a nossa atitude perante a Palavra de Deus? Muitas vezes, lemos a Bíblia como se fosse um livro qualquer. Devemos ler e estudar a Palavra de Deus e meditar nela. E quando o fazemos, somos quebrantados, tal como aconteceu com Josias.

Após ouvir a Palavra do Senhor Deus, o rei apercebeu-se de que o que o povo tinha vindo a fazer o que desagradava a Deus. Então, era preciso mudar de rumo, procurando fazer a vontade de Deus para que a Sua ira se aplacasse. Mas, por que é que o furor do Senhor se tinha acendido contra eles? O povo tinha caído novamente no pecado da idolatria. Queriam ser como os outros povos e desejavam coisas palpáveis, queriam ter deuses visíveis. Quantas vezes não desejamos nós também ser como os outros?!

O versículo 15 mostra que o pecado tem sempre consequências. Quando nos arrependemos genuinamente, Deus perdoa-nos, mas não nos isenta das consequências das nossas escolhas insensatas. Quantas vezes não ouvimos dizer por aí "Vive a vida!"? Esta frase é um convite a vivermos fora dos limites de Deus. Porém, nós devemos é viver a vida que Deus tem para nós, pois só assim nos sentiremos completos. Nos versos 18 e 19, vemos que quando adoptamos uma atitude de humilhação e arrependimento, Deus ouve-nos. Quando confessamos os nossos pecados, restabelecemos a nossa ligação com o Pai Celestial, pois Ele não nos ouve quando existe pecado na nossa vida, uma vez que este causa separação entre nós e o Deus Santo.

Em II Reis 23:1-3, vemos que o rei convocou todo o povo a renovar a aliança com Deus e todos se comprometeram em guardar e seguir os mandamentos do Senhor. Às vezes, precisamos de renovar a nossa aliança com Deus, o nosso compromisso de O servirmos com todo o nosso coração e com toda a nossa alma, pois, muitas vezes, somos mais consumistas das bênçãos de Deus do que Seus servos.

Nos versículos seguintes, lemos que Josias retirou as imagens e tudo o mais que desagradava a Deus, pois sabia bem aquilo que Deus desejava para a vida do povo. II Crónicas 35:1-2 afirma que Josias celebrou a Páscoa. O que é a Páscoa? Qual a sua origem? A Páscoa teve início na altura da libertação do povo de Israel da opressão sofrida no Egipto. Portanto, Páscoa é libertação. Actualmente, comemoramos a Páscoa na presumível data da Ressurreição de Jesus, pois celebramos a nossa libertação do pecado que Ele consumou ao ir à cruz morrer por nós.

Josias foi um excelente rei, melhor do que qualquer um que governou antes ou depois de si, pois animou o povo a fazer o que era correcto, levou-os a servir a Deus de todo o seu coração. Foi autor de uma grande reforma na vida do povo daquela nação. Sigamos o seu exemplo e empreendamos as reformas necessárias, de modo a agradarmos ao nosso Deus!