segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Um Domingo especial...

Hoje, tivemos mais uma jornada de comunhão e confraternização com a amada Igreja de Águeda. O nosso pastor Jónatas foi convidado a entregar a mensagem da parte de Deus.
"Como obter a excelência" foi o tema da pregação, que teve suporte no texto bíblico registado em II Coríntios 12:7-10.
Deus pede-nos uma vida de excelência, mas muitas vezes, encontramo-nos acomodados, dando ao nosso Deus apenas aquilo que nos sobeja! E isto não é de agora. Ao lermos o Antigo Testamento, verificamos que, também naquele tempo, era frequente as pessoas ofertarem a Deus os animais com defeito. Não demos ao nosso Deus as nossas sobras. Ele merece o nosso melhor!
Mas, como buscar a excelência num mundo em crise? -interrogar-se-ão alguns. Outros, certamente, dirão que Deus é injusto, pois "permite" situações de dificuldade a quem O segue, enquanto aqueles que o rejeitam parecem ter uma vida maravilhosa. Quando nos encontrarmos numa situação dessas, leiamos o Salmo 37. Sigamos o conselho que nos é deixado no versículo 5 e entreguemos tudo nas mãos do nosso bondoso Deus! A excelência agrada a Deus e faz toda a diferença na nossa vida. Oxalá não nos contentemos com nada menos do que a excelência! Contudo, muitas vezes, sentimos tanta pressão que parece que não conseguiremos continuar. E não há nada de anormal nisso. Todos nós temos "direito" ao nosso "Momento Popeye", usando a expressão do célebre autor Bill Hybels. Popeye era muito fraco, mas quando se "metiam" com a sua Olivia, antes de comer espinafres, os quais lhe dariam força suficiente para retaliar, ele explodia: "Chega! Não aguento mais!" Às vezes, nós também precisamos de dizer a Deus: "Meu Deus, chega! Eu não aguento mais. Revela o Teu poder nesta situação".
Moisés teve os seus momentos Popeye, enquanto liderava o rebelde povo de Israel durante a travessia do deserto que separava o Egipto de Canaã. E o profeta Jeremias também os teve, quando o povo deu ouvidos às palavras bonitas de Pasur e ignorou a mensagem da parte de Deus que lhe tinha sido transmitida.
Habacuque também não escapou aos momentos Popeye e questionou Deus. Perguntou-Lhe a razão do sofrimento do povo. Recebeu como resposta um dos versículos que os crentes mais citam:"(...) o justo pela sua fé viverá" (Habacuque 2:4).
E Habacuque termina o livro de uma forma espantosa, com uma das mais belas orações de sempre. Ele afirma que ainda que nada tivesse, alegrar-se-ia no Senhor, exultaria no Deus da sua salvação (Habacuque 3:17-18).
"O Senhor Deus é a minha força" - declara ele convictamente.
E o apóstolo Paulo - mais um que teve momentos Popeye - também descobriu que Deus era a sua força (II Coríntios 12:7-10). Foi-lhe dado um "espinho na carne", um problema com o qual lhe era difícil conviver e pediu a Deus, várias vezes, que o livrasse do que tanto o incomodava. Recebeu como resposta: "A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza (v.9)". A dado momento, Paulo percebe que aquela dificuldade permanente o impedia de se envaidecer.
E daqui podemos extrair várias lições. Paulo começou por reconhecer que tinha um problema. Este é o primeiro passo que uma pessoa deve dar a fim de ser ajudada. De seguida, Paulo pediu auxílio e foi ter com a pessoa certa, o Senhor Deus. Oxalá nós também recorramos ao Pai Celestial nos momentos de adversidade! Paulo percebeu que o seu sofrimento tinha um propósito (mantê-lo humilde) e constatou que a graça de Deus era suficiente. Ou seja, aprendeu a viver pela fé (Habacuque 2:4).
Oxalá consigamos nós também reconhecer que a graça de Deus nos basta. E jamais esqueçamos que o poder de Deus se manifesta quando estamos fracos, quando não temos a solução para os nossos problemas. Infelizmente, muitas vezes, enveredamos por caminhos tortuosos porque achamos que temos a "chave" dos problemas. Também é frequente cometermos o erro de não buscarmos a direcção de Deus para as pequenas coisas. Achamos que não precisamos dEle sempre ou que não O devemos incomodar com coisas menores,. Contudo, como Pai amoroso que é, Deus interessa-se por cada pormenor da nossa vida e deseja estar presente em tudo o que nos diz respeito.
Ousemos viver pela graça e experimentaremos uma alegria inigualável. Mas, como é possível sentir alegria nas privações, durante as perseguições ou em momentos de angústia extrema? - perguntarão alguns. Habacuque 3:18 responde: é a salvação que nos enche de júbilo. A nossa alegria não provém de coisas exteriores, como uma casa luxuosa, um carro topo de gama ou um salário elevado. A nossa alegria reside na certeza de que um dia estaremos para sempre com o Senhor Deus.
Se acontecer ficarmos descontentes, analisemos o tipo de descontentamento que sentimos. Segundo Bill Hydels, existem dois tipos: o descontentamento santo (aquele em que reconhecemos que não aguentamos mais e experimentamos o poder de Deus a actuar porque dependemos dEle) e o descontentamento espiritual (aquele em que deixamos de querer Deus na nossa vida). Este último é perigoso, pois "atira-nos" para longe do Pai Celestial e da Sua protecção.
Como filhos amados de Deus, temos a liberdade de O questionar. É legítimo desejarmos saber o que Ele tem para nós, qual a Sua vontade para a nossa vida. Porém, tenhamos o cuidado de não protestarmos contra Deus. Ele é soberano. Além disso, porque nos ama tanto, tem o melhor para nós. Oxalá tenhamos maturidade suficiente para lhe pedirmos que a Sua vontade prevaleça sobre a nossa.

Busquemos a excelência em todas as áreas da nossa vida, nomeadamente para a nossa Igreja. E ajudemos os outros a buscarem também a excelência.

J.F. Kennedy celebrizou a frase: "Não pergunte o que o Estado pode fazer por si, mas veja o que você pode fazer pelo Estado". Seríamos sábios se pusessemos esse conceito em prática na nossa comunidade.
"O que é que eu posso fazer pela Igreja?". Ousemos colocarmo-nos esta questão.
Oxalá busquemos a excelência que Deus tanto almeja, investindo em pessoas!

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