quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Culto de Estudo Bíblico...

Hoje iniciámos uma nova série de estudos intitulada "O valor das Escrituras Sagradas".
Qual é a diferença que faz a Palavra de Deus? Deuteronómio 28:1-2 responde. O versículo 1 contém uma promessa. Diz que se ouvirmos a voz de Deus e se guardarmos todos os Seus mandamentos, Ele exaltar-nos-á, ou seja, seremos fortes. Mas, como se guarda a Palavra de Deus? Através da leitura e da prática da mesma. Não basta conhecer a Palavra de Deus; temos de viver de acordo com ela. Deus abençoa-nos se pusermos em prática a Sua Palavra. Recordemos as palavras de Jesus em João 15:14: "Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que vos mando". Mas, que bênçãos serão estas? Será aquilo que desejamos? É óbvio que não. É aquilo que Deus, que é infinitamente mais sábio do que nós, tem para nós. Aliás, quando oramos, devemos sempre pedir a Deus que faça a Sua vontade na nossa vida, tal como Jesus nos ensinou através da oração-modelo (Mateus 6:10).
II Samuel 23:1-3 mostra-nos a importância de observarmos sempre a Palavra de Deus. No verso 2, Davi afirma que o Espírito do Senhor falou por intermédio dele. O que importa não é o que nós pensamos relativamente a um qualquer assunto, mas o que a Sagrada Escritura diz. Oxalá sejamos conhecidos por repetirmos constantemente: "A Bíblia diz isto ou aquilo..."

Leiamos o conhecido texto registado em Jeremias 1:6-9. Perante a insegurança de Jeremias, que afirmava não saber falar, o Senhor Deus disse-lhe que colocaria as Suas palavras na sua boca e que seria sempre com ele, de tal forma que aqueles que pelejassem contra ele não prevaleceriam (v.19). Que bom é sabermos que quando não somos capazes, Deus age e actua através de nós! Oxalá a nossa postura seja sempre a seguinte: "Sei que nada sou, mas com Deus sou mais do que vencedor!"
I Tessalonicenses 2:12-13 mostra que a Palavra de Deus produz efeito naqueles que a ouvem, que crêem nela e que a praticam. Daí a importância de se pregar a Palavra. Infelizmente, nos dias que correm, em muitas igrejas, fala-se de tudo e mais alguma coisa e não se deixa espaço para a Sagrada Escritura. Porque é que isto acontece? Porque é que algumas pessoas rejeitam a Palavra de Deus? II Timóteo 3:16 responde. É que a Palavra de Deus repreende e nós não gostamos de ser repreendidos. Então, muitas vezes, colocamos a Palavra de Deus de lado, alegando que determinado texto já não é para os dias de hoje. Porém, este versículo diz que toda a Escritura é divinamente inspirada. Isto é, tudo o que está escrito é a mais pura verdade. A Palavra de Deus não se desactualiza e há base bíblica para toda a Escritura.

Estes versos afirmam que toda a Palavra de Deus é útil para o ensino, para repreensão, para correcção e para instrução, para que o homem seja perfeito. Que tipo de perfeição é esta? É em termos de justiça, amor e integridade. Só conseguiremos ser justos e íntegros se o amor de Deus estiver na nossa vida. Então, não desprezemos a correcção que vem através da Palavra do nosso amoroso Deus. Corrigir não é mais do que tornar correcto algo que estava errado. E essa é uma mudança imprescindível se queremos atingir a "perfeição" de que fala II Timóteo 3:17. Pode ser uma mudança dolorosa, mas vale a pena passar por ela.

Não menosprezemos a Palavra de Deus. Ela é fundamental para a nossa vida, a nossa família, a nossa Igreja, o nosso trabalho... para cada área da nossa vida.

Oxalá busquemos sempre a orientação de Deus, procurando saber o que a Sua Palavra diz em relação a qualquer assunto!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Festa de Natal...

Realizou-se hoje o nosso Culto de Natal e a mensagem da parte de Deus, que o Pr. Jónatas Lopes nos trouxe, teve suporte bíblico em Lucas 2, passagem que relata o nascimento de Jesus. Quem é na verdade, para nós, a pessoa de Jesus Cristo, Aquele que veio a este mundo para ser o nosso Salvador e que é digno do nosso louvor e de toda a nossa adoração? Que lugar ocupa Ele na nossa vida?
Quando chegou o momento de Maria dar à luz, ela encontrava-se em Belém, cidade onde fora com o seu marido, a fim de se recensearem. Percebendo que chegara a hora de Jesus nascer, Maria e José procuram um lugar para se hospedarem. Porém, essa busca revelou-se infrutífera. "Não há lugar! - ouviram eles a cada tentativa que fizeram para encontrarem um lugar condigno para o nascimento dAquele que seria o Salvador do mundo...
Como sabemos, Jesus acabaria por nascer numa estrebaria. Gritante o contraste entre a humildade do local e a Sua Majestade! O Rei dos reis não nasceu num palácio. Nem uma cama teve nas suas primeiras horas neste mundo! Não havia lugar para Ele...
Não é assim ainda nos dias que correm? Ainda hoje temos dificuldade em dar o lugar principal à pessoa de Jesus. Tal como aconteceu aquando do Seu nascimento, damos-Lhe apenas uma "estrebaria", um cantinho na nossa vida. Mais de 2000 anos depois, a nossa atitude mantém-se. Não há lugar...
Que tipo de prioridade Jesus, Aquele que é a razão do Natal, tem na nossa vida? Que lugar tem Ele tido na nossa família? Que imagem é que passamos aos nossos filhos sobre o verdadeiro sentido do Natal? Talvez valha a pena reflectirmos sobre a posição que permitimos que Cristo ocupe na nossa vida...
"Não temais, porque vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo". Reflictamos nestas palavras dirigidas aos pastores, que ficaram perplexos com o resplendor da glória do Senhor que os cercou, no momento em que o anjo lhes anunciou o nascimento de Jesus.
Não havia motivo para se assustarem, pois ele trazia-lhes novidades, mas não era uma notícia qualquer... Era de grande alegria! E não era apenas para eles ou para um grupo restrito... Era para todos! Infelizmente, nem sempre tratamos assim esta Boa Nova. Nem sempre a consideramos como sendo para todos, sem excepção.
"Nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor" - disse, finalmente, o anjo aos pastores. Nasceu Cristo, o Messias, o Prometido, que é Salvador. Muitos anos antes, Deus prometera ao Seu povo um Libertador, um Salvador... Mas, Salvador de quê? - poderão perguntar alguns. Salvador do pecado. A fim de restaurar a ligação entre Deus e o homem, quebrada pelo pecado, Deus resolveu dar o Seu bem mais precioso, o Seu Filho... Enviou-O, então, ao mundo para ser nosso Salvador e Senhor.
É importante notar que Ele não é apenas Salvador. É também Senhor. Ou seja, é o dono. Logo, deverá ter a primazia. Porém, isso nem sempre acontece. Muitas vezes, porque nos julgamos muito sábios, fazemos as coisas à nossa maneira e não consultamos a Deus no momento de tomarmos decisões. No entanto, se algo corre mal, perguntamos-Lhe logo porque permitiu Ele que tal acontecesse, quando nem sequer Lhe pedimos orientação! Não podemos aceitar Jesus como Salvador sem o aceitarmos como Senhor... E vice-versa. A salvação e o senhorio de Jesus têm sempre de andar de mãos dadas na nossa vida.
"Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade para com os homens" - entoaram os anjos quando Jesus nasceu. O louvor espontâneo dos anjos pela vinda de Jesus a este mundo mostra-nos que Deus enviou o Seu Filho para que todos nós O glorifiquemos e O adoremos com tudo aquilo que somos. "Paz na terra"... Jesus veio dar paz aos homens. Porém, nem sempre sentimos a Sua paz. Muitas vezes, temos dificuldade em nos relacionarmos com os que nos rodeiam, temos problemas constantemente, parece que nada dá certo... Porque é que isto acontece? - perguntarão, certamente, alguns. A resposta é simples... Porque deixamos de buscar a Deus e de confiar nEle em todas as coisas e sobre todas as coisas. E quando isto acontece, as consequências de colocarmos Deus de lado não se fazem esperar.
Qual é o lugar que temos dado e qual o queremos dar a Jesus na nossa vida?!
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O programa da nossa Festa de Natal incluiu a leitura de poemas e jograis, a interpretação de vários hinos e até uma peça teatral... Participaram crianças, jovens e adultos... Veja algumas fotos:

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

domingo, 19 de dezembro de 2010

EBD...

A nossa lição da Escola Bíblica Dominical, baseada em I Reis 11:1-13, foi-nos apresentada pelo Pr. Jónatas Lopes. A verdade bíblica afirma o seguinte: Deus responsabiliza as pessoas pelos seus pecados, independentemente do seu estatuto, da sua idade ou da fé praticada anteriormente.
Há quem defenda que o amor de Deus é tão grande que Ele não pode castigar. Porém, tal não é verdade, pois quem ama disciplina. Os pais terrenos também castigam os seus filhos. Chamar a atenção é fundamental, mas sem esquecer que a disciplina deve ser sempre feita em amor.
O versículo 1 diz que Salomão amou muitas mulheres estrangeiras. E o que é que Deus tinha dito sobre isso? A resposta encontra-se no versículo seguinte. Deus tinha proibido expressamente a união dos Seus filhos com mulheres que servissem outros deuses, pois a pessoa que não conhece a Deus acaba por influenciar aquele que O serve, levando-o a afastar-se de Deus.
Ainda hoje é frequente vermos jovens abandonarem Deus por se unirem com alguém que não é temente a Deus. E isso passou-se na vida de Salomão. Quando envelheceu, as suas mulheres levaram-no a a adorar outros deuses. E, como refere o verso 4, "o seu coração não era perfeito para com o Senhor seu Deus, como o coração de Davi, seu pai. O que significa isto? Tal como acontece com o homem (ou a mulher) que ama mais do que uma pessoa, o coração de Salomão estava dividido, pois passara a amar outros deuses. A Bíblia chama a isto de prostituição espiritual.
O versículo 6 afirma que Salomão desagradou ao Senhor por ter passado a adorar deuses estranhos. Às vezes, pensamos que Deus, por ser tão gracioso e amoroso, nos permite qualquer tipo de comportamento. Mas, não é verdade. Deus é Santo e não permite que os seus filhos vivam em pecado. É verdade que falhamos constantemente perante Deus, pelo que temos necessidade de nos arrependermos, mas não devemos fazer do pecado um modo de vida.
É interessante notar que esta passagem afirma que Salomão não foi como Davi, seu pai. "Mas, Davi pecou". - dirão alguns. "Cometeu adultério e homicídio". E é verdade. Porém, Davi arrependeu-se genuinamente e Deus perdoou-o. Isto mostra que Deus é um Deus de novas oportunidades.
Nos versos 7 e 8, vemos que Salomão edificou altares a outros deuses. Ou seja, ele abdicava dos seus princípios para agradar às suas mulheres. O seu ponto fraco eram as mulheres. Qual é o nosso? Muitas vezes, nós também prescindimos dos nossos valores para obtermos algo. Oxalá sejamos pessoas de convicções firmes e não pessoas facilmente influenciáveis.

O que aconteceu a seguir? Podemos ler a resposta no versículo 9. Deus irritou-se com Salomão por ele se ter afastado dEle. Deus, na Sua infinita graça, perdoa-nos, mas, não nos isenta das consequências do nosso pecado. E o pecado tem sempre consequências...

"Salomão não guardou o que Deus lhe ordenara." - lê-se no versículo 10. Isto prova que Deus é um Deus que dá ordens. O próprio Jesus afirmou que seríamos seus amigos se fizessemos a Sua vontade (João 15:24). Salomão não fez caso do que Deus falara. Não somos nós também assim tantas e tantas vezes? Infelizmente, às vezes, ignoramos a Palavra de Deus.
O pecado de Salomão teve consequências. Deus castigou-o porque ele O abandonou, retirando a maior parte do reino à sua descendência (v-11). É provável que alguns nos perguntem se vale a pena seguir um Deus assim. O apóstolo Paulo responde a esta questão em I Coríntios 15. Ele declara que se não fosse por causa da vida eterna que, através do sacrifício realizado por Jesus na cruz, nos está garantida, nós seríamos os mais miseráveis. Sem a ajuda de Deus, a vida cristã é impossível, mas, vale muito a pena, pois um dia estaremos para sempre com o Senhor.

Nos versos 12 e 13, vemos que o castigo de Salomão não foi tão grande por causa do seu pai. Deus atenuou o seu castigo por causa do Seu amor para com Davi.
Isto ainda se passa nos dias que correm. Por causa da fidelidade dos nossos pais, Deus abençoa-nos grandemente.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Culto da tarde...

A mensagem da parte de Deus foi-nos trazida pelo Pr. José Lopes. Baseada em Lucas 1:46-55, teve por título: "Dispenseiros de Deus".
Nós somos dispensas de Deus, onde Ele coloca tudo de bom, não só para nosso próprio "consumo", mas também para facultarmos esses recursos aos outros. No entanto, tal como acontece com os alimentos que temos nas dispensas das nossas casas, as energias que nos sustentam em termos espirituais, vão se desgastando. Logo, é necessário repor o stock, pois ninguém pode dar aquilo que não tem. Como podemos fazer isso?
Encontramos a resposta na vida de Maria, que foi escolhida para ser mãe de Jesus, o Salvador do mundo. Que atributos tinha ela que lhe permitiu ser uma referência para nós? Certamente que Maria não tinha uma vida oca. Era, sem dúvida, uma pessoa especial e foi escolhida para ser dispenseira. É verdade que a acção de Deus foi pela graça, mas Maria jamais seria escolhida se não fosse o que era.
Eis, então, os requisitos de um colaborador de Deus, as qualificações de uma vida que pode ser dispenseira da graça de Deus:

1) Investir na oração. Maria foi contactada pelo anjo do Senhor. Logo, ela dedicava tempo à oração. Uma vida que queira brilhar como instrumento de Deus, tem forçosamente que investir na oração, não apenas em tempo, mas também em qualidade, isto é, tem de ter o coração aberto à voz de Deus. Muitas vezes, pensamos, erradamente, que a oração é apenas comunicação de nós para Deus, mas é também de Deus para nós. Oxalá estejamos sempre atentos à voz de Deus. Maria estava...
Investamos na oração, pois a Bíblia diz que ela é incenso para Deus.

2) Leitura da Bíblia e meditação. Na oração registada em Lucas 1:46-55, Maria cita expressões dos livros de Samuel, Miquéias, Salmos, etc. Ela guardava a Palavra de Deus no seu coração. Ela conhecia bem a Palavra. E, mais importante ainda, ela conhecia o autor dessa mesma Palavra. Maria tinha uma relação intimista com Deus. Era um instrumento precioso que Deus reconheceu como tal.
Oxalá nós também tenhamos o desejo de aumentar o nosso grau de intimidade com o Pai Celestial.
3) Adoração. Maria inicia o seu cântico com a expressão: "A minha alma engrandece ao Senhor". Isto mostra espírito de louvor e adoração. Um crente que queira ser dispenseiro tem que adorar o Deus Majestoso. Maria reconhecia a soberania do Senhor. Isto é o que distingue os filhos de Deus dos outros. Deus é Senhor de tudo... da nossa vida, do nosso dinheiro, etc.

4) Santificação. Quem pretende ser colaborador de Deus, anseia a excelência, busca a santificação. Maria, analisando a sua condição, reconheceu que precisava de um Salvador. Ela exalta o Senhor porque, olhando para si própria, ela achava-se uma pecadora e, como tal, precisava da salvação que viria através dAquele que ela iria dar à luz. Maria refere que o Senhor contemplou a humildade da sua serva (v.48). Ela considerava-se uma serva e disponibilizou-se, mesmo sabendo que correria riscos. Aceitou que o seu ventre fosse dispenseiro, algo que viria a pôr em causa a sua honorabilidade e integridade. Ela queria servir. Por isso, a sua resposta só poderia ser: "Eis-me aqui, Senhor".

No versículo 50, Maria declara que a misericórdia de Deus é de geração em geração. Palavras proféticas que se concretizaram, beneficiando cada um de nós. E, infelizmente, muitas vezes, esquecemo-nos que o Deus que operou maravilhas na nossa vida também o quer fazer na vida de outros. Perdemos, frequentemente, a noção de que a nossa "dispensa" não é apenas para nosso usufruto, mas também daqueles que nos rodeiam.
5) Investir na solidariedade. Os versos 52 e 53 mostram que Maria compreendia a visão de Deus sobre os bens do mundo. Revelam que ela tem em conta os desfavorecidos. Ela tinha um espírito solidário. Que contraste com o espírito reinante na sociedade actual, em que os homens se vergam à ditadura do "ter".

Maria investia, claramente, na comunhão com Deus e de uma forma extraordinária. O uso do determinante possessivo "meu" é prova disso. "Meu Salvador"... Isto revela intimidade com Deus; mostra que ela tinha uma relação directa e íntima com o Criador de todas as coisas. Ela era especial por causa da sua relação com Deus. Quando temos intimidade com o Pai Celestial, não podemos ser os mesmos.
Como vai a nossa dispensa espiritual? Investimos na oração, leitura e meditação da Palavra, na adoração, santificação e solidariedade? Não poderemos ser dispenseiros espirituais se não fizermos estes investimentos. Façamos uma auto-avaliação. Muitas vezes, não temos consciência clara da nossa condição. Reuniremos condições para sermos dispenseiros de Deus? Talvez tenhamos que ser purificados como Isaías (Isaías 6). Mas, tal com ele, oxalá estejamos disponíveis para servir ao Senhor.

O que é que estamos a fazer como dispenseiros de Deus? O que estamos dispostos a fazer? O nosso Deus precisa das nossas vidas para sermos dispenseiros da Sua graça, do Seu amor e da Sua misericórdia. Se o fizermos, seremos, à semelhança de Maria, bem-aventurados, isto é, mais do que felizes!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Escola Bíblica Dominical...

A lição da EBD foi-nos exposta pelo Pr. Jónatas Lopes. Baseada em I Reis 8:22-43, teve por título: "Por que razão a oração deve ser prioridade?"
A verdade bíblia diz: "Deus ouve e responde àqueles que oram a Ele, de forma séria e humilde". O que significará isto? Significa que devemos ser honestos quando oramos, pois Deus conhece tudo. Além disso, não devemos ser arrogantes e as nossas orações não se devem resumir a petições. Devemos sempre render acções de graças a Deus pelo que Ele é e faz nas nossa vidas. E, quando pedimos, não o devemos fazer tendo em vista o nosso prazer, pois como afirma Tiago 4:3: "Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites".
Muitas vezes, as nossas orações não são respondidas, ou porque há pecado na nossa vida, ou porque não é uma oração séria e humilde. Orar é procurar saber a vontade de Deus para nós, pois Ele sabe o que é melhor para nós.
O versículo 22 diz que Salomão ergueu as mãos para o Céu. Isto revela interesse em buscar aquilo que Deus tinha para ele. De seguida, Salomão reconhece que não há outro Deus. E, aqui, talvez seja pertinente fazermos uma análise à nossa vida. Temos outros deuses além do Único e verdadeiro Deus?
Trabalho... Dinheiro... Moda... Que nome têm esses deuses? Quando vivemos conscientes de que Deus é único, damos-Lhe a primazia e não permitimos que algo se interponha entre nós e Ele.
Ainda no verso 23, Salomão menciona uma aliança que Deus estabelecera com Davi. Que aliança era esta? Era a promessa de que Deus estaria sempre presente e disponível, guardando e protegendo o Seu povo. Em tempos de dificuldade, essa presença poderia não ser visível, mas era sempre real, o que mostra que a iniciativa é sempre de Deus. Quando nós alçamos o nosso braço em busca do Seu socorro, Ele já tem o Seu estendido na nossa direcção. Deus mantém a Sua aliança com aqueles que O servem de todo o coração. Quando oramos com toda a confiança, com todo o nosso coração, Deus age. Às vezes, prova-nos até à última para ver até que ponto somos fiéis, pois as provações conduzem à perseverança (Tiago 1:3).
Nos versículos 27 e 28, Salomão reconhece que Deus é enorme e, como tal, nem aquele templo imenso o poderia conter. É de referir que, durante o tempo do antigo Testamento, o templo era considerado quase o único local de culto. Actualmente, temos consciência de que o importante não é o local, pois Deus está onde O buscarmos e adorarmos de todo o coração. E nós somos o templo do Espírito Santo. Além disso, somos Igreja sempre que estamos juntos, quer esses encontros sejam dentro ou fora do templo, não esquecendo que devemos estar no Culto com reverência.
É impossível a presença de Deus se restringir apenas a um espaço. Ele é grande e majestoso e a Sua glória estende-se por toda a Terra. Logo, não poderia estar confinado a um espaço limitado.

No verso 28, Salomão pede a Deus que atenda a sua oração e ouça a sua súplica. Ou seja, ele faz a destrinça entre oração e súplica, pois nem sempre as orações são súplicas. Há orações que nem sequer são pedidos, são apenas acções de graça. Já a súplica é um clamor; é, por norma, o reforço de um pedido feito anteriormente.
Nos versículos 38 e 39, vemos o que é necessário para que Deus ouça a nossa oração. É preciso haver arrependimento genuíno. E o que é o arrependimento? É reconhecermos os nossos erros, pedir perdão e procurar não os repetir. Arrependimento é mudança de mente e de atitude; é mudança de direcção.
Nesta passagem, aparece mais uma vez a ideia de se erguer as mãos durante a oração como sinal de reconhecimento de que Deus é o Senhor e que o nosso louvor e adoração são somente para Ele.
No verso 43, vemos a utilidade do nosso testemunho. Quando buscamos a Deus sobre todas as coisas, temos uma confiança inabalável nEle e isso não passa despercebido aos que nos rodeiam. Confiar nEle em todas as circunstâncias, até nas situações adversas (ou especialmente nestas) suscita curiosidade nas pessoas e, muitas vezes, conduz a uma oportunidade de evangelização.
Oxalá façamos da oração uma prioridade, pois esta confiança inabalável em Deus, a que ninguém fica indiferente, nasce de uma relação íntima e profunda com o Pai Celestial, que tanto nos ama e que tem sempre o melhor para nós!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Culto da tarde...

Isaías 6:1-8 foi o texto bíblico que serviu de base à mensagem que o Pr. Jónatas Lopes nos trouxe.
Nesta passagem, vemos quem é Deus. Ele é digno do nosso louvor e da nossa adoração, e não por causa daquilo que Ele nos dá, mas por causa do que Ele já fez por nós, através do Seu filho, Jesus Cristo.
Isaías teve uma visão: Deus estava sentado num alto e sublime trono. Ou seja, Deus tinha a primazia. Será que isso também se passa connosco? Qual é a posição que Deus ocupa na nossa vida e na nossa igreja? Muitas vezes, não obstante termos consciência de que é Ele deve ter a prioridade máxima, não Lha damos. Invertemos, frequentemente, a ordem das nossas prioridades. Quanto tempo investimos na nossa intimidade com Deus? Quem é Deus para nós? Somente Ele é digno da nossa adoração!
Mas, qual a razão da nossa adoração? A Bíblia diz, em Isaías 43:7, que fomos criados para a glória de Deus. Isto significa que devemos adorá-lO. Adoração é reconhecermos que nada somos perante o nosso grandioso Deus. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus e, portanto, talvez seja pertinente analisarmos a nossa vida. O que é que ela espelha? Será que mostramos que Deus está presente na nossa vida? Quem somos nós? Oxalá vejamos a necessidade de darmos mais de nós. Procuremos chegar mais longe!
A adoração a Deus traz-nos paz. Quando O adoramos, quando reconhecemos que nada somos, Deus dá-nos tudo o que precisamos para vivermos para a Sua glória. E isso traz-nos paz. Precisamos de descansar, a cada dia, nos braços eternos do nosso bom e amoroso Deus...
Em Romanos 1, somos alertados para o perigo que é adorarmos mais a criatura do que o Criador. Deus merece a nossa adoração exclusiva. Oxalá O adoremos continuamente!
Em Isaías 6:2-7, vemos o que significa santificação. Deus é Santo e exige santificação do Seu povo. Ser santo é ser separado para Deus. É isso que o Pai Celestial deseja para os Seus filhos. Será que há alguma área na nossa vida que ainda não deixámos Deus tocar? É frequente deixarmos que Deus trabalhe em alguns áreas, mas não permitimos a Sua intervenção noutras. Entreguemos tudo a Deus e deixemos que Ele quebre aquilo que precisa de ser quebrado.
Isaías reconheceu que era impuro, perante a santidade de Deus. Que ele seja um exemplo para nós. Quando reconhecemos que estamos em pecado e nos arrependemos genuinamente, buscando a Deus de todo o coração, obtemos o Seu perdão. Não hesitemos em confessar o nosso pecado, pois enquanto ele existir nas nossa vidas, Deus não ouve a nossa oração. O arrependimento restabelece a ligação com o Pai Celestial. Deus exige santidade do Seu povo. É verdade que só atingiremos a perfeição plena quando chegarmos ao Céu, mas que isso não nos desmotive na nossa caminhada rumo à santificação. Ela é um processo diário e as pessoas que nos rodeiam esperam ver Deus na nossa vida. Que grande responsabilidade! Oxalá reflictamos a imagem de Cristo.
Quando percebeu que Deus devia ter a primazia na sua vida, Isaías perguntou a Deus quem é que Ele enviaria e, sem hesitar, disponibilizou-se: "Eis-me aqui. Envia-me a mim". Será que Deus também pode contar connosco? Sabemos que podemos sempre contar com Ele. Ele nunca falhou e jamais falhará para connosco. Mas, quantas vezes nós falhamos para com Ele! Ele revela a Sua graça na nossa vida e nós temos dificuldade em mostrar essa mesma graça àqueles que nos rodeiam. Martin Luther King, certa vez, disse que o que o preocupava não era o grito dos maus, mas sim, o silêncio dos inocentes. Oxalá a nossa preocupação seja a inactividade e o acomodamento dos que estão dentro da Igreja! Oxalá tenhamos coragem para sair da nossa zona de conforto e dizer a Deus: Eis-me aqui, Senhor. Envia-me a mim.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

EBD e Culto de Ceia...

Por ser o primeiro Domingo do mês, realizou-se o nosso Culto de Ceia. Antes, porém, tivemos a nossa lição da Escola Bíblica Dominical, baseada em I Reis 3:3-5, e subordinada ao tema: "O que o dinheiro não pode comprar". O que é que o dinheiro não pode comprar? A resposta é simples. O dinheiro não compra a saúde (pode comprar um seguro ou tratamentos médicos, mas não a saúde em si), a felicidade (pode comprar felicidade exterior, como uma boa casa e um carro de luxo ou uma férias, mas não compra a felicidade interior), a salvação (a salvação obtém-se através da fé, como podemos ler em Efésios 2:8-9), a justiça, a paz interior (a paz que excede todo o entendimento provém de um relacionamento profundo com Deus).

A verdade bíblica da nossa lição diz o seguinte: Deus agrada-se em dar aos Seus filhos a sabedoria, para que estes vivam em rectidão e para ajudarem os outros. Oxalá o nosso alvo, à semelhança de Salomão, seja ter a cada dia mais sabedoria da parte de Deus. Salomão era filho de Davi e Davi tinha sido rei de Israel. Mas, não um rei qualquer! Ele foi considerado o melhor rei de Israel. Foi um homem segundo o coração de Deus (I Samuel 13:14). Muitos perguntarão se aquele episódio nada bonito da vida de Davi (adultério com Batseba e consequente assassinato do marido dela) não terá mudado a opinião de Deus acerca dele. Será que Deus continuou a agradar-se dele? Davi arrependeu-se genuinamente e foi perdoado. A graça de Deus não conhece limites!

Salomão vivia segundo os estatutos do seu pai e também amava a Deus, mas fazia algo que desagradava ao Senhor. Oferecia sacrifícios fora do templo (e muito provavelmente a ídolos!). Também tinha 700 mulheres e 300 concubinas. Muitas destas mulheres eram fruto de acordos de paz, algo que não era agradável a Deus, pois Ele desejava que confiassem que Ele os manteria em paz.

No entanto, mesmo não agradando totalmente a Deus, Salomão foi alvo da Sua infinita graça. Ele aparece-lhe, em sonhos, e dirige-lhe palavras maravilhosas: "Pede o que queres que te dê". Isto mostra que a iniciativa é sempre de Deus. É sempre Ele que nos procura.

Mas, reflictamos nas palavras que Deus dirigiu a Salomão e imaginemo-nos no seu lugar. O que é que nós pediríamos a Deus se Ele nos perguntasse o que desejávamos? Saúde? Comida? Dinheiro? Paz? Emprego?

Salomão pediu "apenas" sabedoria. Oxalá a sabedoria também estivesse no topo da nossa lista de pedidos ao Pai Celestial, pois ela é fundamental. Precisamos de sabedoria para cuidarmos da nossa saúde, para gerirmos o nosso dinheiro, para desempenharmos uma actividade profissional...

O versículo 6 contém palavras muito sábias. Salomão reconhece que Deus fora muito bom para com Davi, porque ele tinha andado com Deus em verdade, em justiça e rectidão de coração. Ou seja, Davi era uma pessoa íntegra. Era justo e recto. Oxalá sejamos assim também! Deus foi tão bom para com Davi que lhe deu um sucessor: Salomão.

É de notar que Salomão se considera um servo e acha-se demasiado novo para desempenhar a tarefa que tinha em mão. Ou seja, Salomão revela humildade e, portanto, é um exemplo para nós. Estamos em perigo quando pensamos que somos capazes de realizar o que quer que seja. Agora quando reconhecemos que não temos capacidades suficientes, passamos a depender totalmente de Deus; passamos a buscá-lO mais e Ele capacita-nos.

Salomão reconhecia a sua pequenez perante o povo numeroso que tinha de liderar. Assim, ele pediu sabedoria a Deus para ser justo, para saber discernir entre o certo e o errado. Este pedido agradou ao Senhor Deus, pois Salomão não pediu coisas materiais. Um pedido destes parece não se "encaixar" na sociedade actual, pois as pessoas só buscam riquezas e é só isso que querem de Deus. Nos dias que correm, dá-se muita ênfase à prosperidade material.

Salomão não foi egoísta nos seus pedidos e Deus agradou-se disso. O que é que nós temos pedido a Deus? Às vezes, somos tão egoístas!

Salomão não pretendia uma vida melhor. Ele desejava ter sabedoria para ajudar os outros. Oxalá tenhamos Salomão como referência e passemos a investir mais nas pessoas que nos rodeiam!

Deus concedeu-lhe o seu desejo e deu-lhe sabedoria (nunca existiu alguém tão sábio quanto Salomão). Porém, Deus não se ficou por aí. Também lhe deu riquezas e uma vida longa. O nosso Deus dá-nos sempre mais do que aquilo que pensamos ou imaginamos (Efésios 3:20-21).

Após a lição da Escola Dominical, tivemos a Ceia do Senhor e o Pr. Jónatas Lopes relembrou o que significa esta cerimónia: 1) É um momento de contrição, pois analisamos a nossa vida e pedimos perdão a Deus por qualquer acto que Lhe tenha desagradado. 2) É um acto de celebração. Comemoramos a morte e a ressurreição de Cristo, que nos garantiu a vida eterna. 3) É um momento de comunhão entre todos os membros do Corpo (a Igreja), cujo cabeça é Cristo.
E em I Coríntios 12:12-26 vemos o que significa ser um corpo. Todas as partes do nosso corpo são diferentes e todas têm uma função. Também assim é na Igreja de Cristo. Há diversidade de dons (e ainda bem que assim é) e todas as funções ou cargos são importantes. É Deus que nos escolhe, pois é Ele que nos concede os dons. Logo, não podemos dizer a ninguém que não precisamos dele(a). Necessitamos de todos e, como Igreja, precisamos de valorizar cada vez mais as pessoas, não esquecendo que são as que têm mais problemas que maior atenção e mais cuidado merecem da nossa parte. Devemos preocupar-nos com as partes mais frágeis da Igreja.
Oxalá busquemos a unidade na nossa Igreja. Unidade não é mais do que fazermos coisas diferentes, estando todos unidos no propósito de glorificarmos o nosso Deus.
Martin Luther King celebrizou a frase: "I have a dream"... Façamos nossas as suas palavras. E que o nosso sonho seja o de nos tornarmos um grupo coeso e unido para honra e glória do nosso bom Deus!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Recolha de bens alimentares...

Hoje e amanhã, um grupo de pessoas da nossa igreja estará presente no Intermarché de Tondela a recolher alimentos não perecíveis para a nossa Loja Social - Espaço Rute.

Pretendemos, assim, proporcionar um Natal melhor às várias dezenas de utentes deste espaço.

Contamos consigo!

Não fique indiferente à necessidade do seu próximo! Faça a diferença na vida de alguém. Ajude-nos a chegar mais longe!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Culto de Estudo Bíblico...

Hoje, iniciámos um estudo acerca do Espírito Santo, a terceira Pessoa da Trindade. O Espírito Santo tem várias funções fundamentais na nossa vida, pelo que não o podemos desprezar. Ele é tão importante como Deus e como Jesus. Em Actos 1:8-11, vemos porque é que Ele foi deixado nas nossas vidas. Quando chegou o momento de Jesus partir para o Céu, Ele foi, mas não nos deixou sós. Deixou-nos o Espírito Santo.
Estes versículos contêm também a maravilhosa promessa da segunda vinda de Cristo a este mundo. Ele ascendeu ao Céu, mas um dia voltará! Analisemos melhor o versículo 8 que afirma que recebemos o poder do Espírito Santo para testemunhar de Jesus. Significará isto que somos poderosos? De modo algum. O poder do Espírito Santo é que actua em nós. E isso é especialmente notório quando estamos a evangelizar. Quantas vezes não testemunhamos e depois nem nos lembramos do que dissemos?! É o Espírito Santo que nos dá as palavras.
João 14:1-3 mostra-nos o que Jesus foi fazer para o Céu. Ele foi preparar-nos um lugar. Um dia, voltará a este mundo para nos levar a fim de vivermos para sempre com Ele nesse lugar de delícias perpétuas. E Romanos 8:34 afirma que Jesus está a interceder por nós, junto ao Pai. Como é maravilhoso saber que Jesus foi para o Céu, mas que não nos abandonou! Além de nos deixar o Espírito Santo para nos auxiliar (João 14:16), Ele próprio roga a Deus pelas nossa vidas. Não estamos sós. Que segurança essa certeza nos traz! João 14:26 revela-nos outra função do Espírito Santo. É Ele que faz com que recordemos determinado texto da Palavra de Deus quando dele precisamos. Como é bom sabermos que não estamos sozinhos nesta luta que é a vida. Temos a presença constante do Espírito Santo. I Coríntios 12:3 mostra outro dos papéis do Espírito Santo. Este versículo diz que é impossível alguém declarar que Jesus é o Senhor se não for o Espírito Santo a levá-lo a fazer tal afirmação. O mesmo verso afirma que quem tem o Espírito Santo na sua vida não pode dizer que Jesus é maldito (ou anátema, como referem algumas versões).
Resumindo, a presença do Espírito Santo faz toda a diferença na nossa vida. Devemos testemunhar e falar do Evangelho sempre sob a direcção do Espírito Santo, pois é Ele que convence do pecado, do juízo e da justiça (João 16:8). Que bom que a salvação não depende da nossa própria sabedoria ou das nossas estratégias!
Oxalá estejamos sempre sintonizados com Deus a fim de sermos usados por Ele, para Sua honra e Sua glória.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Um Domingo especial (Parte II)

No último Domingo, visitámos os nossos irmãos da Igreja Baptista de Águeda. Eis o registo, em fotos, de alguns momentos do dia: