Mostrar mensagens com a etiqueta carta pastoral. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta carta pastoral. Mostrar todas as mensagens

sábado, 16 de maio de 2009

Carta Pastoral...

FAMÍLIA! QUE BOM SER UMA FAMÍLIA! QUE MARAVILHOSO TER UMA FAMÍLIA!

Ouve-se dizer: Família? O que é isso? Eu nunca tive, nem tenho, Família! Já fiz tudo … mas não valeu de nada. Foi uma luta inglória … e não tenho, nem jamais terei Família! São múltiplas e tão diversificadas as declarações sobre o conceito de Família e aquilo que ela representa nos dias de hoje. Fruto de um leque bem acentuado de experiências, contrastantes entre si, ou que explicitam insatisfação, desilusão, frustração.

É deveras triste, e bem difícil, falar-se com alguém que foi amachucado pelo seu contexto familiar, alguém que se desiludiu com o cenário que o acolheu e que lhe proporcionou o 1º contacto com pessoas.. E quando o 1º berço, aquele que nos acolhe, marca de forma negativa, então, os efeitos dessa negatividade prolongam-se e espraiam-se por quase toda a vida, num crescendo negativista/pessimista. Desta forma, o berço que nos acolhe influencia a busca e a construção de outros berços na vida. Normalmente, um 1º berço pacífico gera contextos familiares pacíficos; normalmente, um 1º berço onde reina o egoísmo, gera pessoas egocêntricas, que só conseguem olhar para o seu umbigo; normalmente, um 1º berço, onde a agressividade verbal e/ou violência é sinal notório de existência, produzirá pessoas que se regerão na vida por esses pressupostos existenciais.

O lar ou é uma escola de virtudes, criadora de posturas altamente meritórias, as quais merecem a nossa admiração, ou é uma escola indiferente a tudo e a todos, num niilismo ético - moral. E quando observamos lares geradores de caracteres que se impõem pela sua qualidade, damos graças a Deus pelos Pais que Ele proporcionou a tais agregados familiares. Lares que oferecem a alimentação a todos os níveis formativos. Lares que merecem todos os elogios e sua publicitação como referências para os demais lares.

Acredito que Pais crentes reúnem as melhores condições para serem excelentes Professores. Por variadíssimas razões: não há melhor escola que a escola do lar; não há melhores professores do que os pais; não há melhor livro do que a Bíblia, não há melhor motivação do que aquela que podemos receber através do Espírito Santo; não há melhores incentivos do que aqueles que uma boa Igreja pode proporcionar aos que a frequentam; não há maior poder do que aquele que todos os membros podem receber da parte de Deus! Todo o processo ensino-aprendizagem é bem melhor num contexto familiar do que em qualquer outro contexto. Até porque podemos contar com o maravilhoso Deus que deseja o melhor para as heranças que ele colocou no âmbito dos casais.

Amado Irmão: Que bom ser e ter uma Família! A nossa luta nunca será inglória, pelo menos por duas razões. Por um lado, porque não estamos sozinhos; por outro lado, porque qualquer luta ao lado de Deus jamais será inglória. Temos contextos altamente favoráveis para sermos e termos uma Família. Não tanto em termos externos, a não ser no espaço de uma comunidade onde Deus trabalhe em plenitude, mas em termos de focalização de âmbito interno, num espaço onde a Família se reúne para comer, dormir … mas também para dialogar, para partilhar, para conviver, para ajudar, para desafiar, para consolar, para exortar, para disciplinar, para corrigir, para admoestar, para valorizar … e tudo numa perspectiva cristã, imbuída de profundo e verdadeiro amor, baseado no amor de Deus. E quando a Família cristã sustenta os seus relacionamentos em Deus, com profunda paixão pelo Culto doméstico, então, podemos «cantar por toda a parte» que somos e temos uma Família. Que bom!

Pr. José Lopes

sábado, 9 de maio de 2009

Carta Pastoral...

O texto que se segue é da autoria do nosso pastor José Lopes. É a carta pastoral desta semana, que fará parte do boletim "O Bálsamo" do dia 10 de Maio de 2009.

DIA DAS MÃES! Um dia como outro qualquer? Em certa medida deveria ser assim, parafraseando o poeta que cantava que o Natal era quando o homem quisesse. Isso implicaria que todos os dias seriam dias em que se honraria o papel e a função das mães; todos os dias seriam homenageadas pelo seu esforço e dedicação; todos os dias seriam objecto de gratidão por parte dos seus filhos; todos os dias seriam agraciadas com manifestações de carinho e de ternura, etc., etc. No entanto, a realidade é, infelizmente, bem distinta.

No «Dia das Mães», e não Dia da Mãe, é costume desafiarem-se as mães a serem efectivamente mães. É óbvio que, infelizmente, muitas mães só o são porque deram à luz um ou mais filhos. Mães simplesmente biológicas, que apenas introduziram seres vivos no planeta dos homens. Mães que não se preocupam com nada, ou quase nada daquilo que diz respeito aos seus filhos. Mães que abdicam da sua principal função de educadora, orientadora, acompanhante quotidiana de tudo o que envolve a vida de um filho. Todavia, também é verdade que encontramos, graças a Deus, Mães que sabem ser Mães, com muita dedicação e paixão, com muito zelo e «profissionalismo», com muito brilho e resultados bem visíveis. A estas sabe bem homenagear, como referências exemplares; às anteriores, convém desafiá-las a assumirem outras posturas maternais, seguindo o exemplo das Mães que honram a sua missão.

Dissemos que é costume desafiar/homenagear as Mães, no «Dia das Mães», mas não deveríamos ficar por aqui. Mais do que homenageá-las, deveríamos exortar os filhos a saberem ser filhos, em cada dia do ano, e a compreenderem o papel e a função daquelas que lhe deram o ser.

No «Dia das Mães» vemos muitos filhos beijando as suas Mães, entregando-lhes flores, elogiando-as com palavras inesquecíveis e geradoras de prazer … mas , logo a seguir, ainda no mesmo dia, ou no dia seguinte, a linguagem altera-se, as posturas modificam-se e as relações ficam afectadas. Surgem, então, as reclamações, os desânimos, as revoltas, o desejo de deixar de ser o que se é, ou convém ser.

Neste momento, e através desta carta, quero homenagear as Mães da minha Igreja. Dar-lhes os meus efusivos e sinceros parabéns, pelas suas enriquecedoras posturas, por tudo aquilo que são e realizam na vida dos seus filhos. É uma honra ter ovelhinhas que sabem cuidar das heranças que Deus lhes proporcionou. Contudo, e igualmente através desta carta, quero desafiar todos aqueles que desfrutam da benesse de disporem de um Mãe, a saberem ser filhos. Bons filhos, bons ouvintes, ouvintes obedientes e meigos, filhos reconhecidos e claros adjuvantes da missão de Mãe, filhos que apoiem, de forma inequívoca, a sua Mãe, facilitando e não complicando a sua função e missão. Que bom ter filhos assim, não é, Mães da minha Igreja?

Custa-me imenso ver filhos desprezando as suas Mães, assim como me custa ver Mães desprezando os seu filhos. Como paga? Como defeito de carácter? Falta do toque de Deus?

Oro para que Deus opere em todos os filhos da nossa Igreja, tornando-os em filhos exemplares, filhos referência para os «estranhos à fé», filhos que evidenciem, de forma bem nítida, que assim como Deus ajuda as Mães a serem boas Mães, também auxilia os filhos a serem bons filhos. A Deus toda a honra e glória, quando uma Igreja regista vidas que se deixam orientar pelo plano de Deus para a estruturação de Famílias que Ele deseja abençoar. E como nós sabemos que «se o Senhor não edificar a casa em vão trabalham os que a edificam», então, só podemos desejar a Divina intervenção, em cada dia, em todas as áreas. E os nossos parabéns a todos os que colaboram com Deus!