terça-feira, 16 de novembro de 2010

Culto da tarde...

Isaías 54:1-5 foi o texto bíblico que serviu de base à mensagem que o Pr. Jónatas Lopes nos trouxe.
Em primeiro lugar, importa contextualizar esta passagem: Por causa da sua rebeldia, o povo de Judá estava cativo na Babilónia. Um cativeiro que durou 70 anos. Surge, então, este texto, em que Deus oferece ao povo uma nova oportunidade de se redimir. O plano de Deus era que eles fossem um. Ou seja, Deus mostra-lhes o que é ser igreja e oferece-lhes a Sua graça e o Seu grande amor.
Semelhantemente, muitas vezes, nós também nos sentimos em cativeiro espiritual e Deus também nos dá oportunidade de livramento. Deus quer algo de nós. Ele está a juntar o Seu povo, a oferecer a Sua graça e a derramar o Seu amor. Cremos nisto? Ou ainda duvidamos? Ou será que perdemos tempo no "nha, nha, nha"? Louve e verá! Tudo começa na adoração, como podemos ver no versículo 1: "Canta alegremente"...
Adore. Muitas vezes, pensamos que nada está a acontecer na Igreja e nas nossas vidas, mas nem sempre o que parece é. Adoremos e veremos! Quando adoramos, passamos a ver a necessidade que existe de haver mudanças na vida da Igreja.

No versículo 2, vemos que Deus está a exigir mudanças ao povo: Aumenta; acrescenta; alarga; fixa...

Há quem seja avesso a mudanças. Muitas vezes, não passamos de caçadores que disparam ao mínimo sinal de movimento. E todos sabemos as consequências desastrosas que podem advir de um tal acto!

Seremos, de facto, "caçadores"?! Quando surgir um problema ou quando estivermos a ponto de criticar algo, coloquemos a nós próprios 4 questões fundamentais: 1ª: É de Deus? 2ª: É para Deus? 3ª: Edifica? 4ª: Ou serei um caçador?

Muitas vezes, não estamos dispostos a trabalhar, mas, parece que estamos sempre prontos para criticar quem lançou mãos à obra. Temos de sair da nossa zona de conforto, pois é isso que Deus deseja que façamos. Temos de nos expor e estar a jeito dos "tiros" que possamos vir a sofrer. Precisamos de abandonar o marasmo espiritual.

Que relação temos com as mudanças que Deus quer operar? Todas as mudanças têm o seu custo. Quando buscamos a vontade de Deus, ficamos mais expostos aos ataques do inimigo. A solução é aumentarmos o nosso grau de intimidade com Deus, pois se não o fizermos, estaremos muito vulneráveis e poderemos levar um "tiro" que causará a nossa morte espiritual.

Infelizmente, muitas vezes, mudamos apenas o local de onde lançamos os ataques. Como analisar o tipo de mudança que ocorreu? Com as 4 perguntas referidas anteriormente: É de Deus? É para Deus? Edifica? Ou sou um "caçador"? Analisemos os nossos comentários, tanto os verbais como aqueles que não verbalizamos, mas que podem ferir tanto quanto as palavras. Se o que temos a dizer, não edificará, fiquemos calados. Que as palavras dos nossos lábios e o meditar do nosso coração possam ser agradáveis a Deus! Enquanto isso não se verificar, fechemos a nossa boca.

Deus está a trabalhar, mas não nos esqueçamos que o diabo não dorme. Porém, sabemos que o nosso Deus e Senhor, o Todo-Poderoso, tem grandes coisas para nós! E quando vemos a Sua glória, mudamos...

Quando adoramos a Deus, vemos aquilo que Ele tem para nós. E, ao vermos aquilo que Ele tem para nós, temos forçosamente que mudar alguma coisa. É essa a ideia implícita no versículo 3. E, quando mudamos alguma coisa, a nossa área de abrangência aumentará.Chegaremos mais longe. Mas, infelizmente, muitas vezes desejamos apenas aumentar o nosso "Ego Eclesiológico". Não nos esqueçamos que nos territórios fora da nossa zona de conforto (a nossa Igreja), há muitas pessoas que ainda não ouviram falar da graça divina. Estamos dispostos a transpor as fronteiras?! Estaremos dispostos a "arregaçar as mangas" e "sujar" as mãos?!

Sujamos as mãos com o trabalho? Sujamos as mãos com as pessoas quando as recebemos? Por norma, temos dificuldade em apertar a mão a quem está sujo; em abraçar quem cheira mal; em ouvir aquele que está sempre a falar; e em conversar com aquele que está sempre calado. Quanto mais "lavar os pés"... Mas, não é isso que somos chamados a fazer? Cristo deixou-nos o exemplo (João 13).

Muitas vezes, não sabemos receber as pessoas. Colocamos os nossos interesses pessoais em primeiro lugar. Ainda alimentamos o "Ego Eclesiológico". Mudar e alargar... Estaremos dispostos?! Crescer dói. Ao receber novos membros, o corpo pode aceitar ou rejeitar. O que é que escolhemos? Às vezes, a Igreja não está preparada para crescer. Não falamos nem cumprimentamos quem nos visita... Em que nível estamos? Será que estamos a perder tempo com o "nha, nha, nha"?! Vale a pena reflectirmos sobre a nossa postura.

Adore e verá; veja e mudará; mude e alargará... E, por fim, alargue e triunfará! E, ao triunfar, esquecer-se-á do passado sofrido, como nos mostra o versículo 4. Na verdade, não esqueceremos, mas quando recordarmos um qualquer acontecimento que nos tenha magoado, a dor, outrora tão presente, não se manifestará.
Quantas vezes não nos angustiamos por causa de algo que nos marcou negativamente no passado? Quantas vezes não sofremos por vermos aqueles que não temem a Deus prosperarem, quando, aparentemente, isso não está a acontecer connosco? Quantas vezes não sofremos com o mal que os outros nos causam? Ao triunfarmos, essas coisas passarão. E sabemos que triunfaremos, pois o nosso Deus é o Senhor de toda a terra. E, com Ele ao nosso lado, somos mais do que vencedores (Romanos 8:37).
O nosso Redentor é o Santo de Israel, o Deus Todo-Poderoso. Cremos nisto ou duvidamos? Ou será que perdemos tempo no "nha nha nha"? Que tal testarmos o nosso nível? A nossa relação com a Igreja... Quando falamos da Igreja, em que termos o fazemos? Dizemos algo do género: "A Igreja é isto ou aquilo"? ou afirmamos "Nós somos estes ou aqueles"? Se a nossa resposta for a primeira, significa que não nos sentimos parte da Igreja e que ainda temos um longo caminho a percorrer. Se for a segunda, é porque já nos sentimos parte da Igreja. Que Deus nos incomode para a Sua honra e Sua glória! (Convém não esquecermos que, quando Deus incomoda, as coisas podem ser difíceis, mas serão boas, pois Deus é bom!). Meditemos nisto e cheguemos a uma conclusão.
O que é que Deus deseja para nós e para a Sua Igreja? Que mudemos ou que continuemos com o nosso actual estilo de vida?!

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