domingo, 27 de fevereiro de 2011

EBD...

A nossa lição da Escola Dominical, baseada em II Reis 24:12-13, foi-nos trazida pela Irª Marta Azevedo e teve por título "Mantém a Esperança Viva". "A vida com Cristo é uma esperança sem fim; sem Ele, é o fim da esperança". Mas, como manter a confiança em Deus, enquanto Ele trabalha e nós não vemos nada a acontecer? Como aguentar esse período de espera, sem desesperarmos?
Nabucodonosor, o rei da Babilónia, sitiou Jerusalém e Joaquim, rei de Judá, não tendo alternativa, rendeu-se, tendo sido levado cativo para a Babilónia. A cidade de Jerusalém foi saqueada; os tesouros e a mão de obra especializada foram levados... Toda a riqueza desapareceu; ficou apenas aquilo que não tinha valor.
Que grande lição para nós! Os bens materiais e a glória deste mundo são efémeros. Não devemos, em circunstância alguma, colocar neles a nossa confiança. Oxalá ajuntemos antes tesouros no Céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam (Mateus 6:20).
Entretanto, um outro rei assume o trono de Judá: Zedequias. Este "fez o que era mau aos olhos do Senhor" (II Reis 24:19) e sofreu as consequências: um novo cerco. Assim, o pouco que ainda existia foi destruído... O templo, a jóia de Jerusalém, foi incendiado e a cidade foi reduzida a cinzas. A glória da esplendorosa Jerusalém esfumou-se!
Certamente que quem observava tamanha devastação, pensava que Deus havia abandonado o Seu povo. Jeremias, no livro de Lamentações, refere-se a essa situação. Mas, no capítulo 3, o seu lamento transforma-se em esperança, presenteando-nos com um dos mais reconfortantes versículos da Bíblia: "As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; novas são cada manhã" (Lamentações de Jeremias 3:22-23).
Não obstante as ruínas que o cercavam, Jeremias conseguiu perceber que a misericórdia do Senhor não conhece limites e que ela é a causa de não sermos consumidos. Será que no meio dos escombros em que, às vezes, a nossa vida se transforma, nós também conseguimos vislumbrar a misericórdia de Deus?
Entre os milhares de pessoas levadas cativas para a Babilónia, encontravam-se uns jovens de boa aparência, sábios e hábeis (Daniel 1:4): Daniel, Hananias, Misael e Azarias.
Muitos certamente perguntarão onde é que estaria Deus que permitiu aqueles 70 anos de exílio. Ele estava com os amigos de Daniel quando estes foram colocados na fornalha ardente. Ele estava com Daniel quando este foi lançado na cova dos leões... E este episódio, que tinha tudo para ser uma tragédia, transformou-se em bênção. O rei Dário, ao constatar que Daniel não havia sido devorado pelos leões, divulgou o acontecimento, enfatizando o poder do Deus a quem Daniel servia. "Ele salva, livra, e opera maravilhas no céu e na terra; ele salvou e livrou Daniel do poder dos leões" - declarou o rei da Babilónia.
Daniel influenciou Dário e Ciro, o Persa, o qual viria a decretar a libertação dos Judeus. Nunca somos colocados num determinado lugar por acaso. Há um propósito para tudo. Aqueles jovens judeus exilados na Babilónia cumpriram o seu propósito. Por mais perplexas que sejam as circunstâncias em que eventualmente nos encontramos, confiemos em Deus, pois Ele pegar-nos-á ao colo quando atingirmos o limite das nossas forças. As mãos misericordiosas de Deus estão sempre estendidas na nossa direcção...
A Irª Zaida Roque trouxe-nos uma reflexão, tendo-nos levado a meditar sobre as inevitáveis desilusões da vida. Às vezes, as circunstâncias em que nos encontramos são tão angustiantes que nos sentimos encurralados . Então, colocamos a situação nas mãos de Deus. E, às vezes, vemos a actuação de Deus imediatamente; outras, nem por isso. Outras vezes, até pensamos que o problema já está resolvido, mas logo a seguir, verificamos que não é bem assim. Então, ficamos desapontados e a espera pela solução torna-se cada vez mais dolorosa.
As esperas prolongadas provocam desânimo. Foi assim que o povo Hebreu se sentiu durante os 400 anos de exílio no Egipto (Êxodo 6:6-9). Porém, quando, finalmente, lhes foi anunciada a sua libertação, eles não ouviram... Não somos nós assim tantas e tantas vezes? Há momentos em que estamos tão em baixo que não conseguimos olhar para cima, para o Deus que sempre nos socorre. Oxalá consigamos, durante as adversidades, olhar para trás, a fim de vermos que Deus esteve sempre connosco, situação após situação.
Às vezes, Deus trabalha, fazendo coisas extraordinárias e, nós, devido à nossa ânsia de espírito, não percebemos a Sua acção na nossa vida. II Reis 6:14-17 relata um episódio que é disto exemplo. O rei da Síria estava em guerra com Israel e, Deus, que jamais desampara o Seu povo, revelava ao rei de Israel, através do profeta Eliseu, os planos do Rei da Síria, de modo que tudo o que ele intentava saía gorado. Isto levou o rei da Síria a pensar que tinha um traidor entre os seus homens.
O rei da Síria, contudo, acaba por cercar Jerusalém e o servo de Eliseu, vendo o exército sírio ao redor da cidade, é invadido por um medo aterrador e manifesta-o ao profeta. Este tranquiliza-o, dizendo-lhe que "mais são os que estão connosco do que os que estão com eles". Então, Eliseu pede a Deus que lhe abra os olhos para que veja o numeroso exército que estava ao redor deles...
Muitas vezes, nós somos como o criado de Eliseu. Deus salvaguarda-nos de tantas situações e nós não percebemos!
Deus está sempre presente... Ele está connosco no meio do fogo e tira-nos no momento certo, antes deste nos destruir. O trabalho daquele que purifica a prata ilustra bem o que Deus faz connosco. A pessoa que purifica a prata fica o tempo todo sentada a observar a prata purificar-se para, no momento certo, a retirar do fogo, antes deste a começar a destruir... Quando alguém lhe pergunta como é que ele sabe que chegou esse momento, ele responde: "Quando vejo o meu reflexo na prata, sei que está totalmente purificada e que, portanto, chegou a altura de a retirar do fogo". Oxalá ousemos abandonar-nos nos braços do Pai Celestial, que tem cuidado de nós! Ele sabe o que faz...
"Uns confiam em carros e outros em cavalos, mas nós faremos menção do nome do Senhor nosso Deus" (Salmos 20:7).

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Culto da tarde...

No último Domingo, o Pr. Jónatas Lopes pregou sobre a alegria que provém do facto de sabermos que somos justificados pela fé. Uma mensagem que teve suporte bíblico no texto registado em Romanos 5.
Quando pecamos, afastamo-nos de Deus, pois o pecado (tudo aquilo que é contrário à vontade de Deus) separa-nos do Deus Santo. Porém, ao aceitarmos, pela fé, Jesus como nosso Salvador, somos justificados, isto é, somos declarados justos. O pecado torna-nos culpados perante Deus, mas, porque cremos que Jesus veio a este mundo para nos salvar, Deus, o Justo Juíz, declara-nos inocentes. Maravilhosa graça!
Sendo declarados justos, temos paz com Deus, a paz que só tem aquele que aceita Jesus com seu Salvador e que, portanto, tem a garantia de uma vida para além da terrena, num lugar onde tudo é alegria e gozo. Esta esperança deve ser a base da alegria do crente. Oxalá não façamos depender a nossa alegria de algo deste mundo, mas somente da salvação que Cristo conquistou para nós na cruz.
Romanos 5:3 contém uma declaração intrigante: "Também nos gloriamos nas tribulações". Como é possível gloriarmo-nos nas adversidades? Bem, I Tessalonicenses 5:18 afirma que devemos dar graças em tudo. Será fácil fazer isto? Não. De todo! Estamos sempre prontos para receber as bênçãos de Deus, mas nunca estamos prontos para o sofrimento que as tribulações nos trazem. Porém, é nos momentos de dificuldade que temos a oportunidade de mostrar que somos diferentes. As tribulações são um teste à nossa confiança no Pai Celestial. A nossa reacção perante os problemas mostra quem realmente somos.
Sabemos que as adversidades são inevitáveis, pois Jesus disse que teríamos aflições (João 16:33).
"A tribulação produz paciência"... Deus transforma-nos através das situações difíceis e Ele tem poder para fazer com que de algo negativo resulte algo positivo. A esperança que reina em nós de que um dia tudo passará deve animar-nos e ajudar-nos a enfrentar os obstáculos.
E, quando temos esperança, a confusão desaparece, pois estas não podem coexistir.
Ao longo da Bíblia, encontramos muitas pessoas que atingiram um patamar de confiança tal que podiam afirmar, quaisquer que fossem as circunstâncias em que se encontrassem: "Seja o que Deus quiser!" Estêvão, o primeiro mártir e os amigos de Daniel (Sadraque, Mesaque e Abdenego), que foram lançados num forno ardente são algumas das pessoas que revelaram uma confiança inabalável em Deus e que nos servem de inspiração.
A segunda parte do versículo 5 contém uma declaração tremenda: "o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado". Quando aceitamos Jesus como Salvador, Deus dá-nos o Espírito Santo, que nos dirige e nos mostra quando falhamos, levando-nos ao arrependimento.
O verso 6 enfatiza a grande obra que Cristo realizou nas nossas vidas. Ele morreu por nós quando ainda éramos fracos. Jesus morreu por todos (João 3:16), mas não nos devemos esquecer de que o Seu acto só tem efeito na vida daqueles que O aceitarem como Salvador. Aqueles que não o receberem na sua vida, não serão justificados e, portanto, quando partirem deste mundo, Deus não estará presente. Viverão para sempre afastados de Deus, num lugar onde haverá pranto e ranger de dentes (Mateus 13:50).
O versículo 10 afirma que nós, outrora inimigos de Deus, fomos reconciliados com Ele, através da morte de Jesus, que assumiu a nossa culpa. Contudo, esta reconciliação só será visível quando nos reconciliarmos com aqueles que nos rodeiam. O ministério da reconciliação foi dado a cada um de nós e devemos pô-lo em prática, independentemente de sermos culpados ou inocentes.
Muitas vezes, a nossa presumível inocência impede-nos de avançar no sentido da resolução dos conflitos, pois tendemos a alegar que se somos inocentes, não devemos ser nós a dar o primeiro passo. No entanto, se tivermos sempre em mente que Deus nos deu esse ministério, será mais fácil avançar. Além disso, como poderemos ter alegria se não estivermos reconciliados com os que nos rodeiam?
Há 3 pontos fundamentais a reter quando estivermos com dificuldades em nos reconciliarmos com alguém:
1) Devemos lembrar-nos de que não somos dignos da reconciliação com Deus e, no entanto, obtivemo-la. Como podemos achar que o outro não a merece se nós a obtivemos da parte do Deus Santo?
2) Deus agiu assim comigo, reconciliando-me com Ele. Porque não conseguimos nós reconciliar-nos com o nosso próximo?
3) Quando opto por não me reconciliar, onde é que está a acção do Espírito Santo na minha vida? Qual é a diferença entre mim e as pessoas que não têm Deus, que alimentam as zangas, em vez de enveredarem pelo caminho da reconciliação?
Coloquemos em prática o ministério da reconciliação. Não hesitemos em tomar a iniciativa, mesmo que sejamos inocentes. Lembremo-nos de que Deus é que veio ao nosso encontro, através de Jesus, a fim de nos reconciliar com Ele. A iniciativa foi dEle e não nossa e nós é que éramos os culpados.
Deus tem sempre o braço estendido na nossa direcção... Porque é que nós resistimos tanto a estendê-lo ao nosso próximo?
A não reconciliação perturba-nos, gera angústia e tristeza, pois Deus não perdoa a quem é incapaz de perdoar o seu próximo. "Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus" (Actos 20:24).
Oxalá tenhamos a coragem de deixar o orgulho de lado, cumprindo o ministério da reconciliação que nos foi confiado. Deixemos que Cristo viva em nós (Gálatas 2:20).

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Culto da tarde...

"A importância da alegria" foi o título da mensagem que o Pr. Jónatas Lopes nos trouxe no último Domingo. Neemias 8:10 serviu de base à pregação. A frase final deste versículo é tremenda: "A alegria do Senhor é a vossa força". A alegria deveria ser algo obrigatório na vida do crente. Contudo, nem sempre conseguimos manifestar alegria. Porquê? Talvez por não termos por hábito contar as bênçãos, pois se o fizermos, certamente veremos Deus presente em todos os momentos da nossa vida, especialmente nos momentos de adversidade. Oxalá consigamos ver a acção poderosa do nosso Deus nas situações difíceis e rejubilar!
Neemias revela preocupação para com os carenciados e, portanto, deve servir-nos de exemplo, pois a Igreja deve estar atenta às necessidades daqueles que a rodeiam. Após dar ordens para que dessem alimento àqueles que não tinham nada preparado para si, Neemias faz um apelo: "Não vos entristeçais, porque a alegria do Senhor é a vossa força".
Não vos entristeçais... Que exemplo temos nós dado às pessoas que nos rodeiam? Elas não querem ouvir palavras diferentes; querem ver atitudes diferentes. É alegria que aqueles que nos rodeiam vêem em nós, mesmo quando as circunstâncias são assustadoras? A nossa alegria não provém de aspectos exteriores; ela vem do Senhor Deus e reside na nossa confiança de que Ele fará algo, que Ele virá em nosso socorro.
No Salmo 51:12, Davi suplica a Deus que lhe volte a dar a alegria da Sua salvação.
Davi, rei de Israel, estava no auge do seu reinado, mas caiu na "armadilha" do adultério. Quando se apercebeu do que fizera, arrependeu-se do seu pecado e clamou a Deus para que Ele lhe voltasse a dar a alegria da salvação. O que significa isto? A alegria é um gomo do fruto do Espírito e o Espírito Santo é dado a todos aqueles que aceitam Jesus como seu Salvador. Assim, a alegria é fruto da salvação, pela entrada do Espírito Santo na nossa vida.
No fundo, Davi estava a pedir a Deus que lhe desse novamente o gozo e o ânimo que resultam da salvação. Somos forasteiros neste mundo e, portanto, o facto de sabermos que há um lugar preparado para nós no Céu, onde não haverá choro, nem dor, nem clamor, nem pranto, deveria fazer-nos exultar.
Habacuque 3:17-18 ajuda-nos a perceber melhor a proveniência da nossa alegria. O profeta declara que ainda que não tenha nada, alegrar-se-á no Deus da sua salvação. Oxalá Habacuque nos sirva de inspiração. Alegremo-nos em Deus que nos deu, gratuitamente, a salvação através do Seu Filho, Jesus Cristo.
Também Isaías 12:3 enfatiza a alegria da salvação: "Eis que Deus é a minha salvação; nele confiarei, e não temerei, porque o Senhor Deus é a minha força e o meu cântico, e se tornou a minha salvação".

Não podemos fazer depender a nossa alegria de algo deste mundo. Ela só vem da salvação. Oxalá tenhamos a humildade de depender totalmente de Deus, pois só Ele é que nos pode dar a paz e a tranquilidade de que precisamos.

"Em paz me deito e logo pego no sono" (Salmos 4:8). Este versículo é revigorador, é transformador. É simplesmente maravilhoso conseguirmos adormecer facilmente, não obstante os problemas que eventualmente enfrentamos. Onde é que está o nosso foco? Nas dificuldades ou no nosso bom Deus? Temos que ter vidas transformadas por Deus para que aqueles que nos rodeiam possam ver que somos mais que vencedores por Aquele que nos amou, Cristo. Onde é que costumamos procurar a nossa alegria? Em Deus ou nas coisas materiais e superficiais? Oxalá escolhamos confiar no nosso bom Deus, que nos guiará sempre a porto seguro. Ousemos descansar nos braços eternos do Pai Celeste...

domingo, 13 de fevereiro de 2011

EBD...

II Reis 17:5-20 foi o texto bíblico que serviu de suporte à nossa lição da Escola Dominical, que teve por título: "Mudança de Direcção". Muitas vezes, precisamos de mudar de direcção na nossa vida, a fim de estarmos dentro da vontade de Deus. Ignorar a direcção de Deus leva-nos a cometer actos irreflectidos que terão consequências, por vezes, devastadoras. Este foi um erro comum a muitos dos Reis de Israel. O pecado imperava nas suas vidas e na suas lideranças e as consequências da sua desobediência a Deus não se faziam esperar. Pecar é errar o alvo e não há pecados maiores ou pecados menores. As consequências é que são diferentes. Tudo o que é contrário à vontade de Deus afasta-nos dEle.
Deus avisara o Seu povo acerca do perigo de O abandonarem. Ele disse-lhes que enquanto estivessem com Ele, seriam abençoados, mas se enveredassem pelo caminho da idolatria, seriam castigados. Neste texto bíblico, vemos que o rei de Israel deixou de cumprir um acordo estabelecido com o rei da Assíria, tendo feito, secretamente, um acordo com o rei do Egipto. Revoltado com a quebra do acordo por parte do rei de Israel, o rei da Assíria cercou a cidade onde povo de Israel se concentrava e levou-os cativos para o seu país.
Por norma, o povo de Israel não revelava fé. Deus dizia-lhes constantemente que outros povos haveriam de pelejar contra eles, mas que não prevaleceriam. Porém a sua falta de confiança em Deus levava-os a estabelecer acordos com os reis das outras nações, a fim de terem paz. Não somos nós assim também, tantas e tantas vezes? Muitas vezes, devido à sucessão de problemas que surgem na nossa vida, pensamos que Deus já não está connosco e tentamos provar, a todo o custo, que Ele está ausente. Caso contrário, Ele poupar-nos-ia. Contudo, Deus está sempre presente. Quando estamos em baixo, as mãos de Deus estão ainda mais abaixo para nos ampararem. Não percamos muito tempo tentando descobrir o "porquê" das coisas. Demos, isso sim, atenção ao "para quê". Qual o propósito desse acontecimento?

Nos versículos 7 e 8, vemos porque é que o povo de Israel foi levado cativo. Eles pecaram contra o Senhor Deus, tendo adoptado a cultura dos outros povos. Falharam para com Aquele que os tinha abençoado, libertando-os da escravidão a que tinham estado sujeitos no Egipto. Os acordos estabelecidos com outras nações implicavam a adopção dos seus costumes, pelo que passavam a servir os seus deuses. Lembremo-nos que Deus alertara-os para os perigos do pecado da idolatria...

Os filhos de Israel fizeram o que não era recto, andando segundo os estatutos das outras nações e adorando os seus deuses. Mas, porque é que desejavam eles venerar os ídolos dos outros povos? Porque queriam ser como os outros; queriam ter algo visível, algo palpável... Não se passa o mesmo connosco muitas vezes? Não é quando queremos ser iguais aos outros que cometemos os erros mais graves? E quem é que nunca desejou, num ou noutro momento, que as coisas fossem mais palpáveis? Porém, tenhamos sempre em mente que somos chamados a viver pela fé, o que, muitas vezes, significa vivermos em areias movediças.

Entretanto, Deus adverte o Seu povo, através dos profetas, e chama-os ao arrependimento. Arrependimento significa mudança de mente, mudança de atitude, uma volta de 180 graus na nossa vida...
Deus estava a dar-lhes uma nova oportunidade, mas com a condição de eles andarem segundo os Seus estatutos. A graça de Deus é tremenda. Ele é um Deus de novas oportunidades, desde que nos submetamos à Sua vontade. Recordemos as palavras de Jesus para os Seus discípulos, registadas em João 15:14: "Vós sereis meus amigos se fizerdes o que vos mando".
O povo, como podemos ler no verso 14, não deu ouvidos a Deus e tornaram-se obstinados como os seus pais, os seus antecessores. E, aqui, vale a pena reflectir sobre o legado que os que são pais estão a deixar aos seus filhos. Os filhos tendem a imitar os pais, no bem e no mal. Que tipo de influência estamos a ser para os nossos filhos?
O versículo 18 e os seguintes poderiam muito bem ser resumidos através de Hebreus 10:31: "Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo". Deus indignou-se muito contra Israel por terem rejeitado a oportunidade de se arrependerem que lhes fora dada, pelo que a sua persistência no erro teve consequências trágicas, que se prolongaram no tempo. Ainda hoje, aquela nação não goza de paz.
Aprendamos com os erros deste povo, por sinal, o povo escolhido de Deus...
Oxalá tenhamos a cada dia uma confiança inabalável no nosso bom Deus, pois só Ele nos faz repousar em segurança (Salmo 4:8).

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Culto da tarde...

Alegria é o tema deste mês na nossa Igreja e no Domingo passado o missionário Karl Smensgard introduziu o tema, apresentando as conclusões de um estudo científico realizado por psicólogos e outros profissionais. A pesquisa, que pretendia averiguar o que é que traz satisfação às pessoas, permitiu concluir que há uma série de coisas simples que contribuem para a nossa felicidade. Apesar de se tratar de um estudo científico, algumas destas estratégias têm base bíblica, como iremos constatar.
1- Saboreie momentos do dia-a-dia. Aprecie o aroma de uma flor ou observe uma criança a brincar, por exemplo.
2- Evite comparar-se, pois isso pode destruir a sua auto-estima. Dirija, antes, a sua atenção para os seus objectivos pessoais já alcançados.
3- Não dê muita ênfase ao dinheiro. As pessoas que colocam o dinheiro no topo da sua lista de prioridades são mais propensas a estados de depressão e ansiedade e têm uma baixa auto-estima. O investigador Richard Ryan diz que "quanto mais procuramos satisfação nos bens materiais, menos as encontramos lá".
4- Defina objectivos significativos. "As pessoas que se esforçam por alcançar algo com significado são mais felizes que aquelas que não têm grandes sonhos ou aspirações", afirmam os investigadores Ed Diener e Robert Biswas-Diener.
5- Tome iniciativa no seu emprego. De acordo com a investigadora Amy Wrzesniewski, quando expressamos criatividade, ajudamos os outros, sugerimos melhoramentos ou executamos tarefas adicionais no nosso emprego, o nosso trabalho torna-se mais gratificante.
6- Faça amigos e trate a sua família como um tesouro. Nós não precisamos apenas de relacionamentos, precisamos de relacionamentos de grande proximidade que envolvam cuidado e compreensão, dizem os cientistas.
7- Sorria, mesmo quando não lhe apetecer. Pessoas felizes vêem possibilidades, oportunidades e sucesso; são optimistas em relação ao futuro e quando olham para o passado tendem a saborear os pontos altos.
8- Diga obrigado, de coração. Segundo o escritor Robert Emmons, as pessoas agradecidas são mais saudáveis, mais optimistas e têm mais probabilidades de alcançar os objectivos pessoais.
9- Saia e faça exercício físico. Um estudo universitário mostra que a actividade física pode ser tão eficaz como os medicamentos no tratamento da depressão, com a vantagem de ser gratuito e de não ter efeitos secundários.
10- Seja altruísta. Dê. E comece a dar agora. O investigador Stephen Post diz que ajudar um vizinho, fazer trabalho voluntário e doar bens e serviços pode ser mais benéfico do que fazer exercício físico ou deixar de fumar. Ele acrescenta que ouvir um amigo, perdoar, transmitir conhecimentos e celebrar o sucesso dos outros também contribui para a felicidade.
E, segundo a investigadora Elizabeth Dunn, as pessoas que gastam dinheiro com os outros evidenciaram mais felicidade do que quem o gasta consigo próprio.

E porque Filipenses é conhecida como a Carta da Alegria, o nosso irmão deixou-nos o texto bíblico registado em Filipenses 2:1-11.

Importa referir que esta carta foi escrita pelo apóstolo Paulo quando este estava detido numa prisão, o que prova que a verdadeira alegria não advém das circunstâncias em que nos encontramos, mas da nossa confiança no nosso bom Deus.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Culto de Ceia e EBD...

Como sempre acontece no primeiro Domingo do mês, realizou-se hoje mais um Culto de Ceia. Antes, porém, tivemos a Escola Bíblica Dominical. Baseada em II Reis 9:16-24, a lição teve por título "Paixão desenfreada" e foi-nos apresentada pelo Pr. Jónatas Lopes.
Será a paixão algo bom? Claro que sim, desde que a consigamos manter dentro de certos limites, pois são muitos os perigos que advêm de uma paixão desenfreada. É preciso ter em conta que, não obstante determinado fim ser bom, nem todos os meios para o atingir são válidos. Jeú, o homem de quem nos fala o texto bíblico de hoje é exemplo disso.
Jeú desejava ser rei e, um dia, Eliseu disse-lhe que ele seria o próximo rei de Israel. Entusiasmado com a perspectiva de concretizar o seu sonho, ele resolve acelerar a sua subida ao trono. E aqui impõe-se uma questão: Qual é a base do nosso serviço a Deus? Serão as nossas motivações puras? Servimos a Deus porque O amamos por nos ter concedido a salvação através de Jesus ou será que o fazemos por interesse?
Para alcançar mais rapidamente aquilo que tanto almejava, Jeú não hesitou em matar o rei que ainda ocupava o trono. Reparemos que o fim era bom, mas os meios usados não foram os correctos. Na Bíblia, encontramos muitas histórias que mostram que os homens sempre procuram apressar os planos de Deus. Abraão e Sara são disso exemplo. O que nos move no serviço a Deus? A motivação de Jeú era alcançar poder... E a nossa?! Oxalá não O sirvamos por aquilo que Ele nos pode dar, mas por aquilo que Ele já nos deu, o Seu Filho Jesus, cuja morte e ressurreição nos garantem a vida eterna junto do Pai Celestial.
Em II Reis 10:15-17, vemos que Jeú, apesar de querer chegar ao trono mais cedo, sentiu necessidade de um mentor, um conceito muito em voga no mundo empresarial até há bem pouco tempo. Actualmente, valoriza-se mais o "coach", alguém que está mais presente, que está ao lado, com quem há um contacto directo, ao contrário do mentor, que está disponível para aconselhar, mas à distância.
Jonabade seria esse mentor. Durante o encontro, Jeú diz a Jonadabe que vem até ele com um coração recto e pergunta-lhe se também age com sinceridade para com ele. Oxalá esta sua atitude nos sirva de exemplo, pois, muitas vezes confiamos imediatamente nas pessoas para logo a seguir verificarmos que não são dignas dessa confiança. Sejamos cautelosos! Atentemos num pormenor interessante, carregado de simbolismo, que se passou após Jeú constatar que Jonadabe merecia a sua confiança. "Dá-me a mão" - pediu-lhe ele. Que significará isto? Significava que estavam ligados, que havia unidade. Seríamos sensatos se observássemos sempre as atitudes das pessoas antes de confiarmos plenamente nelas.
II Reis 10:17 mostra-nos que Jeú era uma pessoa sanguinária, pois ao chegar a Samaria destruiu a todos. De facto, ele não olhava a meios para atingir os fins a que se propunha. E isto é notório também nos versículos seguintes. Intentando matar os profetas de Baal, preparou-lhes uma armadilha. Convocou-os para uma reunião sob o pretexto de ir oferecer holocaustos ao deus deles, Baal. Eles aceitaram o convite e Jeú matou-os. Oxalá jamais imitemos Jeú! Não usemos a mentira ou outros métodos incorrectos para alcançar aquilo que desejamos, ainda que seja algo bom. Precisamos de ter muito cuidado com as mentiras que, muitas vezes, somos tentados a usar para alcançar determinado propósito. Sejamos sempre sinceros!

II Reis 10:30-31 mostra que Jeú foi extremamente zeloso quanto à questão da idolatria, tendo-a exterminado, mas não se livrou de todo o pecado. Não somos nós assim também, tantas e tantas vezes? Erradicamos da nossa vida o pecado fácil, mas não largamos aquele que nos dá prazer. Oxalá consigamos, com a ajuda de Deus, reunir forças para nos libertarmos de tudo aquilo que Lhe desagrada!
Antes da celebração da Ceia do Senhor, o Pr. Jónatas levou-nos a reflectir nas palavras reconfortantes do Salmo 23, que evidencia o cuidado do Senhor Deus para connosco, Seus filhos. Neste Salmo, somos lembrados da presença constante do Pai nas nossas vidas. Deus está connosco até no meio das adversidades, quando atravessamos "o vale da sombra da morte".
"...E habitarei na casa do Senhor por longos dias" (Salmo 23:6).

Quando celebramos a Ceia do Senhor, lembramos a morte e a ressurreição de Jesus, o garante da vida eterna junto de Deus. Por causa da morte sacrificial de Cristo, todos aqueles que o receberem como Seu Salvador e Senhor, um dia estarão para todo o sempre com Ele no Céu, um lugar de delícias, onde não haverá choro, nem pranto, nem clamor, nem dor (Apocalipse 21:4).

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Culto da tarde...

No último Domingo, a direcção da Convenção Baptista Portuguesa esteve presente. Uma visita que muito nos honrou. Assim, a mensagem da parte de Deus foi-nos entregue pelo amado Pr. Abel Pego, que pregou baseado em II Crónicas 15:1-15.
Este texto bíblico mostra que Judá, Benjamim e Israel estavam a viver uma situação caótica. Não havia paz. Eles tinham abandonado Deus. Este era o grande problema. O povo desconhecia a Lei. Eles tinham-se afastado de tal maneira de Deus que já não ouviam a Sua voz.Mas, no meio deste deserto espiritual, surge a voz profética: "O Senhor está convosco, enquanto vós estais com Ele, e, se o buscardes, o achareis" - disse o profeta Azarias ao rei Asa.
Deus é um Deus gentil e delicado e, portanto, não força ninguém a estar com Ele (Apocalipse 3:20). Temos livre arbítrio. Foi-nos dada a possibilidade de escolher entre estar com Ele ou não. A tragédia, muitas vezes, é que escolhemos mal e Deus passa a ser apenas um "senhor dos aflitos". Só recorremos a Ele nos momentos adversos; quando tudo está bem, não O buscamos... Desejamos que Ele esteja à nossa disposição para as situações de emergência e, quando já não precisamos dEle, descartamo-lo... E depois admiramo-nos por Ele não nos responder! Quem é que já não agiu assim uma ou outra vez na vida? Precisamos de cair em nós, como o filho pródigo, e regressar para os braços do Pai, que continua com eles abertos, à nossa espera.
Analisemos o versículo 7 que começa com um apelo: "Esforçai-vos..." Precisamos de nos esforçar para fazermos o que quer que seja. Precisamos de mobilizar todos os nossos recursos a fim de atingirmos os objectivos. O nosso Deus é exigente e pede-nos que nos esforcemos. A mensagem de Deus é, desde o início, uma mensagem de desafio. Recordemos as Suas palavras para Josué quando este substituiu Moisés e assumiu a liderança do povo de Israel: "...Esforça-te e tem bom ânimo (...) porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares" (Josué 1:9).
Azarias disse ainda a Asa: "Não desfaleçam as vossas mãos..." Quando nos sentirmos em baixo, atravessando o "vale da sombra da morte", busquemos alento neste e noutros textos bíblicos, como Isaías 40:31:"Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão" (Isaías 40:31). Jamais devemos esquecer que somos fortes em Deus, que é quem nos fortalece (Filipenses 4:13). Não são as nossas forças que nos levantarão, mas as do Senhor; é Ele que não deixa que as nossas mãos desfaleçam. "...porque a vossa obra tem uma recompensa" - conclui Azarias. É de notar que o profeta diz aqui que tem de haver uma identificação do trabalho/desafio que Deus nos deu com a Sua Obra.
A partir do versículo 8, vemos quais foram os resultados. Quando a voz de Deus foi ouvida, as mudanças começaram. O rei revitalizou-se, encheu-se de energia, recuperou o ânimo; renovou o altar e ofereceu holocaustos. Houve, assim, a renovação da adoração ao Senhor. Além disso, todo o Judá e Benjamim foram congregados para glória do Senhor e comprometeram-se em buscar ao Senhor com todo o seu coração e com toda a sua alma. Semelhantemente, nós precisamos de renovar a nossa aliança com Deus, a nossa comunhão com o Pai Celestial.
Sejamos fortes e não desfaleçam as nossas mãos. E quando nos cansarmos, leiamos os textos bíblicos que nos alimentam. Então, o povo será congregado, a adoração será renovada, o compromisso restabelecido e Deus dar-nos-á alegria e paz, a paz que excede todo o entendimento.