quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Culto de Natal...

No dia 25, realizou-se o nosso Culto de Natal e o Pr. Jónatas Lopes pregou com base em Isaías 9:6, o versículo que contém a profecia do nascimento de Jesus. "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz".
Meditemos em cada um destes nomes:
  • Maravilhoso - Jesus deu a Sua vida para nos dar vida. Com esse sacrifício conquistou para nós a salvação, garantindo-nos a vida eterna junto de Si, num lugar de delícias perpétuas, onde não haverá choro, nem dor nem pranto... Sim, Jesus Cristo é MARAVILHOSO!
  • Conselheiro - Precisamos de tomar decisões constantemente, algumas das quais determinantes e, muitas vezes, não sabemos o que fazer. Por isso, é muito importante um bom conselho, de preferência do Conselheiro por excelência. Quando entregamos a nossa vida a Jesus e lhe pedimos que dirija cada detalhe do nosso viver, Ele fá-lo guiando-nos segundo a sua vontade que é boa, perfeita e agradável. Ele sabe o que é melhor para nós... Como é bom ter um conselheiro assim!
  • Deus Forte - Somos fracos, mas dependemos de um Deus Forte, que nos dispensa diariamente a Sua graça e o Seu amor. É quando reconhecemos que, perante Ele, somos fracos, que Ele trabalha em nós e através de nós, pois o Seu poder aperfeiçoa-se na fraqueza.
  • Pai da Eternidade -A certeza de que passaremos a eternidade junto daquele que a criou traz alento aos nossos corações. Tudo neste mundo é efémero: a felicidade e a dor, os momentos bons e os desagradáveis... Até a vida, neste mundo, é como o vapor... Porém, como há vida para além desta vida, saber que a passaremos num lugar onde a felicidade é permanente, traz-nos alegria. Olhar para as coisas sob a perspetiva da eternidade, torna tudo mais suportável.
  • Príncipe da Paz - As pessoas desejam a paz e anseiam-na desesperadamente. Muitas vezes, não a encontram, pois só Jesus, o Príncipe da Paz, a pode dar de forma permanente. É nEle que encontramos a verdadeira paz, a paz que transcende a compreensão humana, aquela que nos consegue manter calmos e serenos no meio das tempestades da vida...

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Culto da tarde...

No último Domingo, o Pr. Jónatas Lopes pregou com base em Lucas 17. O tema foi: "Quem somos nós na nossa relação com Deus e com os irmãos?"

Jesus diz aos Seus discípulos que os escândalos são inevitáveis, isto é, os problemas que afetam a comunidade, levando a que alguns se afastem de Deus, vão acontecer de vez em quando. O discurso de Jesus, todavia, não termina aqui... Ele alerta para as consequências que poderão advir a quem provoca tais escândalos. "... mas ai daquele por quem vierem! melhor lhe fora que lhe pusessem uma mó de atafona, e fosse lançado ao mar, do que fazer tropeçar um destes pequenos."
Como nos relacionamos com os nossos irmãos em Cristo? Promovemos a paz ou levamos os outros a pecar? É preferível engolirmos os sapos do que explodirmos, levando os outros a sofrer. É preferível ficarmos nós "mal na foto" do que sermos responsáveis pela queda de alguém. A vida cristã vai contra o nosso ego, opõe-se totalmente à "lei" reinante, a lei do "salve-se quem puder".

O verso 3 aconselha-nos a olhar por nós a fim de não cairmos, mas também nos recomenda que tenhamos sempre o perdão disponível para os outros, pois assim como nós erramos também os outros erram... E, se desejamos ser perdoados quando falhamos, também os outros o desejam. Não é assim que Deus age conosco? Ele perdoa-nos sempre que, genuinamente arrependidos, nós reconhecemos os nossos erros.

É verdade que a Bíblia manda repreender aquele que falha. Contudo, isso deve ser sempre feito em amor, visando a restauração e não a destruição da pessoa. Muitas vezes, não queremos conceder o perdão, alegando que passamos a vida a perdoar determinada pessoa e que ela volta sempre a cometer o mesmo erro. Porém, não é isso que o versículo 4 nos aconselha a fazer. Leiamos: "E, se teu irmão (...) pecar contra ti sete vezes no dia, e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: arrependo-me; perdoa-lhe".
Provavelmente por acharem tudo aquilo difícil de cumprir, os discípulos pediram a Jesus que lhe acrescentasse a sua fé. Oxalá seja essa também a nossa oração. Mas, o que é que isto implica? Envolve a quebra do ego e de ideias pré-concebidas, fé no Deus que sabe o que faz e um maior amor para com o próximo. Na nossa relação com os outros, procuremos sempre responder à pergunta de Bob Kaufin: "Como é que isso contribui para o aumento da glória de Jesus Cristo?"

Reflitamos agora na nossa relação com Deus. Quem somos nós com Aquele que nos dá tudo aquilo que precisamos? Somos pessoas gratas ou somos "profissionais da fé"?
O verso 10 afirma que aqueles que fazem aquilo que é suposto fazerem são apenas servos. E servos inúteis! Nada somos perante Aquele que é Rei. Somos simplesmente instrumentos na Sua mão. Não são as nossas qualidades que nos permitem servi-lO. São a Sua maravilhosa graça e o Seu imenso amor que nos concedem tamanho privilégio!
Tenhamos sempre presente que quando O servimos nada mais fazemos do que cumprir a nossa obrigação e que tudo deve ser feito para Sua glória e não para a nossa...
Encontramos, na sociedade atual, vários paralelismos com o caso relatado nos versículos 11 a 13. Dez leprosos aproximaram-se de Jesus, suplicando-Lhe que tivesse misericórdia deles e que os curasse. É esta a ideia que muitas pessoas têm de Deus, que Ele serve para satisfazer as suas necessidades físicas e materiais...

Jesus diz aos leprosos para irem ter com os sacerdotes. Eles obedecem e, antes de chegarem ao seu destino, verificam que a sua pele já não apresenta quaisquer sinais de lepra. Porque terá Jesus feito este pedido aos leprosos? Provavelmente para testar a fé deles... E por que terá realizado a cura antes de eles chegarem junto dos sacerdotes? Provavelmente para que eles não tivessem quaisquer dúvidas acerca do autor do milagre e para que constatassem que bastava uma palavra de Jesus para ficarem curados.

É de notar que, contrariamente ao que se vê por aí, Jesus não transforma o milagre em espetáculo. É bastante discreto até...

Reparemos também na atitude de um dos leprosos curados, a qual o distingue dos outros. Após obterem a cura física, que era o que todos desejavam, todos eles, exceto um, vão à sua vida. Um deles, curiosamente um Samaritano (um povo marginalizado), voltou para trás e atirou-se aos pés de Jesus, profundamente agradecido pela graça alcançada.
Jesus pede-lhe que se levante e diz-lhe algo muito belo: "A tua fé te salvou". E o homem, que já tinha sido curado da sua doença física, obtém também a cura espiritual.
Quem somos nós na nossa relação com Deus? Somos pessoas agradecidas? Por que é que O seguimos? Para obtermos cura física e bens materiais?
Oxalá sejamos seguidores de Cristo por causa da cura espiritual que nos proporcionou quando prescindiu da sua vida para nos salvar, garantindo-nos assim a vida eterna.
Temos à nossa espera um lugar de delícias perpétuas... Maravilhosa graça!

domingo, 4 de dezembro de 2011

Culto da tarde...

O Pr. Jónatas Lopes iniciou uma nova série de mensagens e a que hoje nos trouxe, intitulada "É para a Sua glória", teve suporte bíblico em Isaías 43.
O versículo 7 mostra que Deus nos criou para a Sua glória; é Ele quem nos chama, logo, não há qualquer mérito nosso na nossa salvação. Por outro lado, isto dá-nos a garantia da salvação, pois como é Ele que nos chama, ninguém nos pode arrebatar da Sua mão (João 10:27-29).
Saber que Deus nos criou para a Sua glória deve ter implicações nas nossas atitudes (procuramos a restauração do outro ou a sua incriminação?), nos nossos relacionamentos (procuramos ficar bem ou procuramos que Deus fique bem?) e na nossa vida pessoal (Deus chega-nos? Vivemos conforme a Palavra de Deus ou de acordo com as nossas próprias ideias?)
Respondamos com honestidade à pergunta: Deus chega-nos? John Piper afirma que Deus se sente glorificado quando estamos satisfeitos com Ele...
Jamais esqueçamos que tudo o que Deus faz não visa a nossa satisfação pessoal, mas a Sua glória.
Mas, por que é que Deus pode exigir que o glorifiquemos em tudo? O que fez Ele de tão especial por nós? Deus realmente merece? Ele ainda age?
A resposta a estas questões encontra-se no versículo 1. "Não temas, porque eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és meu..." Em Deus temos redenção. Ele resgatou-nos da morte espiritual.
É Deus quem chama, que escolhe... Isto traz-nos segurança e mostra a extensão do amor e da graça de Deus.
Deus conhece-nos. Somos dEle. Somos propriedade exclusiva de Deus...
"Mas, vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz".
Quando percebemos a redenção que há em Cristo Jesus, podemos viver sem medo...
O povo estava a sofrer, como consequência do cativeiro na Babilónia, mas Deus relembra-lhes a redenção que lhes proporcionou e diz-lhes para não temerem...
De que é que nós temos medo? Do futuro? Do presente? A ansiedade que tantas vezes nos domina não é consequência da falta de fé? Glorificamos a Deus com a ausência de fé?
O verso 2 pode ser resumido assim: Deus está sempre ao nosso lado. Ele jamais nos abandona... Jeremias 1:19, Salmos 37:5 e Salmos 23:4 reforçam esta ideia.
O versículo 3 mostra que Deus cuida porque Ele é o Senhor; é o nosso Deus... É Ele quem proporciona a salvação (Actos 4:12). Este verso também nos assegura que Deus age contra aqueles que nos fazem mal.
O verso 4 é maravilhoso: "Visto que tens muito valor para mim, que te estimo e te amo, entrego os homens em teu lugar e povos em tua pessoa". Maravilhosa graça!
O versículo 5 também começa com as palavras: "Não temas"... No fundo, é mais um convite de Deus a colocarmos tudo nas Suas mãos. Ou seja, devemos entregar o que nos preocupa e descansar... Se continuamos agitados é porque não entregámos totalmente.
O versículo 13 contém uma mensagem poderosa: quando Deus quer agir, ninguém O pode impedir. Cremos nós nisto?
Os versos seguintes mostram que Deus age por causa do Seu amor para com o Seu povo; não por sermos merecedores, mas pelo Seu grande amor e pela Sua maravilhosa graça. Deus age para que a Sua glória seja manifestada...
Nos versículos 18 e 19 somos aconselhados a esquecermos o passado, algo que nem sempre conseguimos fazer com facilidade. Por vezes, estamos tão agarrados ao passado que não percebemos o que Deus está a fazer no presente... Deus tem trabalhado no nosso meio... Temos notado ou passamos a vida a reclamar? Estamos a buscar a Sua glória ou a nossa?
Do verso 22 em diante, vemos que tudo o que Deus faz não é por causa de qualquer mérito nosso, mas por causa do Seu amor... Somos miseráveis, falhamos vezes sem conta e, mesmo assim, Deus olha por nós. Tremenda graça! A nossa resposta a isto só poderá ser vivermos para a Sua glória... Oxalá escolhamos buscar os interesses de Deus e não os nossos!

domingo, 20 de novembro de 2011

Culto da tarde...

No último Domingo, o Pr. Jónatas trouxe-nos uma mensagem que teve suporte bíblico nos textos registados em Filipenses 2 e 3.
"... Cristo Jesus, que sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus..." (Filipenses 2:5-6).
Apesar de não deixar de ser Deus, Jesus esvaziou-se dos Seus atributos divinos, para que o Pai pudesse fazer a Sua vontade. Isto mostra que há coisas mais importantes do que os nossos objectivos terrenos e, à semelhança de Cristo, devemos esvaziar-nos do nosso ego, permitindo que a vontade de Deus prevaleça.
"Resta, irmãos meus, que vos regozijeis no Senhor..." (Filipenses 3:19). Paulo enfatiza que a nossa alegria deve ser no Senhor, ou seja, ela não pode advir das circunstâncias que nos rodeiam. Também Habacuque e Davi diziam que a sua alegria provinha da salvação...

No verso 7, Paulo afirma que o que para ele era ganho reputou-o perda por Cristo.
Por outras palavras: tudo aquilo que ele pensava que era bom e que o podia valorizar como ser humano, passou a considerá-lo prejudicial. Aquilo que era importante, ele deixou-o de lado, por amor a Deus. Aquilo que ele achava que era excelente, perante a excelência de Deus, tornou-se medíocre.
Isto mostra que devemos depender totalmente de Deus, pois somos vitoriosos quando reconhecemos que em nós não há qualquer capacidade. O poder de Deus aperfeiçoa-se na fraqueza (II Coríntios 12:8-9).
Os versículos 13 e 14 mostram que devemos esquecer-nos das coisas passadas, isto é, não devemos valorizar aquilo que fizemos no passado, pois não fomos nós que fizemos; foi Deus, através de nós. Assim, devemos é avançar para novos objectivos, aqueles que Deus tem para nós.
Lembremo-nos que o prémio que nos está destinado não é para ser recebido aqui na terra... Se a nossa vida se resumisse a esta existência terrena, seríamos as pessoas mais infelizes (I Coríntios 15).

"Prossigo para o alvo" (v.14). Aqui está implícita a ideia de que não devemos estagnar. Logo, é importante que façamos uma análise à nossa vida espiritual. Como é que ela está em relação há um ano ou dois atrás? Não estagnemos... Oremos e meditemos na Palavra, leiamos bons livros, ouçamos testemunhos, pois isto promove o nosso crescimento espiritual.
Paulo termina este capítulo com uma magnífica declaração. Ele afirma que, um dia, Cristo transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o Seu corpo glorioso. Maravilhosa esperança!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Culto de Batismos...

No passado dia 6 de Novembro, a Igreja Baptista de Tondela teve mais um momento festivo com a realização de mais um Culto de Batismos.

Foram três as pessoas que, em obediência ao mandamento de Jesus, desceram às águas, dando desta forma testemunho público da sua fé.

A nossa comunidade ficou assim assim mais "rica", não só por causa destas três vidas, mas também pela inclusão de um grupo de quatro irmãos já batizados e que já frequentavam a nossa Igreja há algum tempo.

Neste dia tão especial para a nossa Igreja, o Pr. Jónatas Lopes pregou com base em Lucas 15, um texto sobejamente conhecido. Trata-se de uma parábola, uma história que, não obstante não ser real, encerra verdades morais e espirituais.

O filho mais novo - o filho pródigo - chega junto do pai e pede-lhe a parte da herança a que tinha direito. Não somos nós assim também, por vezes? Tendemos a achar que temos o direito de exigir algo de Deus. Mas, quem somos nós para exigir o que quer que seja de Deus?
O filho fez este pedido porque desejava sair de casa, a fim poder fazer aquilo que muito bem entendesse, longe da supervisão do pai. Às vezes, nós também pensamos que podemos viver longe do Pai Celestial; achamos que somos auto-suficientes...
Cheio de dinheiro, o jovem rapidamente conquistou "amigos", com quem desperdiçou a sua fortuna. E, quando já não lhe restava nada, os "amigos" também o abandonaram. Passou, então, a ter uma vida miserável, tendo chegado ao ponto de desejar comer as bolotas dos porcos que passou a guardar a fim de garantir a sua sobrevivência. É de notar que, quando estava junto do pai, ele tinha tudo o que precisava e em abundância!

Nós também caímos em miséria quando nos afastamos de Deus...

Percebendo o erro que tinha cometido ao pensar que teria uma vida melhor longe do pai, o jovem, genuinamente arrependido, regressa a casa do pai e pede-lhe perdão. Estava ainda longe dos limites da propriedade quando o pai o avista...

Rejubilante por ver o filho amado, o pai corre ao seu encontro, com os braços estendidos... É com um carinhoso abraço que recebe o filho que tanta dor lhe causara quando resolveu viver por sua conta e risco.

Que magnífica ilustração do amor de Deus por nós! Ele também estende os Seus amorosos braços na nossa direção, mesmo antes de nós nos aproximarmos dEle. Maravilhosa graça! Amor inigualável!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Culto da tarde...

A mensagem que o Pr. Jónatas Lopes nos trouxe teve suporte bíblico em Lucas 15, texto que contém a parábola do Filho Pródigo.

Como sabemos, uma parábola é uma história não verídica que tem por objectivo transmitir uma verdade moral e espiritual. Esta parábola, como é do conhecimento geral, fala de um filho que decide abandonar a casa do Pai para viver dissolutamente. Quando o dinheiro acaba e os amigos o abandonam, Ele resolve voltar ao seu lar e o pai recebe-o de braços abertos e prepara, inclusivamente, uma festa para celebrar o regresso do filho amado.
O filho mais velho, aquele que sempre levara uma vida correcta, obedecendo sempre ao pai, ao chegar a casa, ficou intrigado com o som da música e com a alegria que por lá reinava.
Muitas vezes, as pessoas que nos rodeiam também não compreendem a razão da nossa alegria...
Surpreendido com aquele ambiente festivo, perguntou a um dos servos o que estava a acontecer. Foi-lhe explicado que era o regresso do seu irmão que estava na origem daquela celebração. Ele ficou extremamente indignado e já não queria entrar em casa. Aqui, vemos alguém que não compreende o amor e a graça do nosso Deus; alguém que realmente não entende o significado do perdão. Ele achou que o seu irmão não era digno da graça do pai; ele é que era. Ele desejava que o seu irmão fosse julgado.
Meditemos nisto... Não somos nós assim também, tantas e tantas vezes? Como é que ficamos se virmos dentro do templo da nossa Igreja pessoas que nos fizeram mal ou que são mal vistas na sociedade? Tendemos a questionar as coisas e a julgar...
Este irmão mais velho é aquele crente religioso que, sentado na sua cadeira, está sempre a observar os outros crentes, estando sempre pronto a julgá-los...
O irmão mais velho era um opinador e nós, muitas vezes, também o somos. Costumamos ser bons a dar conselhos aos outros, mas somos muito maus gestores da nossa própria vida. Vemos o cisco no olho dos outros e não vemos a trave no nosso.
No entanto, não nos esqueçamos que, por norma, julgamos os outros por aquilo que nós somos...

O filho mais velho manifesta ao pai o seu desagrado, argumentando que sempre o serviu fielmente e que o pai nunca lhe dera sequer um cabrito para festejar com os amigos.
Muitas vezes, nós também agimos assim em relação a Deus. Quando vemos alguém que escolheu não andar com Deus a prosperar, reclamamos com Ele por considerarmos ser uma injustiça essas bênçãos não virem para nós...

Como somos exigentes! E quem somos nós para exigir dEle o que quer que seja? Ainda que Deus não nos desse mais nada, a salvação já seria motivo mais do que suficiente para expressarmos continuamente a nossa gratidão para com Aquele que nos garantiu a vida eterna.

O filho mais velho aponta os erros do irmão e ainda critica o pai (v30). Nós, muitas vezes, também agimos de forma semelhante: apontamos os pecados dos outros e ainda ousamos dizer a Deus que Ele não faz as coisas corretamente!
O pai reage mansamente, dizendo algo muito belo: "Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas; mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se".
Nós, outrora, também estávamos mortos nos nossos pecados e delitos, mas fomos achados e revivemos... Glória a Deus!
Com qual dos dois filhos somos parecidos? Será com o mais velho, que revelou uma atitude semelhante à do fariseu (Parábola do Fariseu e do Publicano - Lucas 18:9-14) ou com o mais novo, que reconheceu o seu erro, arrependeu-se genuinamente e teve a humildade de pedir perdão?
Semelhantemente, se nos arrependermos, podemos olhar para o Pai e receber o Seu perdão.
Tendemos a alegar que o que alguém fez foi mesmo muito grave para o perdoarmos de ânimo leve... Oxalá percebamos que para Deus não há pecados grandes ou pequenos e que falhamos constantemente!

Assim como o pai do filho pródigo lhe estendeu os braços, estendamos nós a maravilhosa graça do nosso Deus a todos à nossa volta...

sábado, 29 de outubro de 2011

Culto da tarde...

No último Domingo, o Pr. Jónatas Lopes trouxe-nos uma mensagem da parte de Deus baseada em Lucas 1:26-48. Este texto bíblico relata um episódio na vida de uma mulher, cuja postura revela mansidão: Maria. Será que conseguimos imaginar a situação em que Maria é colocada quando o anjo Gabriel a informa que ela vai ser mãe de Jesus? Estamos a falar de há 2 mil anos atrás. Uma mulher solteira e virgem fica subitamente grávida... Como não lhe terá sido difícil explicar que estava grávida por obra do Espírito Santo e não por ter tido relações sexuais. E José, o noivo de Maria? Como não terá sido difícil ouvir os comentários desagradáveis dos seus amigos em relação à gravidez de Maria!
No versículo 27, a palavra "virgem" aparece duas vezes. Na Bíblia, quando uma palavra se repete é porque tem alguma importância. Aqui serve para percebermos que José não teve influência alguma na gravidez de Maria. Analisemos as palavras que o anjo dirigiu a Maria: - Salve: era um cumprimento vulgar na altura. Não tinha qualquer significado especial. - Agraciada: significa "aquela que recebe bênção divina". Logo, nós também somos agraciados, porque recebemos bênçãos de Deus. - Bendita: significa "aquela de quem vão dizer bem; aquela que vai ser louvada". Louvar significa elogiar, valorizar.
Maria ficou espantada - e até algo perturbada - mas o anjo logo a tranquilizou, dirigindo-lhe as seguintes palavras: "Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus" (v.30). E nós, não achámos nós também graça diante de Deus? O anjo explicou-lhe o que iria suceder: que tinha sido escolhida para ser a mãe do Salvador do mundo. Maria perguntou-lhe, então, como é que isso seria feito, visto que era virgem. Não perguntamos nós também, muitas vezes, como é que Deus poderá operar em determinada situação?
O anjo contou a Maria que a sua prima Isabel, que era estéril e avançada em idade, também estava grávida... Uma virgem e uma idosa, que sempre fora estéril , subitamente, engravidam... Isto mostra que para Deus nada é impossível... Revelamos mansidão quando reconhecemos que para Deus não há impossíveis e Lhe entregamos tudo: família, trabalho, negócios, estudos, etc... Também somos mansos quando pedimos a Deus que Ele faça a Sua vontade na nossa vida. Oxalá consigamos aplicar isto à nossa vida, pois se o fizermos, conseguiremos atingir um bom grau de tranquilidade... Vivamos um dia de cada vez, pois basta a cada dia o seu mal (Mateus 6:34).
Continuemos a analisar o diálogo entre Maria e o anjo... "Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra", disse Maria. Estas palavras, proferidas por Maria, sem hesitação, revelam muita coragem e um invulgar grau de confiança em Deus; mostram que Maria vivia na dependência de Deus. Oxalá nós também aprendamos a depender de Deus, pois a sua vontade para nós é boa, perfeita e agradável (Romanos 12:2).
Maria faz, então, um cântico em que reconhece a sua pequenez perante a grandiosidade de Deus, o que mostra que nela não existe qualquer poder. "E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador", declara Maria, reconhecendo assim que é pecadora e que, portanto, precisa de um Salvador, porque "todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Romanos 3:23). "Porque atentou na baixeza da sua serva" (v.48). Maria revela, uma vez mais, humildade, pois auto intitula-se de serva, ou seja, escrava. Ela cria convictamente que "todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito (Romanos 8:28)". Se vivermos segundo a vontade de Deus, temos a garantia de que tudo o que nos sucede contribui para o nosso bem. No entanto, infelizmente, hoje em dia, as pessoas desejam apenas uma amizade colorida com Deus; não querem um compromisso sério. "...desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada". Isto é, abençoada. É de notar que a palavra "felicidade" não aparece na Bíblia, pois sugere a ideia de se ter condições favoráveis para andarmos sempre a sorrir. Nós somos abençoados por Deus, o Senhor dos impossíveis, e isto traz-nos alegria permanente, não a alegria que o mundo conhece, a qual é efémera... Sim, somos bem-aventurados!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Culto da tarde...

No último Domingo, o Pr. Jónatas Lopes pregou com base em Mateus 13:34-35. Jesus está a viver os seus últimos dias e deixa as instruções finais aos seus discípulos, dando-lhes um novo mandamento; um mandamento, que em conjunto com um outro dado anteriormente, resume toda a lei. Depois de dizer que se deve amar a Deus acima de todas as coisas, Cristo diz agora que nos devemos amar uns aos outros como Ele nos amou. Reflitamos na dimensão do amor de Deus... O amor de Deus por nós é tal que enviou o Seu Filho amado para nos remir a fim de nos aproximarmos de Deus, uma vez que em nós próprios não existe capacidade alguma de nos chegarmos a Ele. Quem seria capaz de dar a vida de um Filho por alguém? Talvez déssemos a nossa própria vida, mas abdicar de um filho é algo impensável para a maioria de nós. Porém, foi isso que Deus fez por nós.
Oxalá reconheçamos, a cada dia, que nada somos sem Deus. Só assim, passaremos a depender totalmente dEle e a viver para Sua glória, pois foi para isto que fomos criados. Nós não fomos criados para ter uma vida fácil, para ter aquilo que desejamos. Fomos criados para darmos glórias a Deus, para termos uma relação profunda com Ele, para sermos santos, isto é, separados para Ele. Mas, aqui, uma pergunta impõe-se: Quando é que Deus se sente glorificado? A resposta é simples... Deus é glorificado quando achamos que Ele tem o melhor para nós e, portanto, Ele é suficiente para nós. Deus glorifica-se quando sente que nos satisfazemos com Ele, quando reconhecemos que Ele nos chega. Às vezes, pensamos que basta conhecermos a Deus para Ele nos dar tudo aquilo que desejamos no devido tempo. Contudo, não é isto que a Bíblia nos diz no Salmo 37:5. "Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nEle, e Ele o fará". Ou seja, temos de entregar a nossa vida a Deus. Só então, a Sua graça e o Seu amor se manifestarão plenamente. No entanto, isto não nos garante uma vida isenta de problemas... Assegura-nos, isso sim, uma tranquilidade indescritível para enfrentarmos esses desafios. Deus age de uma forma tremenda. Às vezes, Ele deixa-nos esperar até ao último minuto para que percebamos do que somos feitos... Oxalá nos consigamos aquietar nesses momentos, pois Ele é Deus (Salmos 46:10).
No versículo 35, Jesus diz que as pessoas saberão que somos Seus seguidores se nos amarmos uns aos outros. Oxalá este amor seja uma realidade no nosso meio. A Bíblia diz que nos foi dado o ministério da reconciliação. Porém, muitas vezes, somos duros e recusamo-nos a perdoar alegando que os outros têm de pedir perdão a fim de os perdoarmos. Porém, o mandamento de Jesus é bem claro: devemos amar a todos e devemos conceder perdão, mesmo antes de nos ser pedido. E, aqui, devemos fazer a separação entre a pessoa e o seu erro... Não nos é pedido para amarmos a sua atitude incorreta, mas é-nos exigido que amemos a pessoa que a cometeu. Não guardemos rancor ou mágoa dentro de nós. O ódio corrói-nos... Precisamos de olhar para a cruz e reconhecer que éramos nós que lá deveríamos ter estado. Se Deus nos perdoou, quem somos nós para não perdoarmos? Todos falham, incluindo nós. Por isso, tenhamos amor para com os outros. O amor cobre uma multidão de pecados, logo o amor facilita o perdão...
Façamos tudo em amor. E as pessoas pessoas frontais precisam de ter um cuidado especial, pois dizer tudo o que se quer exige que que o façamos de forma adequada e no momento certo. É melhor acalmarmo-nos, pois, a maioria das vezes, no calor da discussão dizem-se coisas que deixam marcas mais profundas do que as agressões físicas... Quantas vezes não dizemos que determinada pessoa falhou para connosco e que vai ter que reconhecer isso? Isto desaparece quando existe amor, pois uma atitude assim não tem nada a ver com amor; tem é tudo a ver com ódio... Como é que as pessoas perceberão o amor de Deus se guardarmos rancor uns dos outros?! Se Deus nos perdoou, quem somos nós para não perdoar? Se Deus nos amou, quem somos nós para não amarmos os outros? Sejamos mansos!
Esforcemo-nos por não olhar para os erros dos outros, pois tendemos a ver o cisco no olho do nosso irmão e não vemos a trave que está no nosso (Mateus 7:4-5). Façamos aos outros aquilo que gostaríamos que nos fizessem a nós. Quando temos este tipo de relacionamento com Deus, uns com os outros e com todas as pessoas com quem convivemos, então, o versículo 35 torna-se uma realidade na nossa vida... "Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros" (João 13:35). Que assim seja.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Culto da tarde...

No passado Domingo, o Pr. Jónatas Lopes trouxe-nos uma mensagem que teve suporte bíblico no texto registado em Colossenses 1:13-17. Por que é que nos relacionamos com Deus? É para obtermos aquilo que nós queremos ou é para que a Sua vontade se cumpra na nossa vida? Oxalá nos encaixemos na segunda hipótese. E, enquanto esperamos que a vontade de Deus se concretize na nossa vida, devemos ser mansos de coração. Mas, como mostrar mansidão quando tudo parece estar contra nós? Às vezes, temos problemas de saúde, no trabalho, nos relacionamentos, etc, que quase que podíamos cantar com o Rui Veloso: "Parece que o mundo inteiro se uniu para me tramar". Então, como ser manso em circunstâncias tão adversas? Tudo parte da nossa percepção acerca da pessoa de Jesus Cristo, "o qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor" (v.13).
As pessoas, muitas vezes, espantadas com a nossa dedicação à Obra, desejam saber porque é que vamos à Igreja assiduamente e porque servimos na nossa comunidade. A resposta é simples: porque sabemos o que é bom; porque Deus ama-nos tanto que enviou o Seu precioso Filho para morrer por nós (João 3:16). Logo, Ele é o melhor para a nossa vida. Muitos alegam que, por seguirmos a Cristo, nós não podemos fazer muitas coisas que proporcionam grande satisfação. No entanto, nós temos liberdade para fazer tudo, mas nem tudo nos convém (I Coríntios 1:23). Assim, seremos sábios se fizermos escolhas dentro da vontade de Deus, a qual é boa, perfeita e agradável...
Para percebermos a magnitude do que Deus fez por nós, basta olharmos para o nosso passado. Ele tirou-nos de um mundo de horror e transportou-nos para o reino do Filho do Seu amor (v.1). Isto não significa que já não temos problemas, mas, quando estes surgem, sentimos uma paz invulgar, uma paz que transcende o racional. Oxalá consigamos aplicar à nossa vida o versículo registado em Salmos 37:5: "Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele e ele o fará".
O versículo 14 mostra que, em Cristo, há redenção para haver libertação. Como é bom sabermos que Alguém deu a Sua vida por nós. E se Ele deu a Sua vida, não fará outras coisas menores, não fará aquilo que precisamos? O versículo 16 declara que tudo foi criado por Ele e para Ele. Se Deus criou, Ele sabe todas as coisas, pelo que não lhe conseguimos esconder nada. Além disso, se criou tudo, Ele sabe o que é melhor para nós. E porque todas as coisas foram criadas por Ele, todas elas devem ser para Sua honra. Paulo estava aqui a combater a ideia de que Cristo não bastava para a Salvação. Paulo afirma que Ele é suficiente, mostrando assim que não estamos aqui para sermos felizes, mas sim para vivermos para a glória de Deus.
"Todas as coisas subsistem por Ele" - declara o verso 17. A nossa vida, às vezes, parece um puzzle com peças soltas, sendo-nos difícil entender como é que aquilo vai fazer sentido. Desafios que nos preocupam, o passado que nos atormenta, problemas que surgem do nada. Contudo, Deus faz com que todas essas "peças" soltas se liguem, desde que Ele esteja no centro da nossa vida. Todas as coisas têm um propósito (Romanos 8:28). Isto dá-nos certezas e confiança na pessoa de Cristo. Quando não percebermos nada do que está a acontecer, sejamos mansos para admitir que já não aguentamos mais e peçamos a intervenção divina, pois, no Seu tempo, Deus faz tudo muito bem.
Se a nossa vida é para a glória de Deus, por que é que gastamos tanto tempo preocupando-nos com o futuro? Não devemos andar ansiosos em relação a coisa alguma, pois Ele até das aves cuida (Mateus 6:25-34). A vida cristã não é sobre mim, nem por mim; é sobre Deus e por Deus, pois tudo foi criado por Ele e para Ele. Então, tenho de fazer aquilo que Ele quer e não o que eu quero. Oxalá possamos dizer com o apóstolo Paulo, em Gálatas 2.20: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim..."

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Escola Bíblica Dominical...

A nossa lição da EBD no último Domingo, baseada em Romanos 7, teve por título: "Tem tudo a ver com vitória sobre o pecado". Os primeiros versículos são praticamente ignorados nos dias que correm, pois falam do compromisso que representa o casamento, o qual deve durar a vida toda. A mulher está ligada ao marido, enquanto este viver, afirma o verso 2. Ou seja, o vínculo entre o casal é válido até que a morte os separe, pelo que não deve ser desfeito. Isto mostra que mesmo que o casal se separe, o vínculo mantém-se e, portanto, se houver envolvimento com outra pessoa, isso é considerado adultério. Mas, como manter a união mesmo no meio das dificuldades? John Piper diz que os relacionamentos são tão difíceis que se não incluírem Deus, sucumbem. Daí que o passo para o casamento não deva ser dado de ânimo leve; devemos pedir sempre a orientação de Deus.
Os versos 4 a 6 declaram que já não estamos sob a Lei. Significará isto que já não devemos obedecer à Lei? De todo! Porque Deus sabia que éramos incapazes de cumprir integralmente a Lei, Ele enviou Jesus para a cumprir por nós. Assim, se quebrarmos um dos mandamentos e nos arrependermos, somos perdoados. Maravilhosa graça! Os versículos seguintes mostram-nos que a Lei serve de orientação e se esta não especificasse o que é errado, não saberíamos o que era pecado.
O versículo 12 afirma que a Lei em si é santa e que o mandamento em si é santo (separado para Deus), justo (correcto, que não falha) e bom... Será que compreendemos a bondade implícita na Lei? Muitas vezes, a nossa reacção relativamente aos mandamentos é semelhante à dos filhos em relação às ordens dos pais. Apesar de estas visarem o bem da criança, ela nem sempre as entende como tal. A Lei é boa. A Bíblia diz-nos que devemos pautar-nos pela honestidade e legalidade; aconselha-nos a considerar os outros superiores a nós próprios; manda-nos amar ao próximo como a nós mesmos; diz-nos para nos guiarmos pela Palavra e não pelo nosso coração. A Lei é, de facto, boa.
Os versos 15 a 19 contêm palavras do apóstolo Paulo e retratam a luta entre a carne e o espírito. Paulo desejava fazer o bem, mas nem sempre o fazia. Não passámos nós já por algo semelhante? Muitas vezes, optamos por fazer algo que é incorrecto, mesmo estando conscientes de que isso aborrecerá a Deus. Antes de cometermos o pecado, há um momento de decisão, o momento "faço ou não faço". O segredo para não cairmos está na intensidade da nossa comunhão com Deus. Quanto mais forte ela for, menor é a probabilidade de cedermos ao mal. Por outro lado, é quando estamos mais perto de Deus que mais somos tentados... Mas, porque é que o diabo tenta os crentes se sabe que estes não perdem a salvação que lhes foi oferecida por Deus, através de Jesus? Porque o objectivo de satanás é retirar toda a glória a Deus e ele trabalha em nós das mais diversas formas. Uma das suas armas é o nosso passado, que ele faz questão de trazer à nossa memória, tentando assim desvalorizar a transformação que Deus operou em nós. O diabo também nos tenta porque sabe que quando estamos em comunhão com o Pai, somos crentes que evangelizam e servem das mais variadas formas e ele não fica feliz quando nos vê a servir a Deus. Ainda assim, vale a pena mantermo-nos próximo de Deus, pois assim teremos força para resistir ao diabo e ele terá de fugir de nós (Tiago 4:7).
Sabendo desta luta entre a carne e o espírito e estando conscientes de que pecamos, será que isto muda a nossa perspectiva em relação os outros? Deveria mudar, pois devo ser capaz de me colocar no lugar dos outros quando estes falham e, em vez de fazer comentários ao seu acato errado, devo tentar levantá-lo e procurar a sua restauração. Oxalá oremos por essa pessoa em vez de a criticar, pois, muito provavelmente, no lugar dessa pessoa e perante as mesmas circunstâncias, faríamos exactamente as mesmas coisas. É nosso dever apoiar os nossos irmãos. Outro erro que cometemos com frequência é "exigir" que quem acaba de aceitar Cristo como seu Salvador mude imediatamente o seu estilo de vida. Essa transformação vai acontecendo aos poucos. O processo de santificação é gradual. Sejamos tão tolerantes e pacientes com os outros como gostaríamos que o fossem connosco...

sábado, 8 de outubro de 2011

Culto da tarde...

No último Domingo, o Pr. Jónatas Lopes pregou com base no texto bíblico registado em Mateus 20:17-28. "Mansidão" foi o tema da mensagem... A mansidão é um dos gomos do fruto do Espírito. Eis alguns sinónimos do adjectivo manso: brando de génio; pacífico de índole; tranquilo; plácido; sossegado. Infelizmente, muitas vezes, na nossa relação com Deus, não revelamos mansidão, pois exigimos que Ele faça a nossa vontade. O episódio relatado neste texto bíblico é disso prova. Este texto aparece pouco tempo antes da morte de Cristo. Este chamou os Seus discípulos à parte para lhes revelar o que estava prestes a acontecer (v.17). Isto mostra que Jesus valorizava as relações pessoais e este é, indubitavelmente, o melhor método de ensino. Como diz John Maxwell, o melhor líder é aquele que melhor serve.
Jesus informa, então, os Seus seguidores de que será condenado à morte brevemente. Será que conseguimos imaginar como estaria Jesus naquele momento? O Seu coração devia estar contristado por causa do sofrimento que o aguardava, mas, ainda assim, Ele resolveu falar disso. Disse-lhes que ia ser maltratado e humilhado. Um grande líder é aquele que partilha as suas dificuldades. Cristo fê-lo e Ele foi o maior líder de sempre. É neste ambiente que surge a mãe de Tiago e João. Ela aparece em atitude de adoração, mas, logo de seguida, faz um pedido ousado. Ela pede a Jesus que permita que os seus filhos se sentem ao Seu lado, um à esquerda e outra à direita, no Seu reino. Ou seja, eles não demonstraram amor e preocupação para com a pessoa de Jesus neste momento tão angustiante para Ele. Eles adoraram-no para que Ele lhes satisfizesse o seu desejo de destaque. Que atitude tão egoísta e egocêntrica! Quantas vezes não somos nós assim também? No momento em que Cristo merece que Lhe demos o nosso melhor, nós queremos o melhor para nós. Infelizmente, tendemos a preocupar-nos, em primeiro lugar, com as nossas próprias coisas. Tendemos a pensar que temos de adorar a Deus para que Ele resolva os nossos problemas e, quando oramos, por norma, pedimos que Ele solucione as nossas dificuldades, em vez de procurarmos saber o que Ele tem para nós. Oxalá demos a Deus o nosso melhor! Não sirvamos a Deus por aquilo que Ele nos pode dar. Sejamos mansos de coração e adoremos a Deus pelo que Ele é, pela Sua graça e pela sua misericórdia. Não fazemos nenhum favor a Deus se O adorarmos. Muito pelo contrário, adorá-lO é um privilégio, pois nada somos perante Ele. Oxalá interiorizemos que Deus não existe para nos servir. Nós é que fomos criados para O servir e glorificar.
No versículo 22, Jesus diz a Tiago e a João que, ao pedirem lugares especiais no reino de Deus, não sabem o que estão a dizer, pois é o próprio Deus que decide qual o lugar que cada um ocupará. Não somos nós que escolhemos o que é melhor para nós, é Deus... Oxalá as nossas orações cheguem até Deus em atitude de agradecimento, pedindo-lhe que seja feita a Sua vontade, pois ela é boa, perfeita e agradável (Romanos 12:2).
Os outros discípulos, percebendo que João e Tiago queriam destaque, indignaram-se contra eles. Este é um erro que cometemos com frequência: julgar os outros quando estes falham. Devemos irar-nos contra o pecado, mas não contra as pessoas que o cometem. Em vez de julgarmos, vamos apoiar essas pessoas e orar por elas. É preciso percebermos que por detrás de uma atitude está sempre um sentimento. Contudo, infelizmente, às vezes, vemos o cisco que está no olho do nosso irmão e não vemos a trave que está no nosso. Evitemos também falar dos outros para mostrarmos aquilo que julgamos ser a nossa superioridade em relação a essas pessoas, pois se o fizermos estaremos a imitar os fariseus (Lucas 18:9-14). Todos nós falhamos! Muitas vezes, perde-se a razão pela forma como se chama à razão...
Após ser abordado por João e Tiago com este pedido atrevido, Jesus diz algo aparentemente contraditório. Ele declara que liderar é servir; que ser grande é fazer-se pequeno. E Ele é o exemplo máximo disto. Cristo, que podia ser servido, veio para servir. Além disso deu a Sua vida por nós, sofrendo a humilhação da morte por crucificação. Revelamos falta de mansidão quando vivemos de acordo com a nossa própria vontade e não segundo a de Deus. Em Mateus 6:33, somos aconselhados por Jesus a buscar primeiro o reino de Deus, isto é, a Sua vontade para nós. Oxalá sejamos mansos de coração (Mateus 5:5), buscando sempre aquilo que Deus tem para a nossa vida e não aquilo que desejamos para nós!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Culto de Estudo Bíblico...

Na última Quarta-feira, iniciámos o estudo do livro de Gálatas. Gálatas é uma carta escrita por Paulo às igrejas da Galácia, onde havia pessoas que estavam a tentar levantar dúvidas relativamente ao seu apostolado e à sua mensagem. Além disso, havia problemas entre os crentes. Os judeus, que tinham por tradição circuncidarem-se, queriam impor esse hábito aos crentes gentios. Paulo esclarece, então, que a verdadeira circuncisão não é a tradicional, mas sim a circuncisão do coração...
Nesta carta, Paulo sente a necessidade de se declarar apóstolo, salientando que não o é da parte dos homens, mas, sim, por Jesus Cristo e por Deus Pai. E é isto mesmo que significa ser apóstolo... Apóstolo é alguém que foi enviado por Deus e que teve um encontro face a face com Ele. É por isso que actualmente não há apóstolos, pois para se ser apóstolo é preciso ter um encontro visível com Deus e a revelação directa terminou em Apocalipse. No entanto, infelizmente, há pessoas que se auto-intitulam apóstolos a fim de trazerem revelações directas às pessoas. Importa salientar que Deus ainda se revela (indirectamente), mas essas revelações nunca contradizem a Sua Palavra.
Na carta aos Gálatas, Paulo também alerta para o facto de por vezes fazermos coisas para agradar aos que nos rodeiam, quando o nosso alvo devia ser agradar a Deus, pois fomos criados para a Sua glória. Há, de facto, por aí muitos pregadores que alteram as Escrituras Sagradas para poderem agradar aos homens. Isto é particularmente verdade em relação ao "Evangelho" da Prosperidade. Contudo, como diz John Piper, basta-nos analisar a vida do apóstolo Paulo para verificarmos que essa teoria não tem qualquer fundamento. Os filhos de Deus não estão imunes ao sofrimento nem isentos das dificuldades da vida. Paulo, servo fiel de Deus, que se desgastou em prol da Sua Obra, sofreu humilhações e perseguições, foi açoitado e passou as mais variadas necessidades durante o seu ministério... Ou seja, a sua vida contradiz o Evangelho da prosperidade que defende que os Cristãos não precisam de ter problemas de dinheiro, de saúde, etc, etc...
Oxalá entendamos o Evangelho da graça de Deus, que nos garante um futuro feliz no céu e também na terra, embora não nos assegure uma vida isenta de problemas. Garante-nos, contudo, a presença do Espírito Santo, o Consolador... Maravilhosa Graça!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Culto da tarde...

No último Domingo, terminámos o estudo do livro de Ageu, pelo que a mensagem que o Pr. Jónatas Lopes nos trouxe baseou-se no capítulo 2 do referido livro.
O versículo 1 mostra que é novamente Deus que, através de Ageu, fala com o povo. Ou seja, a Palavra é sempre do Senhor. Os seus servos - neste caso, Ageu - são intermediários.
A mensagem do Senhor veio em forma de repreensão, pois o esplendor do novo templo não era sequer comparável ao do templo anterior. No entanto, importa ressaltar que Deus não valoriza as dimensões daquilo que se faz, mas, sim, as motivações com que se faz. A oferta da viúva pobre (Lucas 21:1-4) é disso prova.
Para Deus, o que realmente conta é a intenção com que fazemos as coisas. O que quer que façamos, devemos fazê-lo para honra e glória de Deus. Logo, devemos fazer tudo com excelência.
Deus ordena, então, ao povo e aos seus líderes que se esforcem (v.2). Quantas vezes já não suámos por causa do nosso trabalho, por causa dos nossos assuntos pessoais? E, em relação ao nosso serviço para Deus? Será que temos a mesma postura? Às vezes, é-nos difícil arregaçar as mangas... A ordem dada por Deus vem acompanhada de uma promessa: "Esforça-te (...) porque eu sou convosco..." Que maravilha! Se trabalharmos com dedicação, temos a garantia da presença de Deus...
"... O meu Espírito permanece no meio de vós; não temais..." (v.5). Mais uma promessa... Se nos esforçarmos e dermos prioridade a Deus, não temeremos nada, pois Deus está sempre connosco. Esta garantia também nos é dada no Salmo 23: "Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo..." (v.4)
E o verso 7 também contém uma promessa: a segunda vinda de Cristo à terra.
No verso 8, Deus diz-lhes que tudo aquilo que possuem Lhe pertence, pois tudo provém dEle.
Se somos de Deus, Ele é o dono de todas as coisas; nós somos meros mordomos a quem Ele entrega os mais variados recursos para usarmos sabiamente.
O que estamos a fazer com os recursos que temos à nossa disposição? Se estivermos a acumular tesouros na terra, não os podemos estar a juntar no céu...
Jesus aconselha-nos a acumular tesouros no céu, pois onde estiver o nosso tesouro também estará o nosso coração (Mateus 6:19-21).
Dando continuidade a esta sucessão de promessas, o versículo 9 contém mais uma. Deus afirma que a Sua glória estaria bem presente neste novo templo e, ali, Ele daria a Sua paz.
Deus abençoa aquilo que fazemos se Ele for prioridade nas nossas vidas. E Ele merece tudo aquilo que pudermos dar de todo o nosso coração. Oxalá tenhamos sempre a motivação correcta no nosso serviço a Deus. Oxalá Ele tenha a primazia na nossa vida!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Escola Bíblica Dominical...

"Tem tudo a ver com a graça" foi o título da nossa lição da EBD, a qual nos foi apresentada pelo Pr. Jónatas. Romanos 5 foi o texto bíblico que lhe serviu de suporte. No versículo 1, o apóstolo Paulo menciona uma doutrina fundamental: a justificação. Mas, do que se trata? O que significa ser-se justificado? A seguinte ilustração talvez ajude a compreender a doutrina da justificação. Imaginemo-nos num Tribunal, perante um juiz que acaba de nos condenar. Subitamente, é-nos dito que não precisamos de cumprir a pena, pois alguém a cumprirá por nós. Foi o que Jesus fez por nós. Aos olhos de Deus, o Justo Juiz, nós estávamos condenados, pois o pecado separa-nos do Deus Santo. Porém, Jesus ao morrer na cruz, levou sobre si a nossa culpa e nós fomos absolvidos. Assim, através da fé em Cristo, que, não obstante ser inocente, tomou o nosso lugar, fomos reconciliados com Deus, fomos declarados justos. Maravilhosa graça!
A salvação, contrariamente àquilo em que muitos crêem, resulta única e exclusivamente da nossa fé na obra realizada por Cristo na Cruz (Efésios 2:8-9). Não depende das actos de bondade que eventualmente realizemos. Quando aceitamos Cristo como nosso Salvador, tem início um processo de contínua transformação que se manterá pela vida fora. Voltemos à justificação... Qual é o resultado de sermos justificados pela fé? A resposta encontra-se no verso 1. Obtemos paz com Deus, pois fomos reconciliados com Ele. A nossa ligação com Ele foi restabelecida e já não apresenta "cortes" ou qualquer espécie de interferência. Essa paz vem através de Jesus (v.2) que nos reconciliou com Deus. Agora, temos harmonia com o Pai. Através de Cristo, temos acesso a esta maravilhosa graça, isto é, a algo que não merecemos. E, se compreendermos a tremenda graça de Deus, ficaremos firmes e gloriar-nos-emos na esperança da glória de Deus (v.2). Isto refere-se ao futuro, à glória do Céu, onde, graças ao inigualável amor de Deus e ao sacrifício de Jesus, passaremos a eternidade... A paz que sentimos é fruto da nossa relação com Deus e da certeza de que teremos um futuro maravilhoso com Ele num lugar de delícias perpétuas.
O verso 3 contém uma afirmação que alguns, certamente, considerarão estranha: "também nos gloriamos nas tribulações". O apóstolo Paulo pretende dizer que devemos considerar-nos fracos perante Deus, devemos reconhecer que em nós não há capacidade alguma, pois assim passamos a depender de Deus, o Todo Poderoso. Às vezes, Deus permite que cheguemos ao fundo para que possamos depender dEle. Contudo, Ele não nos deixa afundar; levanta-nos no momento certo. "A tribulação produz a paciência", declara ainda o versículo 3. E a perseverança promove a firmeza de caráter. Quando somos pacientes, o nosso caráter mantém-se estável; não muda consoante as circunstâncias. Lembremo-nos que um dos gomos do fruto do Espírito é a temperança. Oxalá aprendamos a lidar com as nossas emoções.
A experiência produz esperança e a esperança não traz confusão (vs 4 e 5). A esperança da vida eterna, passada junto de Deus, não pode trazer confusão. Bem pelo contrário, traz alegria... O verso 5 afirma ainda que o amor de Deus está derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado, o qual é o garante da nossa salvação. Ou seja, nós nunca estamos sós, porque o Espírito Santo habita em nós. Quanto conforto isto nos proporciona! O verso 6 contém uma declaração incompreensível para a maioria de nós. Afirma que Cristo morreu por nós, mesmo sendo pecadores. Se já é difícil dar a vida por alguém bom, quão mais difícil não será morrer por alguém mau? Porém, foi precisamente isso que Jesus fez por nós. Esta é uma mensagem de amor. Nada nem ninguém nos pode separar do amor de Deus, em Cristo Jesus. NEle, somos mais do que vencedores...
Estamos a assistir à disseminação de uma doutrina - a denominada Doutrina Universalista - que defende que a graça de Deus é tremenda e, portanto, no final, todos serão salvos. Porém, o verso 9 mostra claramente que Deus ainda se ira e somente o sangue de Cristo nos reconcilia novamente com o Pai. Quem não aceitar Jesus como seu Salvador não será reconciliado com Deus e, consequentemente, será alvo da Sua ira. O verso 15 realça o trabalho realizado por Cristo, ao morrer na cruz. Reparemos no contraste: o pecado veio através de um só homem, tendo provocado a morte espiritual de muitos e a graça também veio através de um só (Jesus), mas para salvação de muitos.