domingo, 21 de novembro de 2010

EBD...

A nossa lição da Escola Dominical, baseada em Efésios 6, teve por título: "Ser respeitador". A verdade bíblica diz os Cristãos devem tratar todos (pais, filhos, patrões, etc) com todo o respeito.
O versículo 1 dirige-se aos filhos e contém um apelo para que estes sejam obedientes aos pais. Infelizmente, isto já não se verifica em muitas famílias. Actualmente, assiste-se a uma inversão de papéis.
Quais serão, então, as maiores dificuldades na relação entre pais e filhos, nos dias de hoje? Verificamos que existe muita incompreensão de parte para parte; os filhos não obedecem aos pais nem demonstram respeito por eles; os lares são meros dormitórios e os pais não passam tempo suficiente com os filhos, tempo esse que deveria servir para incutir valores e para criar boas memórias.
O verso 2, que ainda é dirigido aos filhos, ordena-lhes que honrem os pais. O que significará isto? Isto não é mais do que manter os pais numa posição elevada; colocá-los num lugar de destaque; significa que devemos ouvir os seus conselhos. E, será que isto termina, quando os filhos se casam? Obviamente que não. A honra tem de estar sempre presente na relação filhos/pais. A obediência poderá não estar, pois se os conselhos que os pais dão aos filhos para seguir, não forem bons, devem ser ignorados. Porém, honrar os nossos pais é algo de que jamais podemos prescindir, quer sejamos crianças ou adultos, solteiros ou casados.
E, aqui, impõe-se uma questão: "Virá este mandamento contradizer Mateus 19:5 que afirma que o homem deverá deixar o pai e mãe, para se unir à mulher, formando com ela uma só carne?" De modo nenhum. Estes versículos complementam-se, pois, ao nos tornarmos uma só carne com o nosso cônjuge, temos o dever de também honrar os pais dele(a), os nossos sogros. Devemos também protegê-los, por amor ao nosso marido ou à nossa esposa.
O dever de honrarmos os nosso pais, refere o versículo 2, é o primeiro mandamento com promessa. De que promessa se trata? O verso 3 responde: vida longa. Não exactamente em termos de quantidade, mas de qualidade. Todos sabemos que os conflitos com os pais ou sogros perturbam imenso. Então, não entremos em guerra e, no futuro, evitemos as situações que geram conflito.
O mesmo se aplica aos pais. Se os filhos não aceitarem um determinado conselho, não façam disso um cavalo de batalha. Às vezes, faz-lhes bem "bater com a cabeça".

O versículo 4 expressa um dever dos pais para com os filhos: "(...) não provoqueis à ira os vossos filhos (...)". O que significará isto? Será que quer dizer que os pais não devem contrariar os filhos? De todo! Todos sabemos que é preciso contrariar os filhos. Temos é de ter atenção à forma como os contrariamos. Por exemplo, como é que os pais podem levar os filhos a terem determinadas posturas se eles próprios não as tiverem? Os pais são uma das principais referências dos filhos. Eles tendem a seguir o exemplo dos pais. Assim, os pais irritam os filhos quando não explicam porque estão a agir de determinada maneira, isto é, quando a disciplina se transforma em punição.

Mas, o que é a disciplina? É algo que serve para colocar no caminho correcto; é algo que serve para restaurar. Ou seja, é explicar porque razão determinado comportamento é errado e mostrar qual a postura correcta. E convém não esquecer que, às vezes, bater só serve para aumentar o ódio dos filhos. O castigo, privando-os de algo que lhes seja muito querido, pode ser o melhor "remédio", especialmente quando se trata de adolescentes. É também importante notar que não se deve ceder relativamente à duração do castigo, mesmo que os filhos se mostrem arrependidos. Perante o arrependimento, os pais devem perdoar, obviamente, mas devem manter o castigo pelo período de tempo inicialmente estabelecido.

Os filhos devem ser educados em disciplina e equilíbrio. Os pais devem esforçar-se por passar tempo com os filhos e fazer com eles coisas de que eles gostem. Por outras palavras, os pais devem criar boas memórias nas crianças para que quando chegarem as fases difíceis, como a adolescência, os filhos tenham a certeza da presença constante dos pais e do seu amor incondicional.

No versículo 5, o apóstolo Paulo dirige-se aos escravos. Transpondo para os dias de hoje, este conselho é para aqueles que trabalham por conta de outrem. Estes devem servir com lealdade, como se servissem ao Senhor.
Certamente, muitos interrogar-se-ão como é que poderão ser leais para com quem é desleal. Muitas pessoas alegam que isso é impossível de se fazer, pois os patrões estão cada vez piores. Mas, não nos esqueçamos que Paulo estava a falar para escravos. Haverá pior condição do que esta? Paulo está a dizer que devemos pôr toda a nossa alma naquilo que fazemos, como se estivéssemos a trabalhar para o Senhor. E devemos proceder assim sempre, e não apenas quando estamos a ser vigiados, pois, agindo desta maneira, receberemos do Senhor a recompensa daquilo que fizermos.
No verso 9, Paulo termina estas recomendações, falando para os patrões, aconselhando-os a proceder com respeito e lealdade para com os seus funcionários, não recorrendo a ameaças. Quando os patrões contribuem para um bom ambiente de trabalho, os empregados darão mais de si e isso só trará benefícios à organização. Infelizmente, isso não se verifica com muita frequência nos dias que correm, pois os patrões não têm a visão de que se investirem nos funcionários, eles darão o máximo de si.
Oxalá todos puséssemos em prática estes preciosos conselhos que o apóstolo Paulo deixou na sua carta aos Efésios!

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