segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Culto da tarde...

A mensagem que o Pr. Jónatas Lopes nos trouxe teve suporte bíblico em Lucas 15, texto que contém a parábola do Filho Pródigo.

Como sabemos, uma parábola é uma história não verídica que tem por objectivo transmitir uma verdade moral e espiritual. Esta parábola, como é do conhecimento geral, fala de um filho que decide abandonar a casa do Pai para viver dissolutamente. Quando o dinheiro acaba e os amigos o abandonam, Ele resolve voltar ao seu lar e o pai recebe-o de braços abertos e prepara, inclusivamente, uma festa para celebrar o regresso do filho amado.
O filho mais velho, aquele que sempre levara uma vida correcta, obedecendo sempre ao pai, ao chegar a casa, ficou intrigado com o som da música e com a alegria que por lá reinava.
Muitas vezes, as pessoas que nos rodeiam também não compreendem a razão da nossa alegria...
Surpreendido com aquele ambiente festivo, perguntou a um dos servos o que estava a acontecer. Foi-lhe explicado que era o regresso do seu irmão que estava na origem daquela celebração. Ele ficou extremamente indignado e já não queria entrar em casa. Aqui, vemos alguém que não compreende o amor e a graça do nosso Deus; alguém que realmente não entende o significado do perdão. Ele achou que o seu irmão não era digno da graça do pai; ele é que era. Ele desejava que o seu irmão fosse julgado.
Meditemos nisto... Não somos nós assim também, tantas e tantas vezes? Como é que ficamos se virmos dentro do templo da nossa Igreja pessoas que nos fizeram mal ou que são mal vistas na sociedade? Tendemos a questionar as coisas e a julgar...
Este irmão mais velho é aquele crente religioso que, sentado na sua cadeira, está sempre a observar os outros crentes, estando sempre pronto a julgá-los...
O irmão mais velho era um opinador e nós, muitas vezes, também o somos. Costumamos ser bons a dar conselhos aos outros, mas somos muito maus gestores da nossa própria vida. Vemos o cisco no olho dos outros e não vemos a trave no nosso.
No entanto, não nos esqueçamos que, por norma, julgamos os outros por aquilo que nós somos...

O filho mais velho manifesta ao pai o seu desagrado, argumentando que sempre o serviu fielmente e que o pai nunca lhe dera sequer um cabrito para festejar com os amigos.
Muitas vezes, nós também agimos assim em relação a Deus. Quando vemos alguém que escolheu não andar com Deus a prosperar, reclamamos com Ele por considerarmos ser uma injustiça essas bênçãos não virem para nós...

Como somos exigentes! E quem somos nós para exigir dEle o que quer que seja? Ainda que Deus não nos desse mais nada, a salvação já seria motivo mais do que suficiente para expressarmos continuamente a nossa gratidão para com Aquele que nos garantiu a vida eterna.

O filho mais velho aponta os erros do irmão e ainda critica o pai (v30). Nós, muitas vezes, também agimos de forma semelhante: apontamos os pecados dos outros e ainda ousamos dizer a Deus que Ele não faz as coisas corretamente!
O pai reage mansamente, dizendo algo muito belo: "Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas; mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se".
Nós, outrora, também estávamos mortos nos nossos pecados e delitos, mas fomos achados e revivemos... Glória a Deus!
Com qual dos dois filhos somos parecidos? Será com o mais velho, que revelou uma atitude semelhante à do fariseu (Parábola do Fariseu e do Publicano - Lucas 18:9-14) ou com o mais novo, que reconheceu o seu erro, arrependeu-se genuinamente e teve a humildade de pedir perdão?
Semelhantemente, se nos arrependermos, podemos olhar para o Pai e receber o Seu perdão.
Tendemos a alegar que o que alguém fez foi mesmo muito grave para o perdoarmos de ânimo leve... Oxalá percebamos que para Deus não há pecados grandes ou pequenos e que falhamos constantemente!

Assim como o pai do filho pródigo lhe estendeu os braços, estendamos nós a maravilhosa graça do nosso Deus a todos à nossa volta...

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