sábado, 29 de outubro de 2011

Culto da tarde...

No último Domingo, o Pr. Jónatas Lopes trouxe-nos uma mensagem da parte de Deus baseada em Lucas 1:26-48. Este texto bíblico relata um episódio na vida de uma mulher, cuja postura revela mansidão: Maria. Será que conseguimos imaginar a situação em que Maria é colocada quando o anjo Gabriel a informa que ela vai ser mãe de Jesus? Estamos a falar de há 2 mil anos atrás. Uma mulher solteira e virgem fica subitamente grávida... Como não lhe terá sido difícil explicar que estava grávida por obra do Espírito Santo e não por ter tido relações sexuais. E José, o noivo de Maria? Como não terá sido difícil ouvir os comentários desagradáveis dos seus amigos em relação à gravidez de Maria!
No versículo 27, a palavra "virgem" aparece duas vezes. Na Bíblia, quando uma palavra se repete é porque tem alguma importância. Aqui serve para percebermos que José não teve influência alguma na gravidez de Maria. Analisemos as palavras que o anjo dirigiu a Maria: - Salve: era um cumprimento vulgar na altura. Não tinha qualquer significado especial. - Agraciada: significa "aquela que recebe bênção divina". Logo, nós também somos agraciados, porque recebemos bênçãos de Deus. - Bendita: significa "aquela de quem vão dizer bem; aquela que vai ser louvada". Louvar significa elogiar, valorizar.
Maria ficou espantada - e até algo perturbada - mas o anjo logo a tranquilizou, dirigindo-lhe as seguintes palavras: "Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus" (v.30). E nós, não achámos nós também graça diante de Deus? O anjo explicou-lhe o que iria suceder: que tinha sido escolhida para ser a mãe do Salvador do mundo. Maria perguntou-lhe, então, como é que isso seria feito, visto que era virgem. Não perguntamos nós também, muitas vezes, como é que Deus poderá operar em determinada situação?
O anjo contou a Maria que a sua prima Isabel, que era estéril e avançada em idade, também estava grávida... Uma virgem e uma idosa, que sempre fora estéril , subitamente, engravidam... Isto mostra que para Deus nada é impossível... Revelamos mansidão quando reconhecemos que para Deus não há impossíveis e Lhe entregamos tudo: família, trabalho, negócios, estudos, etc... Também somos mansos quando pedimos a Deus que Ele faça a Sua vontade na nossa vida. Oxalá consigamos aplicar isto à nossa vida, pois se o fizermos, conseguiremos atingir um bom grau de tranquilidade... Vivamos um dia de cada vez, pois basta a cada dia o seu mal (Mateus 6:34).
Continuemos a analisar o diálogo entre Maria e o anjo... "Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra", disse Maria. Estas palavras, proferidas por Maria, sem hesitação, revelam muita coragem e um invulgar grau de confiança em Deus; mostram que Maria vivia na dependência de Deus. Oxalá nós também aprendamos a depender de Deus, pois a sua vontade para nós é boa, perfeita e agradável (Romanos 12:2).
Maria faz, então, um cântico em que reconhece a sua pequenez perante a grandiosidade de Deus, o que mostra que nela não existe qualquer poder. "E o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador", declara Maria, reconhecendo assim que é pecadora e que, portanto, precisa de um Salvador, porque "todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" (Romanos 3:23). "Porque atentou na baixeza da sua serva" (v.48). Maria revela, uma vez mais, humildade, pois auto intitula-se de serva, ou seja, escrava. Ela cria convictamente que "todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito (Romanos 8:28)". Se vivermos segundo a vontade de Deus, temos a garantia de que tudo o que nos sucede contribui para o nosso bem. No entanto, infelizmente, hoje em dia, as pessoas desejam apenas uma amizade colorida com Deus; não querem um compromisso sério. "...desde agora todas as gerações me chamarão bem-aventurada". Isto é, abençoada. É de notar que a palavra "felicidade" não aparece na Bíblia, pois sugere a ideia de se ter condições favoráveis para andarmos sempre a sorrir. Nós somos abençoados por Deus, o Senhor dos impossíveis, e isto traz-nos alegria permanente, não a alegria que o mundo conhece, a qual é efémera... Sim, somos bem-aventurados!

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