terça-feira, 11 de outubro de 2011

Escola Bíblica Dominical...

A nossa lição da EBD no último Domingo, baseada em Romanos 7, teve por título: "Tem tudo a ver com vitória sobre o pecado". Os primeiros versículos são praticamente ignorados nos dias que correm, pois falam do compromisso que representa o casamento, o qual deve durar a vida toda. A mulher está ligada ao marido, enquanto este viver, afirma o verso 2. Ou seja, o vínculo entre o casal é válido até que a morte os separe, pelo que não deve ser desfeito. Isto mostra que mesmo que o casal se separe, o vínculo mantém-se e, portanto, se houver envolvimento com outra pessoa, isso é considerado adultério. Mas, como manter a união mesmo no meio das dificuldades? John Piper diz que os relacionamentos são tão difíceis que se não incluírem Deus, sucumbem. Daí que o passo para o casamento não deva ser dado de ânimo leve; devemos pedir sempre a orientação de Deus.
Os versos 4 a 6 declaram que já não estamos sob a Lei. Significará isto que já não devemos obedecer à Lei? De todo! Porque Deus sabia que éramos incapazes de cumprir integralmente a Lei, Ele enviou Jesus para a cumprir por nós. Assim, se quebrarmos um dos mandamentos e nos arrependermos, somos perdoados. Maravilhosa graça! Os versículos seguintes mostram-nos que a Lei serve de orientação e se esta não especificasse o que é errado, não saberíamos o que era pecado.
O versículo 12 afirma que a Lei em si é santa e que o mandamento em si é santo (separado para Deus), justo (correcto, que não falha) e bom... Será que compreendemos a bondade implícita na Lei? Muitas vezes, a nossa reacção relativamente aos mandamentos é semelhante à dos filhos em relação às ordens dos pais. Apesar de estas visarem o bem da criança, ela nem sempre as entende como tal. A Lei é boa. A Bíblia diz-nos que devemos pautar-nos pela honestidade e legalidade; aconselha-nos a considerar os outros superiores a nós próprios; manda-nos amar ao próximo como a nós mesmos; diz-nos para nos guiarmos pela Palavra e não pelo nosso coração. A Lei é, de facto, boa.
Os versos 15 a 19 contêm palavras do apóstolo Paulo e retratam a luta entre a carne e o espírito. Paulo desejava fazer o bem, mas nem sempre o fazia. Não passámos nós já por algo semelhante? Muitas vezes, optamos por fazer algo que é incorrecto, mesmo estando conscientes de que isso aborrecerá a Deus. Antes de cometermos o pecado, há um momento de decisão, o momento "faço ou não faço". O segredo para não cairmos está na intensidade da nossa comunhão com Deus. Quanto mais forte ela for, menor é a probabilidade de cedermos ao mal. Por outro lado, é quando estamos mais perto de Deus que mais somos tentados... Mas, porque é que o diabo tenta os crentes se sabe que estes não perdem a salvação que lhes foi oferecida por Deus, através de Jesus? Porque o objectivo de satanás é retirar toda a glória a Deus e ele trabalha em nós das mais diversas formas. Uma das suas armas é o nosso passado, que ele faz questão de trazer à nossa memória, tentando assim desvalorizar a transformação que Deus operou em nós. O diabo também nos tenta porque sabe que quando estamos em comunhão com o Pai, somos crentes que evangelizam e servem das mais variadas formas e ele não fica feliz quando nos vê a servir a Deus. Ainda assim, vale a pena mantermo-nos próximo de Deus, pois assim teremos força para resistir ao diabo e ele terá de fugir de nós (Tiago 4:7).
Sabendo desta luta entre a carne e o espírito e estando conscientes de que pecamos, será que isto muda a nossa perspectiva em relação os outros? Deveria mudar, pois devo ser capaz de me colocar no lugar dos outros quando estes falham e, em vez de fazer comentários ao seu acato errado, devo tentar levantá-lo e procurar a sua restauração. Oxalá oremos por essa pessoa em vez de a criticar, pois, muito provavelmente, no lugar dessa pessoa e perante as mesmas circunstâncias, faríamos exactamente as mesmas coisas. É nosso dever apoiar os nossos irmãos. Outro erro que cometemos com frequência é "exigir" que quem acaba de aceitar Cristo como seu Salvador mude imediatamente o seu estilo de vida. Essa transformação vai acontecendo aos poucos. O processo de santificação é gradual. Sejamos tão tolerantes e pacientes com os outros como gostaríamos que o fossem connosco...

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