sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Culto da tarde...

No passado Domingo, o Pr. Jónatas Lopes trouxe-nos uma mensagem que teve suporte bíblico no texto registado em Colossenses 1:13-17. Por que é que nos relacionamos com Deus? É para obtermos aquilo que nós queremos ou é para que a Sua vontade se cumpra na nossa vida? Oxalá nos encaixemos na segunda hipótese. E, enquanto esperamos que a vontade de Deus se concretize na nossa vida, devemos ser mansos de coração. Mas, como mostrar mansidão quando tudo parece estar contra nós? Às vezes, temos problemas de saúde, no trabalho, nos relacionamentos, etc, que quase que podíamos cantar com o Rui Veloso: "Parece que o mundo inteiro se uniu para me tramar". Então, como ser manso em circunstâncias tão adversas? Tudo parte da nossa percepção acerca da pessoa de Jesus Cristo, "o qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor" (v.13).
As pessoas, muitas vezes, espantadas com a nossa dedicação à Obra, desejam saber porque é que vamos à Igreja assiduamente e porque servimos na nossa comunidade. A resposta é simples: porque sabemos o que é bom; porque Deus ama-nos tanto que enviou o Seu precioso Filho para morrer por nós (João 3:16). Logo, Ele é o melhor para a nossa vida. Muitos alegam que, por seguirmos a Cristo, nós não podemos fazer muitas coisas que proporcionam grande satisfação. No entanto, nós temos liberdade para fazer tudo, mas nem tudo nos convém (I Coríntios 1:23). Assim, seremos sábios se fizermos escolhas dentro da vontade de Deus, a qual é boa, perfeita e agradável...
Para percebermos a magnitude do que Deus fez por nós, basta olharmos para o nosso passado. Ele tirou-nos de um mundo de horror e transportou-nos para o reino do Filho do Seu amor (v.1). Isto não significa que já não temos problemas, mas, quando estes surgem, sentimos uma paz invulgar, uma paz que transcende o racional. Oxalá consigamos aplicar à nossa vida o versículo registado em Salmos 37:5: "Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele e ele o fará".
O versículo 14 mostra que, em Cristo, há redenção para haver libertação. Como é bom sabermos que Alguém deu a Sua vida por nós. E se Ele deu a Sua vida, não fará outras coisas menores, não fará aquilo que precisamos? O versículo 16 declara que tudo foi criado por Ele e para Ele. Se Deus criou, Ele sabe todas as coisas, pelo que não lhe conseguimos esconder nada. Além disso, se criou tudo, Ele sabe o que é melhor para nós. E porque todas as coisas foram criadas por Ele, todas elas devem ser para Sua honra. Paulo estava aqui a combater a ideia de que Cristo não bastava para a Salvação. Paulo afirma que Ele é suficiente, mostrando assim que não estamos aqui para sermos felizes, mas sim para vivermos para a glória de Deus.
"Todas as coisas subsistem por Ele" - declara o verso 17. A nossa vida, às vezes, parece um puzzle com peças soltas, sendo-nos difícil entender como é que aquilo vai fazer sentido. Desafios que nos preocupam, o passado que nos atormenta, problemas que surgem do nada. Contudo, Deus faz com que todas essas "peças" soltas se liguem, desde que Ele esteja no centro da nossa vida. Todas as coisas têm um propósito (Romanos 8:28). Isto dá-nos certezas e confiança na pessoa de Cristo. Quando não percebermos nada do que está a acontecer, sejamos mansos para admitir que já não aguentamos mais e peçamos a intervenção divina, pois, no Seu tempo, Deus faz tudo muito bem.
Se a nossa vida é para a glória de Deus, por que é que gastamos tanto tempo preocupando-nos com o futuro? Não devemos andar ansiosos em relação a coisa alguma, pois Ele até das aves cuida (Mateus 6:25-34). A vida cristã não é sobre mim, nem por mim; é sobre Deus e por Deus, pois tudo foi criado por Ele e para Ele. Então, tenho de fazer aquilo que Ele quer e não o que eu quero. Oxalá possamos dizer com o apóstolo Paulo, em Gálatas 2.20: "Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim..."

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