segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Escola Bíblica Dominical...

"Tem tudo a ver com a graça" foi o título da nossa lição da EBD, a qual nos foi apresentada pelo Pr. Jónatas. Romanos 5 foi o texto bíblico que lhe serviu de suporte. No versículo 1, o apóstolo Paulo menciona uma doutrina fundamental: a justificação. Mas, do que se trata? O que significa ser-se justificado? A seguinte ilustração talvez ajude a compreender a doutrina da justificação. Imaginemo-nos num Tribunal, perante um juiz que acaba de nos condenar. Subitamente, é-nos dito que não precisamos de cumprir a pena, pois alguém a cumprirá por nós. Foi o que Jesus fez por nós. Aos olhos de Deus, o Justo Juiz, nós estávamos condenados, pois o pecado separa-nos do Deus Santo. Porém, Jesus ao morrer na cruz, levou sobre si a nossa culpa e nós fomos absolvidos. Assim, através da fé em Cristo, que, não obstante ser inocente, tomou o nosso lugar, fomos reconciliados com Deus, fomos declarados justos. Maravilhosa graça!
A salvação, contrariamente àquilo em que muitos crêem, resulta única e exclusivamente da nossa fé na obra realizada por Cristo na Cruz (Efésios 2:8-9). Não depende das actos de bondade que eventualmente realizemos. Quando aceitamos Cristo como nosso Salvador, tem início um processo de contínua transformação que se manterá pela vida fora. Voltemos à justificação... Qual é o resultado de sermos justificados pela fé? A resposta encontra-se no verso 1. Obtemos paz com Deus, pois fomos reconciliados com Ele. A nossa ligação com Ele foi restabelecida e já não apresenta "cortes" ou qualquer espécie de interferência. Essa paz vem através de Jesus (v.2) que nos reconciliou com Deus. Agora, temos harmonia com o Pai. Através de Cristo, temos acesso a esta maravilhosa graça, isto é, a algo que não merecemos. E, se compreendermos a tremenda graça de Deus, ficaremos firmes e gloriar-nos-emos na esperança da glória de Deus (v.2). Isto refere-se ao futuro, à glória do Céu, onde, graças ao inigualável amor de Deus e ao sacrifício de Jesus, passaremos a eternidade... A paz que sentimos é fruto da nossa relação com Deus e da certeza de que teremos um futuro maravilhoso com Ele num lugar de delícias perpétuas.
O verso 3 contém uma afirmação que alguns, certamente, considerarão estranha: "também nos gloriamos nas tribulações". O apóstolo Paulo pretende dizer que devemos considerar-nos fracos perante Deus, devemos reconhecer que em nós não há capacidade alguma, pois assim passamos a depender de Deus, o Todo Poderoso. Às vezes, Deus permite que cheguemos ao fundo para que possamos depender dEle. Contudo, Ele não nos deixa afundar; levanta-nos no momento certo. "A tribulação produz a paciência", declara ainda o versículo 3. E a perseverança promove a firmeza de caráter. Quando somos pacientes, o nosso caráter mantém-se estável; não muda consoante as circunstâncias. Lembremo-nos que um dos gomos do fruto do Espírito é a temperança. Oxalá aprendamos a lidar com as nossas emoções.
A experiência produz esperança e a esperança não traz confusão (vs 4 e 5). A esperança da vida eterna, passada junto de Deus, não pode trazer confusão. Bem pelo contrário, traz alegria... O verso 5 afirma ainda que o amor de Deus está derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado, o qual é o garante da nossa salvação. Ou seja, nós nunca estamos sós, porque o Espírito Santo habita em nós. Quanto conforto isto nos proporciona! O verso 6 contém uma declaração incompreensível para a maioria de nós. Afirma que Cristo morreu por nós, mesmo sendo pecadores. Se já é difícil dar a vida por alguém bom, quão mais difícil não será morrer por alguém mau? Porém, foi precisamente isso que Jesus fez por nós. Esta é uma mensagem de amor. Nada nem ninguém nos pode separar do amor de Deus, em Cristo Jesus. NEle, somos mais do que vencedores...
Estamos a assistir à disseminação de uma doutrina - a denominada Doutrina Universalista - que defende que a graça de Deus é tremenda e, portanto, no final, todos serão salvos. Porém, o verso 9 mostra claramente que Deus ainda se ira e somente o sangue de Cristo nos reconcilia novamente com o Pai. Quem não aceitar Jesus como seu Salvador não será reconciliado com Deus e, consequentemente, será alvo da Sua ira. O verso 15 realça o trabalho realizado por Cristo, ao morrer na cruz. Reparemos no contraste: o pecado veio através de um só homem, tendo provocado a morte espiritual de muitos e a graça também veio através de um só (Jesus), mas para salvação de muitos.

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