quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Culto da tarde...

No último Domingo, o Pr. Jónatas Lopes pregou com base em Mateus 13:34-35. Jesus está a viver os seus últimos dias e deixa as instruções finais aos seus discípulos, dando-lhes um novo mandamento; um mandamento, que em conjunto com um outro dado anteriormente, resume toda a lei. Depois de dizer que se deve amar a Deus acima de todas as coisas, Cristo diz agora que nos devemos amar uns aos outros como Ele nos amou. Reflitamos na dimensão do amor de Deus... O amor de Deus por nós é tal que enviou o Seu Filho amado para nos remir a fim de nos aproximarmos de Deus, uma vez que em nós próprios não existe capacidade alguma de nos chegarmos a Ele. Quem seria capaz de dar a vida de um Filho por alguém? Talvez déssemos a nossa própria vida, mas abdicar de um filho é algo impensável para a maioria de nós. Porém, foi isso que Deus fez por nós.
Oxalá reconheçamos, a cada dia, que nada somos sem Deus. Só assim, passaremos a depender totalmente dEle e a viver para Sua glória, pois foi para isto que fomos criados. Nós não fomos criados para ter uma vida fácil, para ter aquilo que desejamos. Fomos criados para darmos glórias a Deus, para termos uma relação profunda com Ele, para sermos santos, isto é, separados para Ele. Mas, aqui, uma pergunta impõe-se: Quando é que Deus se sente glorificado? A resposta é simples... Deus é glorificado quando achamos que Ele tem o melhor para nós e, portanto, Ele é suficiente para nós. Deus glorifica-se quando sente que nos satisfazemos com Ele, quando reconhecemos que Ele nos chega. Às vezes, pensamos que basta conhecermos a Deus para Ele nos dar tudo aquilo que desejamos no devido tempo. Contudo, não é isto que a Bíblia nos diz no Salmo 37:5. "Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nEle, e Ele o fará". Ou seja, temos de entregar a nossa vida a Deus. Só então, a Sua graça e o Seu amor se manifestarão plenamente. No entanto, isto não nos garante uma vida isenta de problemas... Assegura-nos, isso sim, uma tranquilidade indescritível para enfrentarmos esses desafios. Deus age de uma forma tremenda. Às vezes, Ele deixa-nos esperar até ao último minuto para que percebamos do que somos feitos... Oxalá nos consigamos aquietar nesses momentos, pois Ele é Deus (Salmos 46:10).
No versículo 35, Jesus diz que as pessoas saberão que somos Seus seguidores se nos amarmos uns aos outros. Oxalá este amor seja uma realidade no nosso meio. A Bíblia diz que nos foi dado o ministério da reconciliação. Porém, muitas vezes, somos duros e recusamo-nos a perdoar alegando que os outros têm de pedir perdão a fim de os perdoarmos. Porém, o mandamento de Jesus é bem claro: devemos amar a todos e devemos conceder perdão, mesmo antes de nos ser pedido. E, aqui, devemos fazer a separação entre a pessoa e o seu erro... Não nos é pedido para amarmos a sua atitude incorreta, mas é-nos exigido que amemos a pessoa que a cometeu. Não guardemos rancor ou mágoa dentro de nós. O ódio corrói-nos... Precisamos de olhar para a cruz e reconhecer que éramos nós que lá deveríamos ter estado. Se Deus nos perdoou, quem somos nós para não perdoarmos? Todos falham, incluindo nós. Por isso, tenhamos amor para com os outros. O amor cobre uma multidão de pecados, logo o amor facilita o perdão...
Façamos tudo em amor. E as pessoas pessoas frontais precisam de ter um cuidado especial, pois dizer tudo o que se quer exige que que o façamos de forma adequada e no momento certo. É melhor acalmarmo-nos, pois, a maioria das vezes, no calor da discussão dizem-se coisas que deixam marcas mais profundas do que as agressões físicas... Quantas vezes não dizemos que determinada pessoa falhou para connosco e que vai ter que reconhecer isso? Isto desaparece quando existe amor, pois uma atitude assim não tem nada a ver com amor; tem é tudo a ver com ódio... Como é que as pessoas perceberão o amor de Deus se guardarmos rancor uns dos outros?! Se Deus nos perdoou, quem somos nós para não perdoar? Se Deus nos amou, quem somos nós para não amarmos os outros? Sejamos mansos!
Esforcemo-nos por não olhar para os erros dos outros, pois tendemos a ver o cisco no olho do nosso irmão e não vemos a trave que está no nosso (Mateus 7:4-5). Façamos aos outros aquilo que gostaríamos que nos fizessem a nós. Quando temos este tipo de relacionamento com Deus, uns com os outros e com todas as pessoas com quem convivemos, então, o versículo 35 torna-se uma realidade na nossa vida... "Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros" (João 13:35). Que assim seja.

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