sexta-feira, 29 de maio de 2009

Carta Pastoral...

Dividirei esta minha carta pastoral em duas partes. E gostaria que os seus destinatários, de forma individual e/ou familiar, reflectissem sobre elas e as levassem, tanto quanto possível, em conta.

Em 1º lugar, acredito que qualquer lar é um excelente campo missionário. Mesmo que registe um só crente na sua estrutura, um crente é um missionário, comissionado por Jesus, a fim de conduzir o seu cônjuge ao Salvador! Lembremo-nos, por exemplo, do desafio Paulino às mulheres da Igreja em Corinto, para que manifestassem um porte muito digno, porte esse que facilitasse o caminho da fé aos seus maridos não crentes. Algumas achavam que, agora que eram crentes com maridos descrentes, reuniam condições para o divórcio, já que se tratava, segundo elas, de um casamento misto. Paulo adverte que o «jugo desigual» não se refere ao facto de alguém, já casado, se converter a Cristo e o outro não. Neste contexto, o salvo é chamado a ser uma boa testemunha, coerente, credível, ousada, mas com mansidão e temor, visando a salvação daquele a quem já tinha unido a sua vida, mesmo não sendo no Senhor.

Lar: Campo missionário por excelência! Principalmente quando pais crentes recebem as heranças que Deus lhes outorgou. São eles os primeiros professores que devem testemunhar, de forma teórica e prática, daquele que os uniu e que é a razão de ser da Família e da sua própria existência como herança. A Igreja pode, e deve, contribuir para conduzir crianças , adolescentes, jovens, etc, mas os primeiros e melhores missionários, porque estão no terreno, são os pais. Pais que podem ensinar «o menino no caminho em que deve andar»; Pais que podem ler e meditar na Palavra … diariamente …; Pais que podem cantar e orar … diariamente … com e pelos seus filhos, etc, etc. E essa missão não lhes é confiada pela Igreja, ou pelo Pastor, mas pelo Senhor Deus. Em suma, nenhum pai deve esperar que outros façam aquilo que lhes compete efectuar … e muito menos quando é o próprio Deus que os incumbe dessa tarefa!

Se, em 1º lugar, a Família é um excelente campo missionário, em 2º lugar, uma Família, onde Jesus Cristo é Senhor, é uma maravilhosa extensão missionária, a qual pode chegar onde uma Igreja não chega e manifestar, de forma visível e concreta, os maravilhosos predicados de Deus!

Uma Família que segue amorosamente o Senhor, se caminhar também o trilho do serviço, pode constituir-se num pólo missionário, num ponto de partida de onde flúi a mensagem do amor de Deus! Abençoada por Deus também se pode erigir como bênção de Deus para as Famílias contíguas a si. Certamente que todos nós temos muitas Famílias com quem mantemos relacionamentos mais ou menos agradáveis. E como elas se podem constituir, de forma muito curiosa, em campos onde podemos semear a Palavra. E uma excelente alternativa é fazermos do nosso lar uma célula evangelística. O 1º passo é consagrarmos o nosso lar a Deus; o 2º passo é fazer dele um altar de intercessão pelo lar, ou lares, onde Jesus não reina; o 3º passo é criar uma ponte por onde o convite vá e por onde as pessoas venham, a fim de assistir a um momento: de adoração; ou de louvor; ou de debate; ou de apresentação de um filme; ou outro.

Missões é um caminho de aproximação à vontade de Deus! No entanto, também é um caminho que faz aproximar outros da salvação que Jesus Cristo oferece! Indo diariamente Evangelizando! E enquanto vamos, fazendo discípulos em todas as nações. Começando pela nossa Jerusalém (aqueles que estão mais próximos de nós)!

Pr. José Lopes

Sem comentários:

Enviar um comentário