sábado, 9 de maio de 2009

Carta Pastoral...

O texto que se segue é da autoria do nosso pastor José Lopes. É a carta pastoral desta semana, que fará parte do boletim "O Bálsamo" do dia 10 de Maio de 2009.

DIA DAS MÃES! Um dia como outro qualquer? Em certa medida deveria ser assim, parafraseando o poeta que cantava que o Natal era quando o homem quisesse. Isso implicaria que todos os dias seriam dias em que se honraria o papel e a função das mães; todos os dias seriam homenageadas pelo seu esforço e dedicação; todos os dias seriam objecto de gratidão por parte dos seus filhos; todos os dias seriam agraciadas com manifestações de carinho e de ternura, etc., etc. No entanto, a realidade é, infelizmente, bem distinta.

No «Dia das Mães», e não Dia da Mãe, é costume desafiarem-se as mães a serem efectivamente mães. É óbvio que, infelizmente, muitas mães só o são porque deram à luz um ou mais filhos. Mães simplesmente biológicas, que apenas introduziram seres vivos no planeta dos homens. Mães que não se preocupam com nada, ou quase nada daquilo que diz respeito aos seus filhos. Mães que abdicam da sua principal função de educadora, orientadora, acompanhante quotidiana de tudo o que envolve a vida de um filho. Todavia, também é verdade que encontramos, graças a Deus, Mães que sabem ser Mães, com muita dedicação e paixão, com muito zelo e «profissionalismo», com muito brilho e resultados bem visíveis. A estas sabe bem homenagear, como referências exemplares; às anteriores, convém desafiá-las a assumirem outras posturas maternais, seguindo o exemplo das Mães que honram a sua missão.

Dissemos que é costume desafiar/homenagear as Mães, no «Dia das Mães», mas não deveríamos ficar por aqui. Mais do que homenageá-las, deveríamos exortar os filhos a saberem ser filhos, em cada dia do ano, e a compreenderem o papel e a função daquelas que lhe deram o ser.

No «Dia das Mães» vemos muitos filhos beijando as suas Mães, entregando-lhes flores, elogiando-as com palavras inesquecíveis e geradoras de prazer … mas , logo a seguir, ainda no mesmo dia, ou no dia seguinte, a linguagem altera-se, as posturas modificam-se e as relações ficam afectadas. Surgem, então, as reclamações, os desânimos, as revoltas, o desejo de deixar de ser o que se é, ou convém ser.

Neste momento, e através desta carta, quero homenagear as Mães da minha Igreja. Dar-lhes os meus efusivos e sinceros parabéns, pelas suas enriquecedoras posturas, por tudo aquilo que são e realizam na vida dos seus filhos. É uma honra ter ovelhinhas que sabem cuidar das heranças que Deus lhes proporcionou. Contudo, e igualmente através desta carta, quero desafiar todos aqueles que desfrutam da benesse de disporem de um Mãe, a saberem ser filhos. Bons filhos, bons ouvintes, ouvintes obedientes e meigos, filhos reconhecidos e claros adjuvantes da missão de Mãe, filhos que apoiem, de forma inequívoca, a sua Mãe, facilitando e não complicando a sua função e missão. Que bom ter filhos assim, não é, Mães da minha Igreja?

Custa-me imenso ver filhos desprezando as suas Mães, assim como me custa ver Mães desprezando os seu filhos. Como paga? Como defeito de carácter? Falta do toque de Deus?

Oro para que Deus opere em todos os filhos da nossa Igreja, tornando-os em filhos exemplares, filhos referência para os «estranhos à fé», filhos que evidenciem, de forma bem nítida, que assim como Deus ajuda as Mães a serem boas Mães, também auxilia os filhos a serem bons filhos. A Deus toda a honra e glória, quando uma Igreja regista vidas que se deixam orientar pelo plano de Deus para a estruturação de Famílias que Ele deseja abençoar. E como nós sabemos que «se o Senhor não edificar a casa em vão trabalham os que a edificam», então, só podemos desejar a Divina intervenção, em cada dia, em todas as áreas. E os nossos parabéns a todos os que colaboram com Deus!

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