A verdade bíblica da nossa lição diz o seguinte: Deus agrada-se em dar aos Seus filhos a sabedoria, para que estes vivam em rectidão e para ajudarem os outros. Oxalá o nosso alvo, à semelhança de Salomão, seja ter a cada dia mais sabedoria da parte de Deus. Salomão era filho de Davi e Davi tinha sido rei de Israel. Mas, não um rei qualquer! Ele foi considerado o melhor rei de Israel. Foi um homem segundo o coração de Deus (I Samuel 13:14). Muitos perguntarão se aquele episódio nada bonito da vida de Davi (adultério com Batseba e consequente assassinato do marido dela) não terá mudado a opinião de Deus acerca dele. Será que Deus continuou a agradar-se dele? Davi arrependeu-se genuinamente e foi perdoado. A graça de Deus não conhece limites!
Salomão vivia segundo os estatutos do seu pai e também amava a Deus, mas fazia algo que desagradava ao Senhor. Oferecia sacrifícios fora do templo (e muito provavelmente a ídolos!). Também tinha 700 mulheres e 300 concubinas. Muitas destas mulheres eram fruto de acordos de paz, algo que não era agradável a Deus, pois Ele desejava que confiassem que Ele os manteria em paz.
No entanto, mesmo não agradando totalmente a Deus, Salomão foi alvo da Sua infinita graça. Ele aparece-lhe, em sonhos, e dirige-lhe palavras maravilhosas: "Pede o que queres que te dê". Isto mostra que a iniciativa é sempre de Deus. É sempre Ele que nos procura.
Mas, reflictamos nas palavras que Deus dirigiu a Salomão e imaginemo-nos no seu lugar. O que é que nós pediríamos a Deus se Ele nos perguntasse o que desejávamos? Saúde? Comida? Dinheiro? Paz? Emprego?
Salomão pediu "apenas" sabedoria. Oxalá a sabedoria também estivesse no topo da nossa lista de pedidos ao Pai Celestial, pois ela é fundamental. Precisamos de sabedoria para cuidarmos da nossa saúde, para gerirmos o nosso dinheiro, para desempenharmos uma actividade profissional...
O versículo 6 contém palavras muito sábias. Salomão reconhece que Deus fora muito bom para com Davi, porque ele tinha andado com Deus em verdade, em justiça e rectidão de coração. Ou seja, Davi era uma pessoa íntegra. Era justo e recto. Oxalá sejamos assim também! Deus foi tão bom para com Davi que lhe deu um sucessor: Salomão.
É de notar que Salomão se considera um servo e acha-se demasiado novo para desempenhar a tarefa que tinha em mão. Ou seja, Salomão revela humildade e, portanto, é um exemplo para nós. Estamos em perigo quando pensamos que somos capazes de realizar o que quer que seja. Agora quando reconhecemos que não temos capacidades suficientes, passamos a depender totalmente de Deus; passamos a buscá-lO mais e Ele capacita-nos.
Salomão reconhecia a sua pequenez perante o povo numeroso que tinha de liderar. Assim, ele pediu sabedoria a Deus para ser justo, para saber discernir entre o certo e o errado. Este pedido agradou ao Senhor Deus, pois Salomão não pediu coisas materiais. Um pedido destes parece não se "encaixar" na sociedade actual, pois as pessoas só buscam riquezas e é só isso que querem de Deus. Nos dias que correm, dá-se muita ênfase à prosperidade material.
Salomão não foi egoísta nos seus pedidos e Deus agradou-se disso. O que é que nós temos pedido a Deus? Às vezes, somos tão egoístas!
Salomão não pretendia uma vida melhor. Ele desejava ter sabedoria para ajudar os outros. Oxalá tenhamos Salomão como referência e passemos a investir mais nas pessoas que nos rodeiam!
Deus concedeu-lhe o seu desejo e deu-lhe sabedoria (nunca existiu alguém tão sábio quanto Salomão). Porém, Deus não se ficou por aí. Também lhe deu riquezas e uma vida longa. O nosso Deus dá-nos sempre mais do que aquilo que pensamos ou imaginamos (Efésios 3:20-21).
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