segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

EBD e Culto de Ceia...

Por ser o primeiro Domingo do mês, realizou-se o nosso Culto de Ceia. Antes, porém, tivemos a nossa lição da Escola Bíblica Dominical, baseada em I Reis 3:3-5, e subordinada ao tema: "O que o dinheiro não pode comprar". O que é que o dinheiro não pode comprar? A resposta é simples. O dinheiro não compra a saúde (pode comprar um seguro ou tratamentos médicos, mas não a saúde em si), a felicidade (pode comprar felicidade exterior, como uma boa casa e um carro de luxo ou uma férias, mas não compra a felicidade interior), a salvação (a salvação obtém-se através da fé, como podemos ler em Efésios 2:8-9), a justiça, a paz interior (a paz que excede todo o entendimento provém de um relacionamento profundo com Deus).

A verdade bíblica da nossa lição diz o seguinte: Deus agrada-se em dar aos Seus filhos a sabedoria, para que estes vivam em rectidão e para ajudarem os outros. Oxalá o nosso alvo, à semelhança de Salomão, seja ter a cada dia mais sabedoria da parte de Deus. Salomão era filho de Davi e Davi tinha sido rei de Israel. Mas, não um rei qualquer! Ele foi considerado o melhor rei de Israel. Foi um homem segundo o coração de Deus (I Samuel 13:14). Muitos perguntarão se aquele episódio nada bonito da vida de Davi (adultério com Batseba e consequente assassinato do marido dela) não terá mudado a opinião de Deus acerca dele. Será que Deus continuou a agradar-se dele? Davi arrependeu-se genuinamente e foi perdoado. A graça de Deus não conhece limites!

Salomão vivia segundo os estatutos do seu pai e também amava a Deus, mas fazia algo que desagradava ao Senhor. Oferecia sacrifícios fora do templo (e muito provavelmente a ídolos!). Também tinha 700 mulheres e 300 concubinas. Muitas destas mulheres eram fruto de acordos de paz, algo que não era agradável a Deus, pois Ele desejava que confiassem que Ele os manteria em paz.

No entanto, mesmo não agradando totalmente a Deus, Salomão foi alvo da Sua infinita graça. Ele aparece-lhe, em sonhos, e dirige-lhe palavras maravilhosas: "Pede o que queres que te dê". Isto mostra que a iniciativa é sempre de Deus. É sempre Ele que nos procura.

Mas, reflictamos nas palavras que Deus dirigiu a Salomão e imaginemo-nos no seu lugar. O que é que nós pediríamos a Deus se Ele nos perguntasse o que desejávamos? Saúde? Comida? Dinheiro? Paz? Emprego?

Salomão pediu "apenas" sabedoria. Oxalá a sabedoria também estivesse no topo da nossa lista de pedidos ao Pai Celestial, pois ela é fundamental. Precisamos de sabedoria para cuidarmos da nossa saúde, para gerirmos o nosso dinheiro, para desempenharmos uma actividade profissional...

O versículo 6 contém palavras muito sábias. Salomão reconhece que Deus fora muito bom para com Davi, porque ele tinha andado com Deus em verdade, em justiça e rectidão de coração. Ou seja, Davi era uma pessoa íntegra. Era justo e recto. Oxalá sejamos assim também! Deus foi tão bom para com Davi que lhe deu um sucessor: Salomão.

É de notar que Salomão se considera um servo e acha-se demasiado novo para desempenhar a tarefa que tinha em mão. Ou seja, Salomão revela humildade e, portanto, é um exemplo para nós. Estamos em perigo quando pensamos que somos capazes de realizar o que quer que seja. Agora quando reconhecemos que não temos capacidades suficientes, passamos a depender totalmente de Deus; passamos a buscá-lO mais e Ele capacita-nos.

Salomão reconhecia a sua pequenez perante o povo numeroso que tinha de liderar. Assim, ele pediu sabedoria a Deus para ser justo, para saber discernir entre o certo e o errado. Este pedido agradou ao Senhor Deus, pois Salomão não pediu coisas materiais. Um pedido destes parece não se "encaixar" na sociedade actual, pois as pessoas só buscam riquezas e é só isso que querem de Deus. Nos dias que correm, dá-se muita ênfase à prosperidade material.

Salomão não foi egoísta nos seus pedidos e Deus agradou-se disso. O que é que nós temos pedido a Deus? Às vezes, somos tão egoístas!

Salomão não pretendia uma vida melhor. Ele desejava ter sabedoria para ajudar os outros. Oxalá tenhamos Salomão como referência e passemos a investir mais nas pessoas que nos rodeiam!

Deus concedeu-lhe o seu desejo e deu-lhe sabedoria (nunca existiu alguém tão sábio quanto Salomão). Porém, Deus não se ficou por aí. Também lhe deu riquezas e uma vida longa. O nosso Deus dá-nos sempre mais do que aquilo que pensamos ou imaginamos (Efésios 3:20-21).

Após a lição da Escola Dominical, tivemos a Ceia do Senhor e o Pr. Jónatas Lopes relembrou o que significa esta cerimónia: 1) É um momento de contrição, pois analisamos a nossa vida e pedimos perdão a Deus por qualquer acto que Lhe tenha desagradado. 2) É um acto de celebração. Comemoramos a morte e a ressurreição de Cristo, que nos garantiu a vida eterna. 3) É um momento de comunhão entre todos os membros do Corpo (a Igreja), cujo cabeça é Cristo.
E em I Coríntios 12:12-26 vemos o que significa ser um corpo. Todas as partes do nosso corpo são diferentes e todas têm uma função. Também assim é na Igreja de Cristo. Há diversidade de dons (e ainda bem que assim é) e todas as funções ou cargos são importantes. É Deus que nos escolhe, pois é Ele que nos concede os dons. Logo, não podemos dizer a ninguém que não precisamos dele(a). Necessitamos de todos e, como Igreja, precisamos de valorizar cada vez mais as pessoas, não esquecendo que são as que têm mais problemas que maior atenção e mais cuidado merecem da nossa parte. Devemos preocupar-nos com as partes mais frágeis da Igreja.
Oxalá busquemos a unidade na nossa Igreja. Unidade não é mais do que fazermos coisas diferentes, estando todos unidos no propósito de glorificarmos o nosso Deus.
Martin Luther King celebrizou a frase: "I have a dream"... Façamos nossas as suas palavras. E que o nosso sonho seja o de nos tornarmos um grupo coeso e unido para honra e glória do nosso bom Deus!

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