sábado, 26 de setembro de 2009

Carta Pastoral...

Este mês temos falado de Embaixadores. Um estatuto ... uma missão ao alcance de todos os crentes. Que privilégio! Que responsabilidade!

Ser Embaixador de Cristo neste mundo é algo que pode marcar, e muito, a carreira de um crente. É óbvio que um crente, por inerência a essa condição, deveria ser automaticamente um Embaixador. Mas um Embaixador activo, visível, que se expõe e expõe aquilo em que acredita e defende, de forma coerente e sincera, tudo aquilo que envolve o Senhor que o salvou.

Diz-nos Paulo que fomos criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas. Todos nós sabemos da nula importância das obras para a nossa salvação, mas também todos nós sabemos da elevada relevância das Obras como resultado da acção do Espírito em nós. No fundo, estamos a falar do «fruto do espírito»: «amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança » como um só fruto, constituído por muitos gomos, mas inequivocamente ligados entre si.

Quando um crente manifesta o «fruto do espírito» está a ser Embaixador de Cristo, na medida em que está a revelar virtudes que Cristo manifestou, em plenitude, ao longo do Seu ministério. E todos os crentes têm, felizmente, condições que potenciam esses atributos. E o nosso coração rejubila, e a nossa mente se espanta, quando nos lembramos da forma como Cristo evidenciou essas qualidades, nos mais diversos contextos, mesmo nos mais adversos. Vejamos:

1. Jesus protegia a Sua emoção diante dos focos de tensão;

2. Não gravitava em torno das ofensas e rejeições sociais;

3. Era convicto no que pensava e gentil na maneira de expor os Seus pensamentos;

4. Era um investidor em sabedoria diante dos invernos da vida. Fazia das Suas dores uma poesia;

5. Geria com liberdade os Seus pensamentos. As ideias negativas não perturbavam a Sua mente;

6. Era sociável, agradável, relaxante. Estar ao Seu lado era uma aventura contagiante e estimulante;

7. Vivia a arte da autenticidade;

8. Nunca desistia de ninguém, embora as pessoas pudessem desistir dele;

9. Conseguia amar com um amor incondicional, um amor que ultrapassava a lógica da correspondência;

10. Não fugia dos Seus sofrimentos, mas enfrentava-os com lucidez e dignidade.

Estes 10 pontos (Que tal aproveitar como tópicos para uma mensagem, ou estudo bíblico?) referidos no belo livro de Augusto Cury «O Mestre da Sensibilidade), mostra-nos, de forma muito clara, a postura que cada seguidor de Cristo deveria também demonstrar. E são pontos que merecem séria reflexão. Questionando-nos mesmo até que ponto alguma dessas qualidades existem em nós. Sim! Será que eu, e cada um dos meus amados irmãos, conseguimos evidenciar essas qualidades no nosso dia-a-dia? Eu sei que não é fácil, mas também sei que é tanto mais fácil quanto mais olharmos para Jesus como o ideal da nossa vida, a referência a seguir, o objectivo a alcançar.

Quando penso em Embaixador de Cristo penso numa missão nitidamente Divina no mundo dos homens! E penso que é uma forma de dar continuidade ao Homem que mudou a História da Humanidade e das Civilizações, como Luz do Mundo! Trata-se de uma chamada de Deus, O qual também nos capacita a ser aquilo que devemos ser, como Astros no mundo! E creio que se cada crente reunir as 10 qualidades apontadas por A. Cury há possibilidade de se transformar o mundo!

Amado Irmão: seja um Embaixador fiel, marcado pela acção do Espírito. Sua competência e acção será tanto mais fácil quanto maior for a sua relação com o Rei dos Reis, em atitude de inequívoca submissão e dependência! Vamos mudar o «nosso mundo» como Embaixadores de Cristo!

Pr. José Lopes

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