sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Carta Pastoral...

Embora haja muito medo, os que têm dinheiro continuam a falar e a investir, em maior ou menor escala. Por vezes, em sectores altamente perigosos, audaciosos, arriscados. Outros há que gostariam de investir, mas não reúnem condições para tal; finalmente, outros ainda há que não gostam de investir, mesmo que reúnam condições nesse sentido. Será que esta situação se passa no campo espiritual?

Este mês conduzimos o nosso pensamento para a área do serviço cristão. Como Embaixadores de Cristo, como se Deus por nós rogasse, como mediadores entre Deus e os homens, como profetas que recebem de Deus para, em Nome de Cristo, ministrarem aos homens seus conterrâneos. Se contextualizarmos o versículo da semana, veremos, pelo menos, 2 coisas:

1ª - O Salmista necessitava de «lavagem» do seu espírito, de purificação do seu interior, na medida em que o seu pecado lhe era altamente desfavorável, penoso;

2ª - David carecia de restauração, de uma revolução interna, de uma implosão do mal e da construção de uma nova estrutura que o conduzisse a vencer o pecado e a não voltar cair nele.

Só reunidas as duas premissas afloradas nos parágrafos anteriores é que ele estaria em condições de ser protagonista na obra missionária. Só depois do toque de Deus na sua vida é que ele reuniria o perfil para desempenhar o papel de proclamador, de mediador, de professor, de mestre, de embaixador, diante de todos aqueles que ainda estavam presos ao pecado. David sabia, de forma muito evidente, que sem Deus, sem o Seu toque, sem o Seu perdão, sem o Seu amor, estaria claramente perdido e impossibilitado de ensinar aos transgressores o caminho de Deus. Por outras palavras, sem um investimento efectivo de Deus na vida de David seria completamente impossível ele servir o Senhor Deus como missionário aos pecadores do seu tempo.

Este é um ponto crucial na vida cristã: vidas sujas, não regeneradas, não perdoadas, jamais podem ser investimentos de Deus no mundo dos homens, já que no coração onde Deus não brilha também não há condições para Ele fazer brilhar a vida de alguém. Por outras palavras, o brilho de Deus, em termos internos, reflecte-se externamente; se não há, internamente, brilho de Deus, também não pode haver brilho externo, porque este é condicionado pela forma como Deus actua em nós, pela forma como O deixamos actuar, pelos condicionantes e obstáculos que Lhe levantamos.

Amado Irmão: é sempre tempo de deixarmos Deus investir em nós. Sem qualquer obstáculo da nossa parte, até porque Ele não merece! Os grandes investidores investem nos tempos de crise, na medida em que podem obter excelentes resultados. Em termos espirituais também é, ou deveria, ser assim. Vivemos tempos difíceis em termos espirituais, onde a crise se acentua assustadoramente.

Deus quer efectuar investimentos no Seu povo, a começar em mim, mas indo mais além. Sem esses investimentos a crise espiritual dilata-se, de forma caótica, com marcha acelerada para as profundezas do inferno. E se uma crise económica se pode resolver com sérios e prioritários investimentos, a crise espiritual resolve com vidas regeneradas, vidas vocacionadas, vidas apoiadas e sustentadas por Deus, que as coloca como Embaixadores.

Querido irmão: seja uma dessas vidas e alegre-se no Senhor por esse ministério!

Pr. José Lopes

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