segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Culto de Ceia e EBD...

Como sempre acontece no primeiro Domingo do mês, realizou-se hoje mais um Culto de Ceia. Antes, porém, tivemos a Escola Bíblica Dominical. Baseada em II Reis 9:16-24, a lição teve por título "Paixão desenfreada" e foi-nos apresentada pelo Pr. Jónatas Lopes.
Será a paixão algo bom? Claro que sim, desde que a consigamos manter dentro de certos limites, pois são muitos os perigos que advêm de uma paixão desenfreada. É preciso ter em conta que, não obstante determinado fim ser bom, nem todos os meios para o atingir são válidos. Jeú, o homem de quem nos fala o texto bíblico de hoje é exemplo disso.
Jeú desejava ser rei e, um dia, Eliseu disse-lhe que ele seria o próximo rei de Israel. Entusiasmado com a perspectiva de concretizar o seu sonho, ele resolve acelerar a sua subida ao trono. E aqui impõe-se uma questão: Qual é a base do nosso serviço a Deus? Serão as nossas motivações puras? Servimos a Deus porque O amamos por nos ter concedido a salvação através de Jesus ou será que o fazemos por interesse?
Para alcançar mais rapidamente aquilo que tanto almejava, Jeú não hesitou em matar o rei que ainda ocupava o trono. Reparemos que o fim era bom, mas os meios usados não foram os correctos. Na Bíblia, encontramos muitas histórias que mostram que os homens sempre procuram apressar os planos de Deus. Abraão e Sara são disso exemplo. O que nos move no serviço a Deus? A motivação de Jeú era alcançar poder... E a nossa?! Oxalá não O sirvamos por aquilo que Ele nos pode dar, mas por aquilo que Ele já nos deu, o Seu Filho Jesus, cuja morte e ressurreição nos garantem a vida eterna junto do Pai Celestial.
Em II Reis 10:15-17, vemos que Jeú, apesar de querer chegar ao trono mais cedo, sentiu necessidade de um mentor, um conceito muito em voga no mundo empresarial até há bem pouco tempo. Actualmente, valoriza-se mais o "coach", alguém que está mais presente, que está ao lado, com quem há um contacto directo, ao contrário do mentor, que está disponível para aconselhar, mas à distância.
Jonabade seria esse mentor. Durante o encontro, Jeú diz a Jonadabe que vem até ele com um coração recto e pergunta-lhe se também age com sinceridade para com ele. Oxalá esta sua atitude nos sirva de exemplo, pois, muitas vezes confiamos imediatamente nas pessoas para logo a seguir verificarmos que não são dignas dessa confiança. Sejamos cautelosos! Atentemos num pormenor interessante, carregado de simbolismo, que se passou após Jeú constatar que Jonadabe merecia a sua confiança. "Dá-me a mão" - pediu-lhe ele. Que significará isto? Significava que estavam ligados, que havia unidade. Seríamos sensatos se observássemos sempre as atitudes das pessoas antes de confiarmos plenamente nelas.
II Reis 10:17 mostra-nos que Jeú era uma pessoa sanguinária, pois ao chegar a Samaria destruiu a todos. De facto, ele não olhava a meios para atingir os fins a que se propunha. E isto é notório também nos versículos seguintes. Intentando matar os profetas de Baal, preparou-lhes uma armadilha. Convocou-os para uma reunião sob o pretexto de ir oferecer holocaustos ao deus deles, Baal. Eles aceitaram o convite e Jeú matou-os. Oxalá jamais imitemos Jeú! Não usemos a mentira ou outros métodos incorrectos para alcançar aquilo que desejamos, ainda que seja algo bom. Precisamos de ter muito cuidado com as mentiras que, muitas vezes, somos tentados a usar para alcançar determinado propósito. Sejamos sempre sinceros!

II Reis 10:30-31 mostra que Jeú foi extremamente zeloso quanto à questão da idolatria, tendo-a exterminado, mas não se livrou de todo o pecado. Não somos nós assim também, tantas e tantas vezes? Erradicamos da nossa vida o pecado fácil, mas não largamos aquele que nos dá prazer. Oxalá consigamos, com a ajuda de Deus, reunir forças para nos libertarmos de tudo aquilo que Lhe desagrada!
Antes da celebração da Ceia do Senhor, o Pr. Jónatas levou-nos a reflectir nas palavras reconfortantes do Salmo 23, que evidencia o cuidado do Senhor Deus para connosco, Seus filhos. Neste Salmo, somos lembrados da presença constante do Pai nas nossas vidas. Deus está connosco até no meio das adversidades, quando atravessamos "o vale da sombra da morte".
"...E habitarei na casa do Senhor por longos dias" (Salmo 23:6).

Quando celebramos a Ceia do Senhor, lembramos a morte e a ressurreição de Jesus, o garante da vida eterna junto de Deus. Por causa da morte sacrificial de Cristo, todos aqueles que o receberem como Seu Salvador e Senhor, um dia estarão para todo o sempre com Ele no Céu, um lugar de delícias, onde não haverá choro, nem pranto, nem clamor, nem dor (Apocalipse 21:4).

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