segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Culto da tarde...

No último Domingo, o Pr. Jónatas Lopes pregou sobre a alegria que provém do facto de sabermos que somos justificados pela fé. Uma mensagem que teve suporte bíblico no texto registado em Romanos 5.
Quando pecamos, afastamo-nos de Deus, pois o pecado (tudo aquilo que é contrário à vontade de Deus) separa-nos do Deus Santo. Porém, ao aceitarmos, pela fé, Jesus como nosso Salvador, somos justificados, isto é, somos declarados justos. O pecado torna-nos culpados perante Deus, mas, porque cremos que Jesus veio a este mundo para nos salvar, Deus, o Justo Juíz, declara-nos inocentes. Maravilhosa graça!
Sendo declarados justos, temos paz com Deus, a paz que só tem aquele que aceita Jesus com seu Salvador e que, portanto, tem a garantia de uma vida para além da terrena, num lugar onde tudo é alegria e gozo. Esta esperança deve ser a base da alegria do crente. Oxalá não façamos depender a nossa alegria de algo deste mundo, mas somente da salvação que Cristo conquistou para nós na cruz.
Romanos 5:3 contém uma declaração intrigante: "Também nos gloriamos nas tribulações". Como é possível gloriarmo-nos nas adversidades? Bem, I Tessalonicenses 5:18 afirma que devemos dar graças em tudo. Será fácil fazer isto? Não. De todo! Estamos sempre prontos para receber as bênçãos de Deus, mas nunca estamos prontos para o sofrimento que as tribulações nos trazem. Porém, é nos momentos de dificuldade que temos a oportunidade de mostrar que somos diferentes. As tribulações são um teste à nossa confiança no Pai Celestial. A nossa reacção perante os problemas mostra quem realmente somos.
Sabemos que as adversidades são inevitáveis, pois Jesus disse que teríamos aflições (João 16:33).
"A tribulação produz paciência"... Deus transforma-nos através das situações difíceis e Ele tem poder para fazer com que de algo negativo resulte algo positivo. A esperança que reina em nós de que um dia tudo passará deve animar-nos e ajudar-nos a enfrentar os obstáculos.
E, quando temos esperança, a confusão desaparece, pois estas não podem coexistir.
Ao longo da Bíblia, encontramos muitas pessoas que atingiram um patamar de confiança tal que podiam afirmar, quaisquer que fossem as circunstâncias em que se encontrassem: "Seja o que Deus quiser!" Estêvão, o primeiro mártir e os amigos de Daniel (Sadraque, Mesaque e Abdenego), que foram lançados num forno ardente são algumas das pessoas que revelaram uma confiança inabalável em Deus e que nos servem de inspiração.
A segunda parte do versículo 5 contém uma declaração tremenda: "o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado". Quando aceitamos Jesus como Salvador, Deus dá-nos o Espírito Santo, que nos dirige e nos mostra quando falhamos, levando-nos ao arrependimento.
O verso 6 enfatiza a grande obra que Cristo realizou nas nossas vidas. Ele morreu por nós quando ainda éramos fracos. Jesus morreu por todos (João 3:16), mas não nos devemos esquecer de que o Seu acto só tem efeito na vida daqueles que O aceitarem como Salvador. Aqueles que não o receberem na sua vida, não serão justificados e, portanto, quando partirem deste mundo, Deus não estará presente. Viverão para sempre afastados de Deus, num lugar onde haverá pranto e ranger de dentes (Mateus 13:50).
O versículo 10 afirma que nós, outrora inimigos de Deus, fomos reconciliados com Ele, através da morte de Jesus, que assumiu a nossa culpa. Contudo, esta reconciliação só será visível quando nos reconciliarmos com aqueles que nos rodeiam. O ministério da reconciliação foi dado a cada um de nós e devemos pô-lo em prática, independentemente de sermos culpados ou inocentes.
Muitas vezes, a nossa presumível inocência impede-nos de avançar no sentido da resolução dos conflitos, pois tendemos a alegar que se somos inocentes, não devemos ser nós a dar o primeiro passo. No entanto, se tivermos sempre em mente que Deus nos deu esse ministério, será mais fácil avançar. Além disso, como poderemos ter alegria se não estivermos reconciliados com os que nos rodeiam?
Há 3 pontos fundamentais a reter quando estivermos com dificuldades em nos reconciliarmos com alguém:
1) Devemos lembrar-nos de que não somos dignos da reconciliação com Deus e, no entanto, obtivemo-la. Como podemos achar que o outro não a merece se nós a obtivemos da parte do Deus Santo?
2) Deus agiu assim comigo, reconciliando-me com Ele. Porque não conseguimos nós reconciliar-nos com o nosso próximo?
3) Quando opto por não me reconciliar, onde é que está a acção do Espírito Santo na minha vida? Qual é a diferença entre mim e as pessoas que não têm Deus, que alimentam as zangas, em vez de enveredarem pelo caminho da reconciliação?
Coloquemos em prática o ministério da reconciliação. Não hesitemos em tomar a iniciativa, mesmo que sejamos inocentes. Lembremo-nos de que Deus é que veio ao nosso encontro, através de Jesus, a fim de nos reconciliar com Ele. A iniciativa foi dEle e não nossa e nós é que éramos os culpados.
Deus tem sempre o braço estendido na nossa direcção... Porque é que nós resistimos tanto a estendê-lo ao nosso próximo?
A não reconciliação perturba-nos, gera angústia e tristeza, pois Deus não perdoa a quem é incapaz de perdoar o seu próximo. "Mas em nada tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus" (Actos 20:24).
Oxalá tenhamos a coragem de deixar o orgulho de lado, cumprindo o ministério da reconciliação que nos foi confiado. Deixemos que Cristo viva em nós (Gálatas 2:20).

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