quarta-feira, 28 de julho de 2010

Culto de Estudo Bíblico...

Hoje, o estudo que o Pr. Jónatas Lopes nos trouxe baseou-se no texto bíblico registado em II Coríntios 4:7-18. No versículo 7, o apóstolo Paulo afirma o seguinte: "Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência seja de Deus, e não de nós". Que tesouro é este? É o Evangelho de Cristo, o qual temos o dever de anunciar. Porém, devemos ter sempre em mente que o mérito nunca é nosso. A excelência é de Deus! E é quando pensamos que algo não está ao nosso alcance, que o conseguimos realizar, porque é aí que o poder de Deus se manifesta. O poder de Deus aperfeiçoa-se na fraqueza (II Coríntios 12:9). O verso 8 mostra que todos nós temos problemas; todos nós sofremos tribulações. Esses problemas podem ser da mais variada natureza: trabalho, família, dinheiro, etc... E, às vezes, são muito difíceis de ultrapassar! Porém, Paulo afirma que somos atribulados, mas não angustiados. Isto é, se tivermos consciência daquilo que o poder de Deus pode operar, não nos angustiaremos. Porém, se acharmos que o poder está em nós, iremos certamente sentir angústia diante das dificuldades da vida. Paulo continua dizendo que "somos perplexos, mas não desanimados". Ou seja, não obstante a surpresa e até perplexidade que os problemas nos causam, nós não desanimamos. Perante grandes desafios, a nossa tendência natural é desistir. Mas, não o devemos fazer. Devemos enfrentar esses desafios, na força de Deus, pois o Seu poder não conhece limites!
Somos "perseguidos, mas não desamparados", diz-nos o versículo 9. Por norma, associamos perseguição a solidão. Contudo, Paulo declara que quem é perseguido por causa do Evangelho de Cristo, contará sempre com a presença de Deus. Estêvão, o primeiro mártir do Cristianismo, não esteve sozinho na hora da sua morte injusta. Momentos antes de ser apedrejado até à morte, Estêvão, "fixando os seus olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus" (Lucas 7:55). Recordemos uma das suas últimas frases: "Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus" (Lucas 7:56). Que afirmação tão bela! "Abatidos, mas não destruídos". Às vezes, vamos abaixo com as dificuldades que surgem no nosso caminho. Mas, pelo poder de Deus, conseguimos levantar-nos de novo. A presença de Deus na nossa vida impede que os problemas nos destruam. Poderemos ter várias derrotas, mas sabemos que a vitória é nossa: um dia, estaremos no Céu com o nosso Salvador e Senhor, Jesus Cristo!
Analisemos agora o versículo 10. O que significará a morte de Cristo na nossa vida? Jesus morreu para que os nossos pecados fossem perdoados. Logo, nós também deve perdoar os outros, porque quem não perdoar não será perdoado (Mateus 6:14-15). Infelizmente, muitas vezes, as nossas atitudes não dizem que somos de Jesus e até parece não haver qualquer diferença entre nós e aqueles que não têm Cristo na sua vida! Porém, nós devemos manifestar que pertencemos a Deus, tanto por palavras como pelas atitudes. O verso 15 diz que todas as coisas existem por amor de nós. Deus, por amor a nós, entregou o Seu único Filho, Jesus, para que pudéssemos ter a vida eterna. Amor incomparável!
No versículo 17, Paulo aconselha-nos a atentar para as coisas que não se vêem. Tendemos a crer mais naquilo que é visível. Queremos sempre as coisas visíveis. Mas, Paulo lembra-nos que as invisíveis é que são eternas. E Deus quer que trabalhemos primeiramente o nosso interior! Que assim seja.

domingo, 25 de julho de 2010

Um ano de "Espaço Rute"...

Hoje, celebrámos o primeiro aniversário da nossa Loja Social - Espaço Rute. E podemos afirmar convictamente: "Ebenezer! Até aqui nos ajudou o Senhor!". Recorde-se que este projecto nasceu com objectivo de responder a vários problemas sociais, existentes no concelho de Tondela e concelhos vizinhos. Para poderem beneficiar dos artigos da nossa Loja Social, as pessoas têm de preencher uma ficha de candidatura, onde nos fornecem alguns dados. A sua situação é, então, avaliada, e, se ficar provado que realmente necessitam de ajuda, passarão a obtê-la, numa base mensal. Neste momento, auxiliamos mais de 130 pessoas.
E, no dia em que comemoramos o primeiro ano de vida desta Loja Social, não poderíamos deixar de destacar a dedicação de um casal da nossa igreja a este trabalho: os irmãos Guilherme e Maria do Céu, principais responsáveis pelo "Espaço Rute". Importa igualmente mencionar a preciosa colaboração de um outro casal - os irmãos Otávio e Laura - não esquecendo a Irª Laurentina, que se mostra sempre disponível para ficar na loja quando os irmãos responsáveis não o podem fazer. De há umas semanas a esta parte, contamos também com a ajuda de uma outra voluntária - a jovem Isabel - que sentiu desejo de dar algum do seu tempo a este projecto, e que tem feito um excelente trabalho. Damos graças a Deus pela vida destas pessoas que, com o seu empenho e dedicação, fazem desta loja social uma realidade!
A mensagem da parte de Deus foi-nos trazida pelo nosso pastor José Lopes, que nos desafiou a abandonarmos o comodismo e a marcharmos para a glória de Deus. I Coríntios 9:16-17 foi o texto bíblico que serviu de base à mensagem. "Porque se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho! E, por isso, se o faço de boa mente, terei prémio; mas, se de má vontade, apenas uma dispensação me é confiada". Às vezes, temos medo de nos mostrarmos e não saímos de dentro das quatro paredes dos nossos templos. Mas, lembremo-nos que Deus nos pôs por cabeça e não por cauda (Deuteronómio 28:13). A Igreja de Cristo existe para anunciar o Evangelho àqueles que não o conhecem. No nosso texto bíblico, o apóstolo Paulo usa a expressão "Ai de mim". Paulo sentia dor por causa daqueles que não conheciam Deus, e que, portanto, jaziam nas trevas, sem qualquer esperança!
Então, a palavra de ordem é "marchar". Em primeiro lugar, temos que marchar motivados pelo amor de Deus. Paulo afirma que se nos disponibilizamos para servir a Deus, temos galardão! Porém, se não o fazemos de boa vontade, não teremos qualquer recompensa. Estes versículos mostram-nos que as nossas opções são "ir" e "ir"... Quer o façamos de boa vontade, quer seja de má vontade, somos chamados a ir anunciar o Evangelho de Cristo (Marcos 16:15). E, quando somos motivados pelo amor de Deus, ele faz-nos pular, ele faz-nos avançar!
Em 2º lugar, temos de marchar incentivados pelo amor ao próximo. Jesus disse que devemos amar ao nosso próximo como a nós mesmos (Mateus 22:39). Isto é, temos de nos colocar no lugar das outras pessoas. Temos de pensar que se fôssemos nós a estar no outro lado, gostaríamos que viessem até nós. A Igreja de Cristo é chamada a ir ao encontro daqueles que ainda não têm a salvação que Ele oferece! Não nos esqueçamos que há muitas misérias à nossa volta que precisam de ser anuladas pela nossa intervenção.
Em 3º lugar, devemos ter em mente que a nossa responsabilidade é semear. Muitas vezes queremos "colher" almas rendidas a Cristo, sem sequer termos semeado! É óbvio que tal não é possível. A lei da sementeira diz-nos que colheremos aquilo que semearmos. E aqui também entra a lei da proporcionalidade: a colheita será na mesma proporção da sementeira. Se semearmos muito, muito colheremos. Todavia, se semearmos pouco, pouco iremos colher! Quando uma Igreja vive exclusivamente para si, não está preparada para ir ao encontro das pessoas que não têm a esperança da vida eterna. Lembremos-nos que, fora da nossa zona de conforto, há problemas graves e não há solução para eles, pois Deus está ausente. Cabe-nos a nós, Igreja, ir ao encontro desses problemas, apresentando a solução: Jesus Cristo.
Por último, não fiquemos escravos dos resultados. Obviamente que devemos ter expectativas, mas lembremo-nos de que os resultados não são nossos. Não somos nós que temos de converter em fruto a nossa sementeira. Deixemos os resultados para o Espírito Santo, que é Quem convence do pecado, da justiça e do juízo.
O trabalho de divulgação da Palavra de Deus constitui um desafio para a Igreja de Cristo. Nós não poderemos ser totalmente felizes, enquanto houver pessoas infelizes ao nosso redor. E há tantas nesta condição! Há muita alma à espera que a Igreja acorde... É tempo de marchar! Marchemos juntos para a glória de Deus!
Visite o "Espaço Rute" no Facebook: http://www.facebook.com/?ref=home#!/pages/Loja-Social-Espaco-Rute/118098784885206. E, se quiser recordar a inauguração da nossa Loja Social, clique aqui...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Culto de Estudo Bíblico...

Ontem, no Culto de Estudo Bíblico, o Pr Jónatas Lopes começou por partilhar connosco um pouco da sua experiência no Acampamento de Jovens da Associação Baptista Açoriana, onde esteve como prelector convidado. Deus operou maravilhas durante aquela semana, na Ilha Terceira! Uma jovem entregou a sua vida a Cristo; alguns jovens reconsagraram a sua vida ao Senhor; e outros confirmaram a sua chamada para servir a Deus. A Ele toda a glória!
O estudo que o nosso pastor nos trouxe teve por base I Samuel 16:7. Este versículo bíblico diz o seguinte: "Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração". Nós não vemos como o Senhor Deus vê. Ele não nos vê como nós nos vemos a nós próprios. E, graças a Deus, que Ele também não vê as pessoas que nos rodeiam como nós, muitas vezes, as vemos! Quando Deus olha para nós, Ele vê-nos com amor. Ele deu o Seu Filho por nós, quando nós éramos ainda pecadores. É um amor incondicional o que ele tem por nós. Ou seja, Ele ama-nos independentemente das nossas atitudes e do nosso aspecto físico. Ao contrário de nós, que tendemos a valorizar a aparência exterior em detrimento do interior das pessoas, Deus só olha para o coração!
Quais serão as vantagens disto? Uma vez que Deus vê o nosso interior, Ele é conhecedor das nossas intenções. Assim, quando sofremos injustiças por parte dos que nos rodeiam, o facto de sabermos que Deus sabe como tudo se passou, traz-nos segurança e força. Porém, porque Deus conhece as nossas intenções, não o conseguimos enganar. Muitas vezes, aparentamos algo que não condiz com o que vai no nosso coração, e até conseguimos enganar aqueles que estão à nossa volta, mas jamais conseguiremos enganar Aquele que tudo vê!
Se Deus não atenta para o exterior, o que é que Ele quererá de nós? Coisas exteriores? Obviamente que não! Ele quer o melhor de nós: o nosso coração, o nosso ser interior. Busquemos, então, a orientação do Espírito Santo para que possamos sempre fazer bons "investimentos". Invistamos em pessoas e não em paredes, porque, para Deus, as pessoas é que são importantes. Foi por elas que Jesus morreu! Oxalá nós não vejamos as pessoas como os outros as vêem. Que as possamos ver da perspectiva de Deus: Perante Ele, eu nada sou, mas ele ama-me tanto! Qual é a explicação para isto? Graça. Amor inigualável.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Culto da tarde...

Ontem, no culto da tarde, a mensagem foi-nos trazida pelo irmão Valter Roque, que nos conduziu a uma reflexão sobre a oração-modelo, registada em Mateus 6:9-13. Certa vez, os discípulos de Jesus pediram-Lhe que os ensinasse a orar. É provável que na origem deste pedido tenha estado o facto de eles verem Jesus retirar-se, constantemente, para orar. Surge, então, a oração-modelo. Esta oração, tão pequena e simples, contém inúmeros ensinamentos!
A oração-modelo começa com a palavra "Pai", uma palavra carinhosa. Sabemos que há pessoas que não têm experiências muito boas com os pais terrenos, mas de um modo geral, associamos a palavra "pai" a segurança e amor. Esta oração leva-nos a pensar em Deus como pai, um pai que ama, um pai que também corrige, mas acima de tudo, um pai que se dá todos os dias. A seguir, aparece a palavra "nosso". É o reconhecimento de que Ele nos pertence. Deus é nosso Pai. Logo depois, surge a expressão "que estás no céu". Ou seja, Ele está acima de tudo e de todos; controla tudo; é soberano! O início da oração é, então, o reconhecimento de quem Deus é. Analisemos, agora, a expressão "santificado seja o Teu nome". O que significará isto? Em Levítico 10:3, o Senhor diz o seguinte: "serei santificado naqueles que se chegarem a mim". Então, quando afirmamos "santificado seja o Teu nome", estamos a dizer a Deus: "que a minha vida possa ser um tributo ao Teu nome Santo, que a minha vida dignifique o Teu nome". Porém, isto só é possível se estivermos sempre perto de Deus, isto é, se tivermos comunhão diária com Ele. "Venha o teu reino". Esta expressão da oração-modelo tem duplo sentido. Por um lado, refere-se ao reino futuro, que será perfeito, pois Deus reinará e será Senhor absoluto. Por outro lado, trata-se de um pedido para que o reino de Deus seja manifesto nas nossas vidas, de tal modo que possamos passar a mensagem da salvação aos que nos rodeiam. "Seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu". Esta é, provavelmente, a parte mais difícil da oração, pois nem sempre a vontade de Deus coincide com a nossa. No Getsêmani, por se estar a aproximar o momento da Sua morte, em que Ele carregaria com o pecado de toda a humanidade, Jesus angustiou-se de tal forma que suplicou ao Pai: "se queres, passa de mim este cálice". Mas, logo de seguida, diz: "todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua". (Lucas 22:41) Fazer uma afirmação destas requer coragem. Porém, sabemos que Deus tem sempre o melhor para a vida dos Seus filhos. Logo, não devemos hesitar em pedir-lhe que seja a Sua vontade a prevalecer! Às vezes, não compreendemos a vontade de Deus, mas ela é mesmo o melhor para nós, pois sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus (Romanos 8:28). E aqui a palavra "juntamente" faz toda a diferença. Muitas vezes, um peça isolada não faz qualquer sentido, mas, em conjunto com outras, faz. No entanto, poderemos nunca vir a entender uma ou outra situação e, à semelhança de Paulo, teremos de conviver com um determinado "espinho na carne" (II Coríntios 12:7). Porém, o que Deus disse a Paulo, também é válido para nós: "A minha graça te basta..." (II Coríntios 12:9)
"O pão nosso de cada dia nos dá hoje". Aqui, reconhecemos que é Deus que provém o alimento e tudo o que precisamos. Ele é o sustentador das nossas vidas. Também devemos pedir "pão" para os outros e, às vezes, também podemos ser nós próprios a dar. Recordemos o que Jesus disse aos Seus discípulos, quando estes lhe pediram para despedir as pessoas que O ouviam, para que fossem procurar comida: "Dai-lhes vós de comer". (Lucas 9:13) Oxalá nós também sejamos instrumentos! "E perdoa-nos as nossas dívidas". Isto é o reconhecimento de que precisamos que os nossos pecados sejam perdoados. O próprio Jesus declarou ser imprescindível reconciliarmo-nos uns com os outros (Mateus 5:23). "Assim como nós perdoamos aos nossos devedores". Nem sempre é fácil perdoarmos a quem nos fez muito mal, mas é o que devemos fazer. Oxalá não sejamos como o servo impiedoso da parábola registada em Mateus 18:21-35! "E não nos induzas à tentação". A nossa vida espiritual é uma luta diária para não cedermos às tentações. E só conseguiremos resistir se nos revestirmos da armadura de Deus, descrita em Efésios 6:10-18. "Mas livra-nos do mal". Façamos esta petição diariamente, não só em relação a nós próprios, mas também à nossa família. "Porque Teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre". Ao afirmarmos isto, estamos a reconhecer a soberania e a omnipotência de Deus e que é a Ele que pertence toda a glória! Oxalá desejemos aprofundar, a cada dia, a nossa intimidade com Deus, através da oração!

domingo, 11 de julho de 2010

EBD...

"Que dons espirituais posso usar?". Este foi o tema da nossa lição da Escola Dominical. I Coríntios 12:4-10 foi o texto bíblico que lhe serviu de base. Importa, em primeiro lugar, definir a palavra "dom"... O que é um dom? É uma capacidade dada pelo Espírito Santo. No original é "graça". Dom é um talento, cuja proveniência é a graça divina. Então, se provêm de Deus, não devo fazer com os meus dons aquilo que eu quero. Sou mordomo. Tenho a obrigação de os administrar da melhor forma, colocando-os ao serviço de Deus. Há duas questões que se impõem aqui: "Já descobri os meus dons?" e "Que dons é que eu tenho usado?" Mas, como é que eu sei se tenho determinado dom? Experimentando se sou capaz de fazer determinado serviço... Todos temos dons. Deus tem muitos dons para dar à Sua Igreja. Porquê? Porque é na diversidade que está a riqueza. Somos um universo de diferenças e o nosso Deus tem que nos capacitar de acordo com essas diferenças. I Coríntios 12:7 afirma: "Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil". Quando personalizo este versículo bíblico, percebo que ninguém escapa de lhe ter sido atribuído pelo menos um dom. Ou seja, o nosso Deus dá a cada um de nós pelo menos um dom, para que sejamos úteis na Sua obra. E Ele é Senhor. É soberano! Por isso, tem todo o direito de me pedir o que quer que seja. E eu devo dar-Lhe sempre o meu melhor. Porém, isto só será possível se eu tiver sempre em mente que tudo o que fizer é para honra e glória de Deus!
Já sei qual é o meu dom? Se não sei, estou interessado em descobri-lo? Tenho sido um bom mordomo dos meus dons? Quando lemos I Coríntios 12:11-13; 18-19, surge outra questão: "Quem é que tem o dom mais importante?" Às vezes, desvalorizamos os dons dons que Deus nos deu. Tendemos a compararmo-nos com os outros. Por vezes, até achamos que os nossos dons não são tão significativos e que não somos necessários na Igreja. Mas, dispensaríamos algum membro do nosso corpo? Neste texto bíblico, Paulo, falando metaforicamente, diz que a Igreja de Cristo é um corpo. Logo, precisa de todos os membros. Ninguém é insignificante na Igreja de Cristo. Todos são úteis! Contudo, se algum membro da igreja cruza os braços e não faz o que era suposto fazer, os outros ficam sobrecarregados, pois, além de desempenharem a sua própria função, terão de fazer o trabalho que pertencia a outros. Infelizmente, alguns escondem os seus talentos e não os põem a render (Lucas 19:12-27). Não esqueçamos que somos mordomos dos dons que Deus nos concedeu e, mais dia, menos dia, teremos de dar contas ao Senhor. Coloquemos esse talentos ao serviço do nosso Deus!
Hoje também tivemos a honra de receber, na nossa igreja, três irmãos da Igreja Baptista de Mântova e Milão, na Itália: O Pr. Fábio, o Pr. Edvaldo e o Ir. Paulo.
O Pr. Fábio começou por nos fazer uma breve descrição histórica de Mântova, uma cidade com mais de 3 mil anos de existência e cerca de 60 mil habitantes. Habitada inicialmente pelos Etruscos, o nome da cidade deriva do nome de um "deus" daquele povo: "Mantus dos Infernos"...
O Pr. Fábio também nos contou um pouco da história da Igreja Baptista de Mântova, que foi organizada com apenas 17 membros, todos brasileiros. Ao longo dos últimos 8 anos, o Senhor acrescentou muitos à Sua Igreja naquela cidade. Actualmente, são 200 membros e de 15 nacionalidades! A Igreja de Mântova decidiu, desde cedo, ser uma igreja missionária. Quatro anos depois, estabeleceram as primeiras duas igrejas-filhas, uma das quais em Milão. Têm ainda trabalhos abertos em mais 2 locais.
A Igreja está a construir aquele que será o primeiro templo evangélico da cidade de Mântova.
"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor". Este versículo bíblico, que se encontra registado em I Coríntios 15:58, tem servido de base ao trabalho da Igreja de Mântova. O Pr. Fábio relembrou-nos que, se quisermos servir ao Senhor, precisamos de firmeza e constância. Temos de abundar na Obra do Senhor, sem nos preocuparmos com os resultados, pois eles vêm através da acção do Espírito Santo. O nosso trabalho não é vão no Senhor, afirma a Palavra de Deus. No entanto, ele deve ser feito com os olhos fixos no Senhor. A Obra de Deus, feita à maneira de Deus, conta sempre com os recursos de Deus. Ele dá a provisão! Assim, devemos ser firmes e constantes na Palavra, não cedendo às tendências seculares. Quando a igreja honra a Palavra de Deus, que permanece para sempre, Deus honra a obra. Deus abençoa! Também devemos ser firmes e constantes com o nosso testemunho de vida. O que é que os nossos vizinhos e colegas de trabalho pensam de nós? O Evangelho é, primeiramente, pregado com a nossa vida... só depois, com palavras! O Evangelho não vai tocar mais na vida dos outros do que tocou em nós. Se nos tocou profundamente, se nos transformou, também vai ter esse efeito na vida dos outros... Precisamos de ser apaixonados por Jesus. Caso contrário, ser-nos-á muito difícil caminhar com Ele. Como é que age uma pessoa apaixonada? Quer falar com a pessoa amada constantemente; faz os quilómetros que forem necessários para estar com ela, faça Sol ou faça chuva! É assim que deve ser a nossa relação com Deus. Devemos servi-lo independentemente das circunstâncias. A Palavra de Deus afirma que é maldito aquele que faz a obra do Senhor negligentemente (Jeremias 48:10). E quando é que isto acontece? Quando não damos prioridade à Obra do Senhor Deus. Quando só nos dedicamos ao Seu serviço, se nos sobrar tempo de outras actividades...
Ouvimos ainda o testemunho do Ir. Paulo, que entregou a sua vida a Cristo há cerca de 2 anos. Após alguma resistência, um dia, ele reconheceu que precisava da salvação. Actualmente, é diácono na Igreja de Mântova e líder no trabalho de evangelização. O nosso irmão falou-nos da dificuldade de evangelizar em Itália, um país com apenas 0,5% de Cristãos Evangélicos. Segundo o Ir. Paulo, as pessoas crêem num só "deus", o dinheiro! Não obstante as dificuldades de se anunciar o Evangelho numa sociedade materialista, os nossos irmãos, na cidade de Mântova, não se sentem desencorajados, pois estão conscientes que a sua tarefa é falar da Palavra de Deus diariamente. O restante trabalho é do Espírito Santo, que é quem convence do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8). Os textos bíblicos registados em Mateus 28:18-20 e Marcos 16:15 são a mola impulsionadora do trabalho de evangelização daquela amada Igreja.
Sentimo-nos muito abençoados com a presença dos nossos queridos irmãos e os nossos corações rejubilaram com o que ouvimos. Deus tem feito maravilhas no meio do Seu povo na cidade italiana de Mântova! A Ele toda a glória!

domingo, 4 de julho de 2010

Culto de Ceia e EBD...

Hoje, por ser o primeiro Domingo do mês, tivemos o Culto de Ceia do Senhor. Porém, antes, realizou-se a Escola Dominical. A lição baseou-se em I Coríntios 8:1-13, que fala do cuidado que devemos ter em não escandalizarmos os outros com as nossas atitudes. Quando é que escandalizamos alguém? Quando fazemos algo que leva essa pessoa a desviar-se de Deus. O texto bíblico mostra-nos que a chave para a vida cristã não é o muito conhecimento que eventualmente possuamos, mas, sim, o nosso amor para com Deus e, consequentemente, para com os nossos irmãos. Possuir conhecimento é bom, mas, às vezes, tornamo-nos "inchados", isto é, arrogantes e altivos. Aquilo que realmente nos edifica é o amor! O amor ao nosso pai Celestial e aos nossos irmãos... Não esqueçamos que fomos criados para a glória do nosso Deus. Então, quando é que O glorificamos? Quando O amamos acima de todas as coisas. Se amamos a Deus, logo amamos o nosso próximo! Infelizmente, as nossas atitudes nem sempre revelam amor, pois muitas vezes só ajudamos os outros se isso não colidir com a nossa agenda, se não vier a alterar os nossos planos. Por outras palavras, se não me incomodar muito. Será isto amor genuíno?
O versículo 9 alerta-nos para o facto de a nossa liberdade poder vir a ser escândalo para os outros. Importa aqui comparar os conceitos "liberdade" e "libertinagem", os quais são muitas vezes confundidos. Deus concede-nos liberdade, mas para agirmos dentro dos Seus princípios, ou seja, de acordo com a Sua vontade. Deus ama-nos e, por isso, define limites para a nossa vida. Libertinagem é sinónimo de uma vida sem limites; é agir sem nos preocuparmos se as nossas acções vão ter implicações negativas na vida dos outros... I Coríntios 10.23 ("Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas me convêm, mas nem todas as coisas edificam") mostra-nos que temos liberdade total, mas, diante do nosso Deus, há limites. Quem ama impõe limites! Devemos afastar-nos das coisas que não edificam. Assim, antes de agir, devemos colocar a questão: "Isto agrada a Deus?" A resposta a esta pergunta deverá determinar as nossas acções.
I Coríntios 10.24 afirma o seguinte: "Ninguém busque o proveito próprio; antes cada um o que é de outrem". Este versículo parece não fazer qualquer sentido na sociedade actual, onde imperam o egoísmo e o egocentrismo. Quem é que, nos dias que correm, busca mais os interesses dos outros do que os próprios? Porém, se nós, Cristãos, estivermos ligados através do amor de Deus, isto é possível. Eu busco os interesses dos outros e os meus próprios interesses também estão asssegurados, pois os outros preocupam-se com eles. E isto refere-se tanto às necessidades materiais como às espirituais. Isto é ser Comunidade, é ser Igreja...
Resumindo: Devemos glorificar a Deus em tudo o que fazemos. Devemos ter cuidado para que o nosso comportamento não escandalize os outros; para que as nossas acções não os levem a afastar-se de Deus. A nossa prioridade não deve ser buscar o nosso próprio interesse, mas o do nosso próximo.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Culto de Estudo Bíblico

O Estudo desta semana incidiu sobre Gálatas 6. O versículo 1 aconselha-nos a, caso seja necessário, corrigir as pessoas com brandura e com respeito. Se somos espirituais, isto é, se temos o Espírito Santo a habitar em nós, não será difícil agir assim. Até porque sabemos que somos falíveis e, a qualquer momento, podemos estar na posição em que precisaremos de ser admoestados!
O verso 2 diz-nos para levarmos as cargas uns dos outros e afirma que, se o fizermos, cumpriremos a lei de Cristo. Qual é a lei de Cristo? É amarmo-nos uns aos outros. E o que significa "levar as cargas uns dos outros"? É darmos de nós, do nosso tempo e até dos nossos recursos... É chorarmos com os que choram (Romanos 12:15). Muitas vezes, pensamos que a nossa carga já é suficientemente pesada, mas, se vivermos em comunidade, ajudaremos os outros a levar as suas cargas e eles também nos ajudarão a levar as nossas. Devemos fazer sacrifícios pelos nossos irmãos. Devemos ser capazes de sair da nossa "zona de conforto" e não dar apenas o que nos sobeja!
O versículo 3 afirma que se pensamos que somos alguma coisa, enganamo-nos! De facto, não somos nada diante do nosso Deus. Mas, mesmo assim , Ele ama-nos tanto!
Resumindo, o texto bíblico mostra-nos a necessidade de existir um auxílio mútuo na Igreja de Cristo. Temos a responsabilidade de amar o nosso Deus e os nossos irmãos, ajudando-nos uns aos outros.