segunda-feira, 19 de julho de 2010

Culto da tarde...

Ontem, no culto da tarde, a mensagem foi-nos trazida pelo irmão Valter Roque, que nos conduziu a uma reflexão sobre a oração-modelo, registada em Mateus 6:9-13. Certa vez, os discípulos de Jesus pediram-Lhe que os ensinasse a orar. É provável que na origem deste pedido tenha estado o facto de eles verem Jesus retirar-se, constantemente, para orar. Surge, então, a oração-modelo. Esta oração, tão pequena e simples, contém inúmeros ensinamentos!
A oração-modelo começa com a palavra "Pai", uma palavra carinhosa. Sabemos que há pessoas que não têm experiências muito boas com os pais terrenos, mas de um modo geral, associamos a palavra "pai" a segurança e amor. Esta oração leva-nos a pensar em Deus como pai, um pai que ama, um pai que também corrige, mas acima de tudo, um pai que se dá todos os dias. A seguir, aparece a palavra "nosso". É o reconhecimento de que Ele nos pertence. Deus é nosso Pai. Logo depois, surge a expressão "que estás no céu". Ou seja, Ele está acima de tudo e de todos; controla tudo; é soberano! O início da oração é, então, o reconhecimento de quem Deus é. Analisemos, agora, a expressão "santificado seja o Teu nome". O que significará isto? Em Levítico 10:3, o Senhor diz o seguinte: "serei santificado naqueles que se chegarem a mim". Então, quando afirmamos "santificado seja o Teu nome", estamos a dizer a Deus: "que a minha vida possa ser um tributo ao Teu nome Santo, que a minha vida dignifique o Teu nome". Porém, isto só é possível se estivermos sempre perto de Deus, isto é, se tivermos comunhão diária com Ele. "Venha o teu reino". Esta expressão da oração-modelo tem duplo sentido. Por um lado, refere-se ao reino futuro, que será perfeito, pois Deus reinará e será Senhor absoluto. Por outro lado, trata-se de um pedido para que o reino de Deus seja manifesto nas nossas vidas, de tal modo que possamos passar a mensagem da salvação aos que nos rodeiam. "Seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu". Esta é, provavelmente, a parte mais difícil da oração, pois nem sempre a vontade de Deus coincide com a nossa. No Getsêmani, por se estar a aproximar o momento da Sua morte, em que Ele carregaria com o pecado de toda a humanidade, Jesus angustiou-se de tal forma que suplicou ao Pai: "se queres, passa de mim este cálice". Mas, logo de seguida, diz: "todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua". (Lucas 22:41) Fazer uma afirmação destas requer coragem. Porém, sabemos que Deus tem sempre o melhor para a vida dos Seus filhos. Logo, não devemos hesitar em pedir-lhe que seja a Sua vontade a prevalecer! Às vezes, não compreendemos a vontade de Deus, mas ela é mesmo o melhor para nós, pois sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus (Romanos 8:28). E aqui a palavra "juntamente" faz toda a diferença. Muitas vezes, um peça isolada não faz qualquer sentido, mas, em conjunto com outras, faz. No entanto, poderemos nunca vir a entender uma ou outra situação e, à semelhança de Paulo, teremos de conviver com um determinado "espinho na carne" (II Coríntios 12:7). Porém, o que Deus disse a Paulo, também é válido para nós: "A minha graça te basta..." (II Coríntios 12:9)
"O pão nosso de cada dia nos dá hoje". Aqui, reconhecemos que é Deus que provém o alimento e tudo o que precisamos. Ele é o sustentador das nossas vidas. Também devemos pedir "pão" para os outros e, às vezes, também podemos ser nós próprios a dar. Recordemos o que Jesus disse aos Seus discípulos, quando estes lhe pediram para despedir as pessoas que O ouviam, para que fossem procurar comida: "Dai-lhes vós de comer". (Lucas 9:13) Oxalá nós também sejamos instrumentos! "E perdoa-nos as nossas dívidas". Isto é o reconhecimento de que precisamos que os nossos pecados sejam perdoados. O próprio Jesus declarou ser imprescindível reconciliarmo-nos uns com os outros (Mateus 5:23). "Assim como nós perdoamos aos nossos devedores". Nem sempre é fácil perdoarmos a quem nos fez muito mal, mas é o que devemos fazer. Oxalá não sejamos como o servo impiedoso da parábola registada em Mateus 18:21-35! "E não nos induzas à tentação". A nossa vida espiritual é uma luta diária para não cedermos às tentações. E só conseguiremos resistir se nos revestirmos da armadura de Deus, descrita em Efésios 6:10-18. "Mas livra-nos do mal". Façamos esta petição diariamente, não só em relação a nós próprios, mas também à nossa família. "Porque Teu é o reino, e o poder, e a glória, para sempre". Ao afirmarmos isto, estamos a reconhecer a soberania e a omnipotência de Deus e que é a Ele que pertence toda a glória! Oxalá desejemos aprofundar, a cada dia, a nossa intimidade com Deus, através da oração!

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