terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Culto da tarde...

Baseando a sua mensagem em Actos 9, o capítulo que contém o relato da conversão de Saulo, o Pr. Jónatas Lopes pregou sobre o amor incondicional de Deus. É-nos muito difícil entender o amor de Deus para connosco. Porque é que Ele nos ama tanto se nós falhamos constantemente? Quem ama verdadeiramente não impõe condições. Ama, simplesmente... É desta forma que Deus nos ama. Não nos esqueçamos que não há nada que nos possa separar do amor de Deus (Romanos 8).

Saulo era conhecido como aquele que perseguia e matava os Cristãos. Este era o seu trabalho e ele fazia-o com um zelo incrível. E foi precisamente durante o cumprimento desta sua "missão" que teve início o processo da sua conversão. Dirigia-se para Damasco, a fim de prender todos aqueles que seguissem a Jesus, quando é cercado por uma luz intensa vinda do Céu, que o deixou sem conseguir ver. E eis que uma voz ecoa: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" Repleto de espanto e, provavelmente, também de medo, Saulo pergunta: "Quem és, Senhor?" "Sou Jesus, a quem tu persegues". - é a resposta que ele obtém. Que lição que Jesus nos dá aqui, aproximando-se de quem Lhe queria mal. Jesus ordena-nos que amemos os nossos inimigos, pois é este tipo de amor - incondicional - que Ele também tem por nós.

É de notar que, após o seu contacto com Jesus, Saulo deixou de ver. O contacto com o esplendor e a glória de Deus foi tão forte que ele ficou cego, ainda que temporariamente. Além disso, durante três dias não comeu nem bebeu. Um encontro com Deus tem efeitos surpreendentes. É impossível não sermos transformados quando nos encontramos com Jesus.

No versículo 10, lemos que o Senhor, em visão, falou com o discípulo Ananias, ordenando-lhe que fosse orar por Saulo para que este fosse curado. É de notar a reacção de Ananias quando ouve a voz do Senhor. Ele responde prontamente: "Eis-me aqui, Senhor". Oxalá ele nos sirva de exemplo e que também possamos sempre responder a Deus, sem impormos quaisquer condições: "Estou à tua disposição, Senhor!"
Ananias ficou surpreendido com o pedido que o Senhor lhe fez e relembra-Lhe que Saulo é perseguidor dos Cristãos. O facto de Jesus demonstrar amor e compaixão para com alguém que O perseguia e matava os Seus seguidores causou um espanto enorme em Ananias. Não temos nós, muitas vezes, uma reacção semelhante? Quantas vezes não perguntamos nós a Deus como é possível que Ele quer que amemos determinada pessoa que nos causou dano! Tendemos a argumentar com Deus, dizendo que essa pessoa não é merecedora, que não é digna... E nós, seremos dignos do amor incondicional do nosso Deus? É óbvio que não. Ninguém merece tal amor, mas por causa da imensa graça de Deus, somos alvo desse amor inigualável.
A atitude de Ananias deve fazer-nos reflectir: Quantas vezes não somos nós também barreiras à graça e ao amor de Deus?
Perante os argumentos de Ananias, o Senhor diz-lhe que Saulo é um "vaso escolhido" por Si para anunciar o Evangelho e que haveria de padecer por causa disso. Ainda hoje é assim. Todos aqueles que decidem dedicar a sua vida ao serviço de Deus, sofrem das mais variadas formas.

A transformação da vida de Paulo (Deus até lhe mudou o nome!) foi tremenda e prova-nos que Deus tem poder para transformar a vida de qualquer um, até a daquelas pessoas para as quais julgamos não haver solução.

O Senhor, através de Ananias, curou Paulo da cegueira. Mas, mais importante do que a cura física, foi a cura espiritual. Paulo, outrora incansável a perseguir os Cristãos, colocou esse zelo ao serviço de Deus, levando o Evangelho a todos os povos e nações do mundo de então. Deus ama e transforma. Nos momentos difíceis, quando estivermos a atravessar os desertos da vida, lembremo-nos do amor incondicional do Pai Celeste, um amor indescritível, tão grande que O levou a entregar o Seu Filho para morrer por nós.

Resumindo: Oxalá não sejamos como Ananias, barreiras à graça e ao amor de Deus e, nas adversidades, lembremo-nos que, às vezes, Deus permite que cheguemos ao limite das nossas forças a fim de testar se estamos firmados na Rocha ou na areia. Não nos esqueçamos que o diabo é astuto e que trabalha das mais variadas formas para nos afastar da comunhão com Deus. Às vezes, para nos atormentar, ele até nos traz à memória um pecado antigo. E nós, não obstante sabermos que já fomos perdoados, ficamos perturbados...

Oxalá estejamos firmados na Rocha, que é Jesus, confiantes no amor inabalável do nosso Deus!

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