segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Culto da tarde...

A mensagem da parte de Deus foi-nos trazida pelo Ir. Valter Roque, que pregou sobre mãos, as mãos de Deus e as nossas próprias mãos. Na transição de ano, é inevitável fazer-se uma retrospectiva do ano que termina. E, durante esse processo, talvez seja pertinente perguntarmo-nos: "Consigo reconhecer a mão de Deus na minha vida, quando olho através do espelho retrovisor? Às vezes, no momento em que algo sucede, não conseguimos identificar a acção da mão de Deus na nossa vida, mas algum tempo depois (dias, meses ou até anos), olhando para trás, ela torna-se mais visível. Então, ao reflectirmos sobre os caminhos pelos quais Deus nos conduziu só podemos regozijar-nos pela forma como Ele o fez.

No entanto, na nossa vida, não podemos olhar só para trás; também temos que olhar para a frente. E, aquilo que está diante de nós, muitas vezes não é muito claro. Assim, talvez devamos seguir o exemplo de Davi, orando: "Senhor (...) aplana diante de mim o Teu caminho" (Salmos 5:8). Quando olhamos para o caminho à nossa frente - a nossa vida - tendemos a pedir a Deus que aplane o nosso caminho. Davi sabia que não era essa a oração que devia fazer. Oxalá nós também peçamos a Deus que nos ajude a andar sempre no Seu caminho e não no nosso...

Também tendemos a pensar que Deus se esqueceu de nós quando as coisas não são muito claras. Mas, terá esse pensamento qualquer fundamento? Isaías 49:14-16 mostra-nos que não. O Senhor Deus jamais se esquecerá de nós. Tem-nos gravados na palma das Suas mãos. Ao encarar o novo ano, olhemos pelo espelho retrovisor da nossa vida e contemplemos as mãos de Deus!

Mas, se é importante olharmos para o passado e ver o que Deus fez, também o é pensarmos no presente e no futuro, que será aquilo que Deus quiser.
Analisemos a vida de Moisés, que começou de forma pouco convencional.
Por ser filho de Hebreus que estavam no Egipto, ele era um alvo a abater, pois Faraó decretara que todos os meninos Hebreus que nascessem no seu país não deveriam viver, pois o rei temia que o povo Hebreu se tornasse mais numeroso e, consequentemente, mais poderoso do que o povo Egípcio. Contudo, Deus poupou-lhe a vida e Deus deu-lhe a possibilidade de viver no seio da família mais poderosa do mundo de então, precisamente o Palácio de Faraó. Porém, esta estabilidade terminou quando Moisés, defendendo um homem do seu povo, matou um Egípcio.
Para continuar vivo, Moisés viu-se obrigado a fugir para o deserto de Midiã. Então, um dia, Deus aparece-lhe e propõe-lhe um grande desafio: tirar o povo de Israel da servidão em que se encontrava no Egipto.
Surpreendido, Moisés usando de toda a sua sinceridade, expõe as suas fraquezas, mostra preocupação, revela medo perante a tarefa que Deus lhe atribuía... Mostra que tem plena consciência das suas limitações. Então, no meio de todos os argumentos de Moisés, que não desistia de tentar justificar-se para não aceitar a missão que Deus lhe dava, Deus faz-lhe uma pergunta: "Que tens na tua mão?" (Êxodo 4:2). E, assim, Deus desvia a atenção de Moisés das suas preocupações para a colocar naquilo que estava à sua frente, a vara. Uma simples vara que até foi ridicularizada pelos Egípcios, mas que em breve faria algo que os Egípcios não foram capazes de fazer: abriu o Mar Vermelho. O pouco que nós temos na nossa mão, colocado à disposição de Deus, produzirá maravilhas!

O que é que temos na mão? Davi tinha apenas uma funda, quando enfrentou o Gigante Golias (I Samuel 17), mas isso não o impediu de o vencer.

Sansão tinha apenas uma queixada de jumento e com ela feriu mil Filisteus (Juízes 15:15).

A viúva de Sarepta tinha apenas um punhado de farinha e um pouco de azeite, mas usou o pouco que tinha como Elias lhe ordenou e o azeite e a farinha nunca mais lhe faltaram (I Reis 17:12-16).

Na primeira multiplicação do pão, realizada por Jesus, um menino tinha apenas 5 pães e 2 peixes. No entanto, vários milhares de pessoas acabariam por ser alimentadas, tendo ainda sobrado 12 cestos de pão (Mateus 14:13-21).

Tabita tinha apenas uma agulha e é referenciada como uma pessoa de boas obras (Actos 9:36-39).

Os primeiros discípulos tinham apenas uma rede, mas, após uma noite inteira sem apanharem um único peixe, acabariam por assistir a uma pesca milagrosa. Isto, porque deram ouvidos ao que Jesus lhes disse e, num acto de fé e obediência, agiram exactamente como Ele lhes ordenara (Lucas 5:1-11). Que lição para nós! Não obstante a frustração que eles certamente sentiam, eles resolveram obedecer a Jesus e o milagre aconteceu! E isto teve uma consequência imediata: eles deixaram tudo para seguir Jesus.

Oxalá entreguemos a Deus o que temos nas nossas mãos (os nossos dons e talentos). Quando o fazemos, as mãos de Deus entram em acção e coisas maravilhosas acontecem.

Neste novo ano, reconheçamos a mão de Deus na nossa vida; entreguemos o que temos nas mãos de Deus e aguardemos os Seus milagres.


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