Naamã, chefe do exército do rei da Síria estava a padecer de uma grave enfermidade. Estava leproso. Então, uma menina, serva da sua mulher, sugeriu-lhe que fosse ter com o profeta Eliseu para que Deus, através dele, o curasse.
"Eis que agora sei que em toda a terra não há Deus senão em Israel" - declarou Naamã quando recebeu a cura. Muitas vezes, nós também somos assim, precisamos de ver Deus actuar para realmente crermos no Seu poder. E quantas vezes não ousamos dizer: "Se de facto existes, cura-me e dá-me isto ou aquilo!"
Geazi, o criado de Eliseu teve uma atitude oposta à do profeta. Deixou-se seduzir pelos presentes que Naamã trazia e viu ali uma bela oportunidade de negócio. Que contraste! Eliseu viu uma oportunidade de mostrar a graça de Deus e Geazi revelou ser ambicioso, vendo ali uma oportunidade de lucro. Geazi é a confirmação de que pecado gera pecado. Ele começou por ter pensamentos de ganância e logo a seguir mentiu. Pecado sem arrependimento genuíno cria um ciclo vicioso de pecado. Oxalá não entremos nele! Nos versículo 22 e 23, vemos que Geazi pediu um talento de prata, mas Naamã foi muito generoso e ofertou-lhe dois. Geazi revela ser uma pessoa muito habilidosa, o que nos leva a pensar que ele talvez já estivesse muito habituado a fazer coisas do género. Ele arquitectou um plano que julgou infalível.
Quando Eliseu lhe perguntou onde tinha estado, ele mentiu... Esqueceu-se que Eliseu era profeta e que Deus estava com Ele. Geazi mostra que não sabia com quem estava a lidar. Ele nem sequer sabia quem era Deus. Isto também acontece com muitas pessoas que vão à Igreja com frequência e que até se envolvem em diversas actividades. Simplesmente não conhecem a Deus!
Se ao menos Geazi tivesse agido desta forma com o intuito de usar aquele dinheiro para ajudar alguém em necessidade... Apesar de ainda ser uma atitude errada e, portanto, condenável, teria sido bem melhor do que o fazer para proveito próprio. Ele foi movido pela ganância, mas rapidamente descobriu que Deus é um Deus justo e que se ira contra o mal. Geazi recebeu como castigo a doença de que Naamã tinha sido curado, a lepra. E o castigo não se destinou apenas a si, mas também à sua descendência.
Saulo era conhecido como aquele que perseguia e matava os Cristãos. Este era o seu trabalho e ele fazia-o com um zelo incrível. E foi precisamente durante o cumprimento desta sua "missão" que teve início o processo da sua conversão. Dirigia-se para Damasco, a fim de prender todos aqueles que seguissem a Jesus, quando é cercado por uma luz intensa vinda do Céu, que o deixou sem conseguir ver. E eis que uma voz ecoa: "Saulo, Saulo, por que me persegues?"
Repleto de espanto e, provavelmente, também de medo, Saulo pergunta: "Quem és, Senhor?"
"Sou Jesus, a quem tu persegues". - é a resposta que ele obtém.
Que lição que Jesus nos dá aqui, aproximando-se de quem Lhe queria mal. Jesus ordena-nos que amemos os nossos inimigos, pois é este tipo de amor - incondicional - que Ele também tem por nós.
É de notar que, após o seu contacto com Jesus, Saulo deixou de ver. O contacto com o esplendor e a glória de Deus foi tão forte que ele ficou cego, ainda que temporariamente. Além disso, durante três dias não comeu nem bebeu. Um encontro com Deus tem efeitos surpreendentes. É impossível não sermos transformados quando nos encontramos com Jesus.
A transformação da vida de Paulo (Deus até lhe mudou o nome!) foi tremenda e prova-nos que Deus tem poder para transformar a vida de qualquer um, até a daquelas pessoas para as quais julgamos não haver solução.
O Senhor, através de Ananias, curou Paulo da cegueira. Mas, mais importante do que a cura física, foi a cura espiritual. Paulo, outrora incansável a perseguir os Cristãos, colocou esse zelo ao serviço de Deus, levando o Evangelho a todos os povos e nações do mundo de então. Deus ama e transforma. Nos momentos difíceis, quando estivermos a atravessar os desertos da vida, lembremo-nos do amor incondicional do Pai Celeste, um amor indescritível, tão grande que O levou a entregar o Seu Filho para morrer por nós.
Resumindo: Oxalá não sejamos como Ananias, barreiras à graça e ao amor de Deus e, nas adversidades, lembremo-nos que, às vezes, Deus permite que cheguemos ao limite das nossas forças a fim de testar se estamos firmados na Rocha ou na areia. Não nos esqueçamos que o diabo é astuto e que trabalha das mais variadas formas para nos afastar da comunhão com Deus. Às vezes, para nos atormentar, ele até nos traz à memória um pecado antigo. E nós, não obstante sabermos que já fomos perdoados, ficamos perturbados...
Oxalá estejamos firmados na Rocha, que é Jesus, confiantes no amor inabalável do nosso Deus!
Já tinha ocorrido a divisão entre Israel e Judá. Josias era bisneto de Ezequias, que também foi um bom rei, mas também era neto de Manassés, que reinara durante 55 anos e cuja governação fora catastrófica. Josias era filho de Amon, cujo curto reinado - apenas 2 anos - também se revelou uma autêntica desgraça.
Com o auxílio de II Crónicas 34, analisemos o "background" de Josias:
Mas, será que Josias se contentou com isso? Será que lhe bastou saber que ele não teria de enfrentar essas maldições, apenas as gerações vindouras? II Reis 23:1-3,10 responde a estas questões. Josias não se conformou. Ao invés disso, assumiu a sua responsabilidade como rei e líder espiritual e convocou todo o povo para ouvirem a Palavra do Senhor. Ele não guardou a informação só para si. Partilhou-a com todos... E não se ficou por aí. Exortou o povo ao arrependimento, apelando-lhes que se voltassem para Deus com todo o seu coração e com toda a sua alma.
A amada Igreja Baptista de Mangualde, que é pastoreada pelo Pr. José Lopes, juntou-se a nós nesta celebração, e o Ir. Daniel Felizardo trouxe-nos uma meditação sobre o ministério pastoral. Intitulada "O que as ovelhas esperam de um Pastor", esta reflexão teve suporte bíblico em I Timóteo 3:1-7. Neste texto, o apóstolo Paulo enumera as virtudes que devem presidir à vida pastoral.Resumindo, o pastor deve ter uma vida exemplar para que seja um bom testemunho para todos aqueles que ainda não abraçaram a fé.
Veja mais fotos desta celebração no vídeo seguinte:
No entanto, na nossa vida, não podemos olhar só para trás; também temos que olhar para a frente. E, aquilo que está diante de nós, muitas vezes não é muito claro. Assim, talvez devamos seguir o exemplo de Davi, orando: "Senhor (...) aplana diante de mim o Teu caminho" (Salmos 5:8). Quando olhamos para o caminho à nossa frente - a nossa vida - tendemos a pedir a Deus que aplane o nosso caminho. Davi sabia que não era essa a oração que devia fazer. Oxalá nós também peçamos a Deus que nos ajude a andar sempre no Seu caminho e não no nosso...
Também tendemos a pensar que Deus se esqueceu de nós quando as coisas não são muito claras. Mas, terá esse pensamento qualquer fundamento? Isaías 49:14-16 mostra-nos que não. O Senhor Deus jamais se esquecerá de nós. Tem-nos gravados na palma das Suas mãos. Ao encarar o novo ano, olhemos pelo espelho retrovisor da nossa vida e contemplemos as mãos de Deus!
O que é que temos na mão? Davi tinha apenas uma funda, quando enfrentou o Gigante Golias (I Samuel 17), mas isso não o impediu de o vencer.
Sansão tinha apenas uma queixada de jumento e com ela feriu mil Filisteus (Juízes 15:15).
Durante o culto, o Pr. Jónatas Lopes revelou-nos o lema da nossa igreja para 2011, o qual se baseia em Jeremias 18: Transformados por Deus.
Recordamos que em 2010, o lema foi: A Cruz de Cristo.
Quando olhamos para a Cruz de Cristo, temos que ser, forçosamente, transformados...
Oxalá permitamos que Deus nos quebre e transforme, a cada dia do novo ano... "... Eis que como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel." (Jeremias 18:6)