sábado, 24 de outubro de 2009

Carta Pastoral...

Esta semana foi desenvolvida uma acérrima campanha contra Deus e contra a Bíblia. De alguém que não me surpreende, face ao que conheço dele e do seu pensamento como Escritor. Tinha muito que dizer sobre o assunto ... e se tinha ... mas apenas quero conduzir o vosso pensamento sobre 3 aspectos:

1º - A liberdade de pensamento e expressão que J.S. pretende para si (até já falam de inquisição, o que revela algumas lacunas cognitivas sobre o tema em causa) também há que ser concedida a todos os cristãos. Parece que se diviniza a tolerância para com aqueles que defendem narrativas imbuídas de obsessões e preconceitos religiosos e colocam, isso sim, no tribunal inquisitorial aqueles que se subordinam, com prazer, com fé, e sem salto algum no escuro, ao âmbito da crença em Deus e na Bíblia como Revelação da Sua vontade; 2º - A escrita traduz sempre o carácter e a filosofia de vida do autor. E ela pode ser constatação, exclusivamente, mas prefiro literatura interventiva, de acção, com propostas exequíveis para a sociedade. Ir a um médico e ser simplesmente diagnosticado com um negro quadro clínico ... e vir embora porque ele recusa sugerir caminhos, ou porque não conhece, ou porque não reconhece esses caminhos como os ideais, ou porque não quer ser confrontado com eles, etc, ... parece-me incongruente, para não qualificar de outra maneira. Para mim, esse médico não me serve para nada. Os cristãos são chamados a ser sal da terra e luz do mundo; os cristãos são chamados a ser cabeça e não cauda; a virem para a luz para que as suas obras glorifiquem o Senhor Deus. O cristão não é chamado a auto-silenciar-se, ou a deixar-se silenciar. Se nos calarmos, «as próprias pedras clamarão»; se nos quiserem calar, diremos «mais importa obedecer a Deus do que aos homens». Para mim, ser-se Homem, com H grande, é «ir para a frente», «é ir para o terreno de acção» ... e não deixar que outros o façam e depois vir, de forma habilidosa ou não, astuciosa ou não, elaborar narrativas desse caos, da «cegueira social», dos «caídos no chão». Trata-se de credibilidade ... e parece-me que J.S, não reúne condições para se me impor como referência. Não me estou a referir ao seu «modo de escrita», mas estou a referir-me à sua forma de estar no mundo, ao seu contributo para restaurar o que está mal, para sugerir caminhos mais adequados aos povos, etc.

3ª - Para não perder mais tempo ... Deus continuará a ser Deus independentemente da vontade de todos os ateus e agnósticos, o que não acontece com estes últimos. E mesmo que a sua militância contraste com a amorosa e pacífica natureza de Deus, jamais apagarão a matriz que Deus nos legou quando nascemos »à sua imagem e semelhança». Nós nos aproximamos de Deus ... e somos atendidos no Seu Trono de graça e poder; outros se aproximam ... à distância ... para protestar contra Deus, para tentarem matá-lo, ou pelo menos destruir a sua presença na vida das nações e dos homens. Resta-me dizer: «Perdoa-lhe Senhor Deus, porque não sabe o que diz». Sim, e em suma, se J.S. Saramago e outros como ele desejassem, do fundo do coração: que houvesse justiça e bem-estar social; que houvesse paz e solidariedade entre os povos e outros paradigmas similares a estes ... então restar-lhe-ia juntar-se a nós nessa cruzada, na medida em que defendemos a mesma coisa ... mas com Deus na direcção. Essa é a mais valia que temos ... e que sabemos que é real ... e é uma mais valia que se «impõe» de dentro para fora, com transformações a nível de mente, coração e acção. Que pena J.S. não querer compreender uma coisa tão simples e adopta filosofias tão complexas e de resultados altamente improváveis.

Hoje temos mais uma jornada de Comunhão. É difícil chegar a uma verdadeira comunhão ... mas é bem mais difícil mantê-la. E a estratégia de almoço inter-Igrejas, acrescido com o magusto, é altamente bíblica e aprovada por Deus. «Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união». E isso agrada de tal maneira a Deus que «ali Ele ordena a bênção para sempre». Movermo-nos para a comunhão ... estimular a comunhão ... viver a comunhão ... não estragar ou afectar a comunhão ... apoiar poderosa e amorosamente a comunhão ... trabalhar para que a comunhão jamais deixe de existir ... eis alguns dos desafios que faço aos meus amados irmãos, destinatários desta carta. Eu farei a minha parte ... e acredito que também fareis a vossa parte. assim for ... o nosso Deus estará sempre connosco e dele poderemos esperar grandes coisas.

Pr. José Lopes

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