domingo, 21 de junho de 2009

De braço estendido...

A mensagem do culto da tarde, trazida pelo nosso Pr. Jónatas Lopes, teve por base a Parábola do Filho Pródigo, registada em Lucas 15:11-32.
O jovem quis a herança antes do tempo. Ele pensava que podia viver sem o pai e partiu... Às vezes, nós também pensamos que podemos viver sem o nosso Pai Celestial; consideramo-nos auto-suficientes...
O jovem trocou uma vida tranquila e confortável na casa do seu pai por uma vida devassa, sem limites, até que o dinheiro acabou e os amigos, que apenas o eram por interesse, deixaram-no e ele começou a padecer necessidades. É nos momentos de maior dificuldade, no meio da adversidade, que nós vemos como está a nossa relação com Deus. Como reagimos quando tudo está escuro, quando as peças do puzzle da nossa vida não se encaixam?
Finalmente, o jovem cai em si e, ao comparar o contexto em que se encontra (está, literalmente, na lama) com a sua antiga vida, verifica que, afinal, era feliz na casa do seu pai. Lá, tinha comida em abundância. Agora, alimentava-se das bolotas que dava aos porcos que guardava. Isto evidencia uma característica do ser humano: descontentamento. Nunca estamos satisfeitos com o que temos. Queremos sempre mais. Porém, aqui, uma pergunta impõe-se: "É isso que Deus quer para mim?" Cometeríamos, certamente, menos erros se, cada vez que temos de tomar uma decisão, colocássemos esta questão... Tal como os pais disciplinam os filhos, o nosso Deus castiga-nos porque nos ama. A correcção demonstra amor.
Quando regressa a casa, o jovem mostra-se genuinamente arrependido. "Pai, pequei contra o céu e perante ti. Já não sou digno de ser chamado teu filho". Ninguém é digno de ser chamado de "Filho de Deus". Só a maravilhosa graça de Deus e o Seu imenso amor por nós, o qual o impeliu a entregar o Seu Filho amado, Jesus, para morrer por nós, nos permitiu ter esse estatuto.
O pai abraçou-o e beijou-o, feliz por ter o seu filho de volta. Oh, como Deus fica contente quando um filho Seu se arrepende e volta para Si! O pai do jovem não o recriminou pelo que tinha feito, "não lhe atirou nada à cara"... Limitou-se a beijá-lo e a abraçá-lo, demostrando assim o seu perdão. Quando nos arrependemos, Deus lança todos os nossos pecados nas profundezas do mar (Miquéias 7:19) e nunca mais se lembra deles (Isaías 43:25). O diabo é que gosta de nos relembrar os nossos erros.
O filho mais velho ficou com inveja. No seu entender, era ele que merecia aquela festa e não o seu irmão que tinha desperdiçado o dinheiro do pai. Se nos considerássemos sempre imerecedores do que quer que seja, nunca teríamos a atitude do irmão mais velho. Somos todos iguais aos olhos do nosso Deus. Não há crentes de primeira e de segunda... Deus vê-nos a todos da mesma maneira! Conclusão: Deus está sempre de braços abertos, pronto a receber aqueles que genuinamente se arrependem e se voltam para Ele. Quando tudo ao nosso redor estiver escuro, lembremo-nos que há um braço estendido na nossa direcção...

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