Versículo
Pensamento
Cantam anjos lá dos Céus;
trazem novas de perdão,
graça eterna salvação.
Prova deste amor dá o Redentor!
No fim-de-semana 6-8 de Novembro, um grupo de irmãos da nossa Igreja e da Igreja de Mangualde deslocaram-se a Sevilha, onde participaram do VII Congresso Missionário da Igreja Baptista de Sevilha, uma comunidade que sustenta condignamente 68 missionários, espalhados por vários continentes.
Durante a Conferência foi celebrado, em acto de culto, um convénio missionário entre as Igrejas de Sevilha, Mangualde e Tondela.
As Igrejas de Mangualde e Tondela vão sustentar 12 missionários, espalhados por 5 países.
São eles:
Andrew Monyatsi e esposa – Botswana
Donnis Abella e Esposa – Cuba
Marcos Ribera e Esposa – Cuba
Alex Franklin e Esposa - Haiti
Iraque (Por motivos de segurança, não revelamos o nome do casal de missionários a desenvolver o seu ministério neste país)
Na carta pastoral de 8 de Novembro referimo-nos à expressão de bondade, como reflexo da bondade Divina em relação a nós. E afirmámos que voltaríamos ao assunto, tendo em conta o tema da nossa Igreja: Vivo feliz pois sou de Jesus e porque posso expressar a Sua bondade - investindo na solidariedade.
Os crentes em Jesus são objecto da bondade de Jesus! São receptores da bela e maravilhosa bondade Divina! Que bênção! Que enorme privilégio! Mas que grande responsabilidade também! Somos felizes, na medida em que a expressão da bondade de Deus na nossa vida atinge elevados níveis de intervenção e de recursos! Somos bem-aventurados, já que somos beneficiários do Seu terno cuidado, como amoroso Pastor, que tudo faz para que nada nos falte. E acumulamos … e acumulamos … e enchemo-nos … e enchemo-nos … como depósitos permanente disponíveis para receber benesses Divinas. No entanto, também nos esquecemos que esse não é o propósito de Deus para as nossas vidas; esquecemo-nos, de forma voluntária ou involuntária, que também devemos ser transmissores da bondade Divina que invade a nossa vida; omitimo-nos da missão de espraiar essa bondade naqueles que nos rodeiam. E de forma egoísta guardamos, exclusivamente para nós, os recursos que o nosso Deus nos providencia, esquecendo-nos que alguns desses recursos não são para acumular, mas para distribuir, para servir os outros em Nome de Cristo. Por outras palavras, se o nosso Deus nos dá mais do que aquilo que necessitamos,
há que reflectir: até que ponto o que está a mais deve ser colocado ao serviço do meu próximo? Sempre numa perspectiva de honrarmos o nosso Deus, na pessoa do nosso semelhante.
Quando o Jesus Senhor apelou para que não acumulássemos tesouros na terra, não estaria também Ele a pensar na importância de não ambicionarmos mais e mais para nós, em detrimento dos que nada têm, ou pouco têm para viverem de forma digna? Creio que sim, na medida em que o nosso Mestre desafiou-nos a ajuntarmos tesouros no Céu, tesouros que, por extensão, se referem ao «copo de água» que damos a quem tem sede e «pão» que distribuímos aos que não o têm … em Nome de Jesus, na medida em que se assim o fizermos, é como se o estivéssemos a fazer ao nosso próprio Salvador.
Um colega Pastor, há muitos anos atrás, dizia-me que solidariedade não era um termo bíblico, mas um vocábulo produzido em contextos político-sociais. É óbvio que os neologismos resultam de novos contextos situacionais, de novas realidades científicas, etc, mas o que para mim é claro é que se o termo «solidariedade» não está na Bíblia, à semelhança de outros significantes, a verdade é que ele traduz realidades que a Palavra de Deus não ignora. Alguém duvida que somos motivados e desafiados a sermos solidários com os outros? E até nem falo apenas de bens materiais, embora, como é óbvio, eles também estejam inseridos nesse campo.
«Investindo na solidariedade» tem que ser mais do que um apelo! Tem que ser uma atitude! Permanente e contínua!
Amado irmão: seja generoso com os recursos que o nosso Deus lhe disponibiliza! Estenda, de forma concreta, alguma da percentagem da bondade de Deus na sua vida na vida dos outros! Lembre-se que Deus terá isso em conta!
Pr. José Lopes
Não há palavras para descrever o universo de emoções que vivemos no passado fim de semana. E quando falamos de universo, queremos realçar o extraordinário leque de vivências que o nosso Deus no proporcionou em Sevilha.
Foi uma viagem de muitas horas, quer de ida, quer de regresso. Apesar disso, os benefícios espirituais anularam, por completo, qualquer debilidade física que nos pudesse bater à porta. O profeta diz que aqueles «que esperam no Senhor renovarão as suas forças» … e isso foi bem patente em todos aqueles que viajaram até à Conferência Missionária em Sevilha. As Igrejas irmãs de Mangualde e de Tondela «enviaram» 23 crentes até à querida Igreja de Sevilha, a qual nos acolheu de forma mui impressionante. Como verdadeiros irmãos em Cristo, imbuídos do mesmo espírito, apaixonados pela Obra de Deus, companheiros missionários no cumprimento do «Ide» de Jesus.
O fim de semana passou-se de uma maneira muito rápida. Não deu para passear, mas houve espaço e tempo para pensar, para reflectir, para partilhar, para abençoar e para ser abençoado. Como impressiona a fé de tantos missionários que labutam em campos tão difíceis, a todos os níveis! Extraordinários heróis, física e espiritualmente, que investem a sua vida, sem qualquer espécie de medo, mesmo o de morrerem em condições horripilantes. E como reflectimos sobre a nossa fraqueza em «nos dar-mos» ao Senhor, quando vivemos num País onde facilmente podemos viver a propagar a nossa fé. Como somos tão fracos, diante de figuras que assumem a sua missão missionária em ambientes tão hostis. E como assumimos essa fraqueza, só nos resta dizer: «Eis-me aqui Senhor». Não estou a apelar para ninguém ir para o Iraque, para Botsuana, para a Nigéria, etc, embora se Deus chamar alguém para essas áreas geográficas só nos resta apoiar. O que estou a rogar, em Nome
de Jesus, é que sejamos missionários na nossa terra, na nossa Jerusalém, sem deixarmos de sustentar as cordas daqueles que partem para esses países, missionários que chegam onde nós não podemos chegar, mas que somente ali podem chegar se, na rectaguarda, houver os necessários apoios. E daí o podermos chegar - e por incrível que pareça por apenas 1 € mensal - a Países que necessitam do toque de Deus, da mensagem de salvação. Aleluia! Glórias ao nosso Deus!
A nossa Igreja vai avançar com a constituição de um C.E.M. - CENTRO DE EXPANSÃO MISSIONÁRIA. E numa parceria que envolve Mangualde, Tondela e Sevilha iremos apoiar vários missionários em vários países do Mundo. Na semana passada escrevemos que nos devíamos preparar para os resultados da Conferência Missionária em Sevilha. E não só os que iriam, mas igualmente toda a Igreja, porque Deus iria, de certo, «incomodar-nos». E incomodou-nos. A uns mais, a outros menos, mas algo se irá passar se não houver obstáculos que se coloquem na nossa marcha. Alguns irmãos, a seu tempo, darão o seu testemunho e a forma como foram «incomodados», mas com o CEM queremos apoiar Missões nos «confins da Terra», mas queremos que o nosso Deus nos envie até Penalva, Carregal do Sal e outras terras à nossa volta. Ou seja, queremos fazer Missões «em toda a Judeia e Samaria», adquirindo experiência, vitalidade, espírito de missão, paixão pelas almas, na nossa Jerusalém, a Cidade onde vivemos, o espaço geográfico onde circulamos e onde podemos anunciar as virtudes daquele que nos tirou do Reino das trevas e nos trouxe para o Reino do Seu amor!
«Diz ao povo de Israel que marche» - diz ao povo de Tondela que marche!
Pr. José Lopes