domingo, 20 de novembro de 2011

Culto da tarde...

No último Domingo, o Pr. Jónatas trouxe-nos uma mensagem que teve suporte bíblico nos textos registados em Filipenses 2 e 3.
"... Cristo Jesus, que sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus..." (Filipenses 2:5-6).
Apesar de não deixar de ser Deus, Jesus esvaziou-se dos Seus atributos divinos, para que o Pai pudesse fazer a Sua vontade. Isto mostra que há coisas mais importantes do que os nossos objectivos terrenos e, à semelhança de Cristo, devemos esvaziar-nos do nosso ego, permitindo que a vontade de Deus prevaleça.
"Resta, irmãos meus, que vos regozijeis no Senhor..." (Filipenses 3:19). Paulo enfatiza que a nossa alegria deve ser no Senhor, ou seja, ela não pode advir das circunstâncias que nos rodeiam. Também Habacuque e Davi diziam que a sua alegria provinha da salvação...

No verso 7, Paulo afirma que o que para ele era ganho reputou-o perda por Cristo.
Por outras palavras: tudo aquilo que ele pensava que era bom e que o podia valorizar como ser humano, passou a considerá-lo prejudicial. Aquilo que era importante, ele deixou-o de lado, por amor a Deus. Aquilo que ele achava que era excelente, perante a excelência de Deus, tornou-se medíocre.
Isto mostra que devemos depender totalmente de Deus, pois somos vitoriosos quando reconhecemos que em nós não há qualquer capacidade. O poder de Deus aperfeiçoa-se na fraqueza (II Coríntios 12:8-9).
Os versículos 13 e 14 mostram que devemos esquecer-nos das coisas passadas, isto é, não devemos valorizar aquilo que fizemos no passado, pois não fomos nós que fizemos; foi Deus, através de nós. Assim, devemos é avançar para novos objectivos, aqueles que Deus tem para nós.
Lembremo-nos que o prémio que nos está destinado não é para ser recebido aqui na terra... Se a nossa vida se resumisse a esta existência terrena, seríamos as pessoas mais infelizes (I Coríntios 15).

"Prossigo para o alvo" (v.14). Aqui está implícita a ideia de que não devemos estagnar. Logo, é importante que façamos uma análise à nossa vida espiritual. Como é que ela está em relação há um ano ou dois atrás? Não estagnemos... Oremos e meditemos na Palavra, leiamos bons livros, ouçamos testemunhos, pois isto promove o nosso crescimento espiritual.
Paulo termina este capítulo com uma magnífica declaração. Ele afirma que, um dia, Cristo transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o Seu corpo glorioso. Maravilhosa esperança!

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Culto de Batismos...

No passado dia 6 de Novembro, a Igreja Baptista de Tondela teve mais um momento festivo com a realização de mais um Culto de Batismos.

Foram três as pessoas que, em obediência ao mandamento de Jesus, desceram às águas, dando desta forma testemunho público da sua fé.

A nossa comunidade ficou assim assim mais "rica", não só por causa destas três vidas, mas também pela inclusão de um grupo de quatro irmãos já batizados e que já frequentavam a nossa Igreja há algum tempo.

Neste dia tão especial para a nossa Igreja, o Pr. Jónatas Lopes pregou com base em Lucas 15, um texto sobejamente conhecido. Trata-se de uma parábola, uma história que, não obstante não ser real, encerra verdades morais e espirituais.

O filho mais novo - o filho pródigo - chega junto do pai e pede-lhe a parte da herança a que tinha direito. Não somos nós assim também, por vezes? Tendemos a achar que temos o direito de exigir algo de Deus. Mas, quem somos nós para exigir o que quer que seja de Deus?
O filho fez este pedido porque desejava sair de casa, a fim poder fazer aquilo que muito bem entendesse, longe da supervisão do pai. Às vezes, nós também pensamos que podemos viver longe do Pai Celestial; achamos que somos auto-suficientes...
Cheio de dinheiro, o jovem rapidamente conquistou "amigos", com quem desperdiçou a sua fortuna. E, quando já não lhe restava nada, os "amigos" também o abandonaram. Passou, então, a ter uma vida miserável, tendo chegado ao ponto de desejar comer as bolotas dos porcos que passou a guardar a fim de garantir a sua sobrevivência. É de notar que, quando estava junto do pai, ele tinha tudo o que precisava e em abundância!

Nós também caímos em miséria quando nos afastamos de Deus...

Percebendo o erro que tinha cometido ao pensar que teria uma vida melhor longe do pai, o jovem, genuinamente arrependido, regressa a casa do pai e pede-lhe perdão. Estava ainda longe dos limites da propriedade quando o pai o avista...

Rejubilante por ver o filho amado, o pai corre ao seu encontro, com os braços estendidos... É com um carinhoso abraço que recebe o filho que tanta dor lhe causara quando resolveu viver por sua conta e risco.

Que magnífica ilustração do amor de Deus por nós! Ele também estende os Seus amorosos braços na nossa direção, mesmo antes de nós nos aproximarmos dEle. Maravilhosa graça! Amor inigualável!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Culto da tarde...

A mensagem que o Pr. Jónatas Lopes nos trouxe teve suporte bíblico em Lucas 15, texto que contém a parábola do Filho Pródigo.

Como sabemos, uma parábola é uma história não verídica que tem por objectivo transmitir uma verdade moral e espiritual. Esta parábola, como é do conhecimento geral, fala de um filho que decide abandonar a casa do Pai para viver dissolutamente. Quando o dinheiro acaba e os amigos o abandonam, Ele resolve voltar ao seu lar e o pai recebe-o de braços abertos e prepara, inclusivamente, uma festa para celebrar o regresso do filho amado.
O filho mais velho, aquele que sempre levara uma vida correcta, obedecendo sempre ao pai, ao chegar a casa, ficou intrigado com o som da música e com a alegria que por lá reinava.
Muitas vezes, as pessoas que nos rodeiam também não compreendem a razão da nossa alegria...
Surpreendido com aquele ambiente festivo, perguntou a um dos servos o que estava a acontecer. Foi-lhe explicado que era o regresso do seu irmão que estava na origem daquela celebração. Ele ficou extremamente indignado e já não queria entrar em casa. Aqui, vemos alguém que não compreende o amor e a graça do nosso Deus; alguém que realmente não entende o significado do perdão. Ele achou que o seu irmão não era digno da graça do pai; ele é que era. Ele desejava que o seu irmão fosse julgado.
Meditemos nisto... Não somos nós assim também, tantas e tantas vezes? Como é que ficamos se virmos dentro do templo da nossa Igreja pessoas que nos fizeram mal ou que são mal vistas na sociedade? Tendemos a questionar as coisas e a julgar...
Este irmão mais velho é aquele crente religioso que, sentado na sua cadeira, está sempre a observar os outros crentes, estando sempre pronto a julgá-los...
O irmão mais velho era um opinador e nós, muitas vezes, também o somos. Costumamos ser bons a dar conselhos aos outros, mas somos muito maus gestores da nossa própria vida. Vemos o cisco no olho dos outros e não vemos a trave no nosso.
No entanto, não nos esqueçamos que, por norma, julgamos os outros por aquilo que nós somos...

O filho mais velho manifesta ao pai o seu desagrado, argumentando que sempre o serviu fielmente e que o pai nunca lhe dera sequer um cabrito para festejar com os amigos.
Muitas vezes, nós também agimos assim em relação a Deus. Quando vemos alguém que escolheu não andar com Deus a prosperar, reclamamos com Ele por considerarmos ser uma injustiça essas bênçãos não virem para nós...

Como somos exigentes! E quem somos nós para exigir dEle o que quer que seja? Ainda que Deus não nos desse mais nada, a salvação já seria motivo mais do que suficiente para expressarmos continuamente a nossa gratidão para com Aquele que nos garantiu a vida eterna.

O filho mais velho aponta os erros do irmão e ainda critica o pai (v30). Nós, muitas vezes, também agimos de forma semelhante: apontamos os pecados dos outros e ainda ousamos dizer a Deus que Ele não faz as coisas corretamente!
O pai reage mansamente, dizendo algo muito belo: "Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas; mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se".
Nós, outrora, também estávamos mortos nos nossos pecados e delitos, mas fomos achados e revivemos... Glória a Deus!
Com qual dos dois filhos somos parecidos? Será com o mais velho, que revelou uma atitude semelhante à do fariseu (Parábola do Fariseu e do Publicano - Lucas 18:9-14) ou com o mais novo, que reconheceu o seu erro, arrependeu-se genuinamente e teve a humildade de pedir perdão?
Semelhantemente, se nos arrependermos, podemos olhar para o Pai e receber o Seu perdão.
Tendemos a alegar que o que alguém fez foi mesmo muito grave para o perdoarmos de ânimo leve... Oxalá percebamos que para Deus não há pecados grandes ou pequenos e que falhamos constantemente!

Assim como o pai do filho pródigo lhe estendeu os braços, estendamos nós a maravilhosa graça do nosso Deus a todos à nossa volta...