domingo, 29 de abril de 2012

Culto da tarde...

"A importância da Igreja" foi o título da mensagem que o Pr. Jónatas nos trouxe no último Domingo. Efésios 4:11-16 foi o texto que lhe serviu de base...

Há quem questione o valor da Igreja e a sua real importância, mas, por norma, é muito difícil mantermos a nossa vida espiritual saudável quando estamos afastados da nossa comunidade...





Neste texto, o apóstolo Paulo enumera os vários dons que Deus distribui pelos crentes. Ele diz que Deus capacitou uns para apóstolos (pessoas que tiveram contacto visual/direto com Deus; logo Paulo foi o último apóstolo), outros para profetas (aqueles que traziam mensagens em relação ao futuro; não são adivinhos, são aqueles que falam a Palavra de Deus). 

Deus também capacitou alguns para evangelistas (aqueles que transformam qualquer oportunidade numa mensagem evangelística; apesar de nem todos terem o dom de evangelizar, todos nós somos chamados a dar testemunho da graça de Deus na nossa vida.

Há também aqueles que são capacitados para pastores e/ou mestres. Há quem defenda que estas duas funções andam sempre de mãos dadas. Outros, porém, acham que se trata de duas funções distintas. Seja como for, é importante não nos esquecermos das atividades primárias do Pastor, as quais são a oração, a pregação da Palavra e o cuidado do rebanho. Mestres ou doutores são estudiosos das Sagradas Escrituras; são aqueles que estudam pormenorizadamente a Palavra de Deus...





Deus dá os dons, é certo. Mas, para que é que estes servem? O versículo 12 responde... Os dons servem para o aperfeiçoamento dos santos (aqueles que foram separados para Deus). Os dons (é de notar que dom não é o mesmo que talento) servem para edificação do Corpo de Cristo, ou seja, para servirmos a Deus. Se não colocarmos os nossos dons ao serviço de Deus, o Corpo (Igreja) não cresce nem numérica nem espiritualmente...

O verso 13 mostra-nos que não há pessoas mais importantes que outras; somos todos iguais... Em Cristo, somos um...
"Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito...
Aqui, "homem perfeito" tem o significado de maturidade espiritual, pois a perfeição só a atingiremos no Céu.




"Para que não sejamos mais meninos inconstantes" (v.14). Está aqui presente uma analogia com os adolescentes, cujo comportamento e estado de espírito mudam frequentemente. Ou seja, não devemos andar ao "sabor do vento", sendo levados por qualquer tipo de doutrina. Contudo, isto não significa que não possamos vir a ter dúvidas; não devemos é, perante uma qualquer doutrina que nos seja apresentada, questionar a nossa fé.

O versículo 15 pode ser resumido assim: Se somos conhecedores da Verdade (a Bíblia), sigamo-la em amor.... Se nos ridicularizarem quando falarmos da Palavra, não deitemos "pérolas a porcos"; sacudamos o pé dos nossos pés e avancemos. A cabeça da Igreja é Cristo, é Ele que manda; é a Ele que importa agradar.

Somos todos membros de um corpo que tem Cristo por cabeça (v.16). Cada um contribui para o aumento deste corpo, pelo que todos somos igualmente importantes (porém, não nos esqueçamos que a importância que temos não provém de nós mesmos, mas do que Cristo realizou por nós). 

Assim, coloquemos os nossos dons ao serviço de Deus para nos edificarmos uns aos outros e crescermos juntos...



quarta-feira, 25 de abril de 2012

Culto da tarde


Continuamos a estudar o livro de Efésios e a mensagem que o Pr. Jónatas Lopes nos trouxe teve suporte bíblico no texto registado em Efésios 4:1-6, o qual fala da unidade da fé. 

Nós, os que aceitámos Jesus como Salvador, somos o templo do Espírito Santo. Nós somos a Igreja! Isto representa um grande mistério, pois somos tão diferentes uns dos outros... É difícil compreender como é possível que haja unidade com tantas cabeças a pensar! Isto só é compreensível através da obra realizada por Jesus na cruz. No meio da diversidade, há unidade, pois é Cristo que nos une. Por causa do que Jesus fez (deu a Sua vida por nós; e isto é mais do que morrer!), nós passámos a ter valor...


O apóstolo Paulo auto-denomina-se "preso do Senhor". Isto é, ele era um prisioneiro do amor que tinha a Deus. Infelizmente, nos dias que correm, assistimos, em muitas comunidades, à perda do conceito de Igreja e de irmandade; os membros estão a deixar de se tratar uns aos outro por irmãos. É pena que isto aconteça, pois esta forma de tratamento tem associado a si um conceito de amor forte.

Paulo apela aos Efésios para que, uma vez que foram chamados à salvação, andem de acordo com essa condição. Ao pertencer a uma Igreja, fazemos parte de uma comunidade e, consequentemente, devemos prestar contas uns aos outros. Esta ideia de responsabilidade de uns para com os outros deve estar sempre presente. Assim, sempre que tal se mostrar necessário, devemos, em amor, chamar à atenção uns aos outros.
"Com toda a humildade e mansidão, com longaminidade, suportando-vos uns aos outros em amor" (v.2). Este versículos mostra-nos como podemos mostrar amor. Fazemo-lo através da humildade (Devemos considerar os outros superiores a nós, como diz Filipenses 2:3). É nosso dever valorizarmos aqueles que nos rodeiam. 
Também devemos ter humildade para reconhecer que falhamos. A cruz de Cristo mostra-nos que todos pecaram e a oração do Pai Nosso mostra-nos que se não perdoarmos também não seremos perdoados.

A humildade também deve estar sempre presente nos nossos relacionamentos. Não nos relacionamos uns com os outros por causa dos benefícios que essa relação nos poderá vir a trazer...


Também mostramos amor através da mansidão. Isto implica que, quando temos algo a dizer a alguém, esperamos pelo tempo certo para o fazermos e somos prudentes em relação à forma como o dizemos. Devemos permitir que seja o Espírito Santo a trabalhar.

A nossa capacidade de nos suportarmos uns aos outros também é reveladora do amor que nos une. Devemos sempre relacionar-nos uns com os outros da mesma forma que Deus se relaciona connosco, estando, portanto, sempre prontos a perdoar. Se Deus nos perdoa quando falhamos, nós também o devemos fazer quando falham para connosco...

No verso 3, Paulo apela aos crentes de Êfeso para se esforçarem por conservarem a unidade que vem do Espirito Santo, vivendo em paz uns com os outros. Semelhantemente, nós também devemos viver em paz, mas uma paz sã e não uma paz podre, como tantas vezes se vê por aí. O assunto tem que ser resolvido, tem que ser limpo em profundidade para que a cura total possa ocorrer. É preciso esclarecer e clarificar tudo para que seja possível avançar.

Somos um em Cristo Jesus (v.4) e o nosso propósito deve ser um só: glorificar a Deus em todas as coisas.

O versículo 6 afirma: um só Deus e Pai de todos,  qual é sobre todos, e por todos e em todos vs. É de notar que aqui não está presente uma nova doutrina que prolifera por aí - o universalismo - e que defende que no fim vamos todos salvar-nos. Isto trata-se de uma heresia.

Ao dizer "todos", Paulo refere-se aos crentes (Igreja), pois Deus só é Pai daqueles que aceitarem Cristo com salvador. Estes são filhos de Deus por adoção. Deus atua de modo semelhante em todos, uma vez que não faz acepção de pessoas. Ele só não atua quando há pecado na nossa vida. 
Maravilhosa graça! Um Deus santo e puro age em nós, pobres pecadores... Isto só acontece por causa da cruz!







quarta-feira, 11 de abril de 2012

Culto de Páscoa...

No último Domingo, pelas 7:30 da manhã, realizou-se o Culto da Ressurreição. O Pr. Jónatas Lopes pregou com base em Isaías 53. 
Eis o que Jesus nos mostrou através do sofrimento:
1) É a vontade do Pai que deve prevalecer. O sofrimento atroz por que estava a passar levou Jesus a suplicar a Deus que, caso fosse possível, o poupasse a tanta dor. Contudo submeteu-se à vontade do Pai, pois sabia que isso era o melhor.
2) Não devemos protestar. Cristo mostrou-nos como devemos reagir ao sofrimento. Ele não sofreu na cruz para que eu não sofresse; Ele sofreu para que, ao sofrermos, nós sejamos semelhantes a Ele (Tim Keller). É nas adversidades que mostramos a diferença que Deus faz na nossa vida. À semelhança de Jesus, se vivermos na dependência do Pai, não protestaremos quando percorrermos o caminho da dor.
3) Não nos devemos defender. Quando sofro injustiças, devo olhar para a Cruz de Cristo. Ele foi a pessoa que mais injustiças sofreu. Nunca pecou, mas foi condenado por causa dos pecados de toda a humanidade. 
4) Não nos devemos preocupar com posições. Cristo merecia um lugar de destaque, mas teve o pior e mais humilhante de todos: a cruz. Ele mostrou-nos assim que, muitas vezes, nós também vamos receber o pior lugar...


A seguir ao Culto da Ressurreição teve lugar o Culto de Ceia. A mensagem que o Pr. Jónatas Lopes nos trouxe teve suporte bíblico no texto registado em I Coríntios 15.
O apóstolo Paulo afirma que o Evangelho, o qual ele proclama de forma permanente, é para ser vivido. É por isso que a vida cristã é algo muito difícil, pois implica abandonarmos o nosso eu e prescindirmos dos nossos desejos para que a vontade de Deus prevaleça.
Neste texto, Paulo declara que Cristo morreu pelos nossos pecados, mas também ressuscitou e se isso não tivesse acontecido, nós também não ressuscitaríamos um dia, pelo que a nossa fé seria vã. A ressurreição de Jesus é uma facto histórico, pois Ele foi visto por várias centenas de pessoas, tendo também aparecido a Paulo quando este se dirigia para Damasco em mais uma missão cujo alvo era eliminar os cristãos. Foi aqui que ele "abraçou" o Evangelho, tendo passado de perseguidor a perseguido. Quem tem um encontro pessoal com Cristo não pode permanecer o mesmo. A vida e o ministério de Paulo são a prova da transformação que Deus opera na vida das pessoas.



Apesar de ter tido um ministério extraordinário, Paulo reconhecia que foi a graça de Deus que lhe permitiu realizar tudo o que fez. Ele percebia que nada era, que não existia nele qualquer virtude; era Deus que lhe dava o suporte para tudo. Que exemplo para nós! 

No verso 19, Paulo afirma que se esperássemos em Cristo apenas nesta vida, seríamos os mais miseráveis de todos os homens.
Qual é a razão da esperança que há em nós? A nossa felicidade depende as circunstâncias? A alegria do Cristão provém unicamente da salvação que Cristo nos ofereceu ao morrer na cruz...

Páscoa é morte e ressurreição. Páscoa é celebração. Páscoa é alegria, a alegria da salvação..