quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Culto da tarde...

No Domingo passado, o Pr. Jónatas Lopes trouxe-nos uma mensagem baseada no texto bíblico registado em Daniel 3:17-27. O rei Nabucodonosor tinha mandado construir uma estátua de ouro e, quando chegou o momento de a consagrar, emitiu um decreto que estabelecia a obrigatoriedade do povo se prostrar perante ela, adorando-a. Tal deveria suceder quando ouvissem o som de um determinado conjunto de instrumentos musicais. O povo assim fez, com excepção de 3 jovens judeus exilados na Babilónia: Sadraque, Mesaque e Abednego. Estes recusaram-se a servir os deuses do rei, mesmo estando conscientes das consequências que esse acto de desobediência lhes traria.
Quando foram ameaçados de morte por Nabucodonosor, caso não se prostrassem perante a estátua, eles disseram claramente ao rei que, apesar de saberem que Deus os podia livrar da morte, não tinham a certeza de que Ele o faria. Porém, para eles, isso não fazia a mínima diferença. Eles jamais deixariam de servir ao Deus vivo, mesmo que isso lhes custasse a vida. O seu desejo era glorificar o seu Deus... E nós, a quem desejamos servir?
Eles foram, então, condenados à fornalha ardente, a qual, a pedido do rei, foi aquecida sete vezes mais do que o que era habitual. Estes homens não sabiam o que iria acontecer, mas "abandonaram-se" nas mãos do Deus a quem desejavam servir, independentemente das circunstâncias. E Deus permitiu que eles passassem pelo fogo... Às vezes, nós também passamos. Deus não nos promete uma vida isenta de problemas, mas garante-nos paz, uma paz que excede todo o entendimento, quando estes ameaçam assolar-nos. Nos momentos de angústia, quando já não conseguimos aguentar mais, oxalá tenhamos a coragem de dizer a Deus que faça a Sua vontade, pois ela é boa, perfeita e agradável.
Chega, então, o momento de se executar a sentença e os três jovens são lançados no fogo. O forno estava tão quente que o calor que dele emanava matou os homens que os atiraram para lá. Contudo, esse mesmo fogo não causou quaisquer danos a Sadraque, Mesaque e Abednego, o que deixou o rei Nabucodonosor sobremaneira espantado. Mais admirado ficou ainda quando constatou a presença de um quarto homem no forno, cujo aspecto, segundo o rei, era semelhante ao Filho de Deus... De facto, "o anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra" (Salmos 34:7).
Oxalá estes homens nos sirvam de inspiração. À semelhança de Sadraque, Mesaque e Abednego, quando estamos no meio das tribulações, não sabemos o que poderá acontecer, mas "o justo vive pela fé" (Habacuque 2:4). Deus dá-nos uma paz inexplicável quando enfrentamos adversidades. Oxalá possamos dizer com o Salmista: "O Senhor é o meu pastor, nada me faltará (...) Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo" (Salmos 23). Façamos nossas as palavras de Habacuque: "Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação" (Habacuque 3:17-18).

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