quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Culto de Estudo Bíblico e Oração...

Lucas 16:19-31 (Parábola "O Rico e Lázaro") foi o texto bíblico que serviu de base ao estudo de hoje. Há quem alegue que se Deus proíbe de falar com os mortos é porque esse contacto é possível. Como respondemos a isto?
A Bíblia afirma que os mortos não têm parte alguma neste mundo, que não sabem coisa nenhuma do que se passa aqui. (Eclesiastes 9:5-6)
Logo, quando alguém diz que fala com os mortos, fala, isso sim, com espíritos demoníacos. Obviamente que Deus proíbe esta prática, pois trata-se de uma actividade demoníaca, algo que Ele abomina.
Mas, por que procuram as pessoas a bruxaria, por que desejam falar com os mortos e não consultam a Deus? Provavelmente por desejarem algo físico, nem que seja somente uma voz...

Debrucemo-nos, então, no texto bíblico de hoje, o qual é uma Parábola. Convém recordar que as Parábolas não tratam dos pormenores, mas da essência da mensagem. O versículo 26 mostra que os mortos não podem sair do local onde que se encontram e também deita por terra a doutrina que defende a existência de um nível intermédio, entre o Céu e o inferno.

Será que se alguém viesse do inferno falar do sofrimento que se lá vive, isso faria realmente alguma diferença? Será que as pessoas mudariam de rumo? Não. Caso isso fosse possível, não passaria de mero espectáculo!

Como diz o verso 30, se não ouvem a Palavra de Deus, que é tão directa e clara, também não ouviriam os mortos ressuscitados!


Este desejo crescente das pessoas de saber o amanhã revela a ausência de Deus nas suas vidas, pois o nosso futuro está nas Suas mãos.
"Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nEle e Ele o fará". (Salmo 37:5)
"Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal." (Mateus 6:34)


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Culto de Estudo Bíblico...

Continuamos com o estudo de seitas e denominações e, ontem, o Pr. Jónatas Lopes falou sobre "Espiritismo". Como é sabido, os espíritas afirmam que falam com os mortos e dizem que se trata de algo que tem base bíblica. Usam I Samuel 28 para sustentar a sua doutrina. Supõe-se que o 1º livro de Samuel tenha sido escrito por um servo de Saul. Samuel já tinha morrido. Em I Samuel 28:6, vemos que Deus tinha cessado a Sua ligação com Saul, pois não lhe respondeu. O versículo diz que Deus não lhe falou nem por sonhos, nem através de profetas (é de notar que Samuel era profeta). Cortou completamente o contacto com Saul. Este, porém, desejava muito saber o que se ia passar com ele e com a sua família, naquela guerra. Como Deus não lhe falava, ele recorreu a uma feiticeira.

No verso 12, o servo de Saul (é importante não esquecer que é o servo quem faz o relato dos acontecimentos e que, se ele levou Saul até à feiticeira é porque acreditava plenamente naquilo)  afirma que a mulher vê Samuel. Contudo, no versículo seguinte, a mulher diz que vê deuses, o que mostra que ela não está muito certa do que vê.
No versículo 14, Saul pede-lhe uma descrição do que vê e a mulher diz que se trata de um homem idoso, envolto numa capa. Saul deduz, então, que seja Samuel.
No entanto, se recuarmos até I Samuel 15:35, vemos que, a partir daquele momento, Saul nunca mais viu a Samuel. E, aqui, uma pergunta impõe-se: "Se, em vida, Samuel cortou a sua ligação com Saul, por que motivo a retomaria depois de morto?"
Por outro lado, Deus abomina a feitiçaria (I Samuel 15:23)
Em I Samuel 28:17-18, o espírito fala de algo que já é um facto: o castigo devido à desobediência.

O verso 19 contém 3 "profecias". De acordo com a primeira, o Senhor entregaria também a Israel com Saul nas mãos dos filisteus. Porém, ao ler I Samuel 31:4, vemos que esta não se cumpriu.
Basta uma profecia falhar para o profeta perder a sua credibilidade, mas vamos analisar as restantes "profecias"...
De acordo com a segunda "profecia", todos os filhos de Saul morreriam no dia seguinte. Se lermos II Samuel 2:8-10, verificamos que esta também não se cumpriu.
Quanto à terceira "profecia" - "e o arraial de Israel o Senhor entregará na mão dos filisteus" - também não se confirma a sua veracidade. Basta ler o capítulo 30 de I Samuel.

Conclusão:  Em vida, Samuel foi um profeta credível. Por que haveria de arruinar a sua "reputação" depois de morto? Definitivamente, não era Samuel, mas sim um espírito demoníaco!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Unidade...

Hoje, no Culto da tarde, o Pr. Jónatas Lopes pregou sobre "unidade", o subtema para este mês de Fevereiro. Baseando a mensagem em Filipenses 2:2, o nosso pastor começou por contextualizar o versículo bíblico. O apóstolo Paulo era um enviado às igrejas e, como tal, às vezes, precisava de admoestar e corrigir. A igreja de Filipos era das poucas igrejas que o ajudava financeiramente. No entanto, mesmo tendo um grande amor pelos Filipenses, Paulo corrige-os. Ele manifesta gratidão para com eles, mas também corrige o que não está bem. E o que é que estava mal naquela igreja? Havia discordâncias.
Vê-se o estado espiritual de uma igreja pela forma como os crentes se relacionam. Há amor? No caso da igreja de Filipos, havia pessoas a afastarem-se, devido à falta de unidade.


Não obstante todas as dificuldades financeiras por que passava e as perseguições que sofria constantemente, Paulo tinha alegria. Sentia um gozo completo. Como é que alguém nestas condições consegue ter alegria? A pergunta impõe-se! A alegria do crente não advém de factores externos. A nossa alegria vem do grande amor do nosso Deus e do facto de o Espírito Santo habitar em nós.

Paulo aconselha os Filipenses a terem o mesmo sentimento. O que significará isto? Romanos 12:16 ajuda-nos a comprender melhor. Devemos ser humildes e não dar espaço ao orgulho. Devemos receber as pessoas em amor. Como é que recebemos as pessoas que estiveram afastadas da nossa igreja durante um determinado período de tempo? Estamos dispostos a recebê-las de braços abertos, à semelhança do que fez o pai na parábola do Filho Pródigo? Quem somos nós para julgar os outros? Todos nós falhamos e todos precisamos da graça de Deus.


Também somos chamados a ter o mesmo sentimento de paciência (Romanos 15:5). Precisamos de ter paciência com as pessoas à nossa volta. Tem de existir amor puro. Quando há amor, há vontade de perdoar e de ultrapassar os desentendimentos.

Devemos ainda ter o mesmo parecer quanto às questões espirituais e viver em paz (II Coríntios 13:11). Nós sentimos paz, mesmo no meio dos problemas, porque temos a garantia de que Deus está connosco. Ele jamais nos abandonará!

Conclusão: Os crentes devem estar unidos de alma, isto é, devem estar juntos no mesmo propósito: louvar e honrar o nome do nosso Deus!

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Culto de Estudo Bíblico e Oração...


Ontem, o nosso Estudo foi baseado em Actos 8:26-39, a passagem bíblica que relata o encontro de Filipe com o eunuco etíope. O nosso pastor José Lopes apresentou-nos, então, os princípios básicos da abordagem a pessoas de outras confissões religiosas:

1- A primeira aproximação deve sempre partir de pontos comuns. Para ganharmos alguém para Cristo, jamais devemos começar pelos pontos divergentes, pois este tipo de procedimento não aproxima ninguém. Por exemplo, podemos começar por perguntar: "Quem é Deus para ti? O que Ele significa para ti?"

2- Partir do conhecido para o desconhecido. Ou seja, devemos construir pontes e não barreiras.

3- Não devemos abordar as pessoas com arrogância ou ar de superioridade (I Pedro 3:15). A nossa "competência" em termos bíblicos existe, porque temos ao nosso lado o Espírito Santo. Logo, devemos abordar as pessoas com humildade. Quando atiramos pedras, não granjeamos simpatia. Nós somos instrumentos nas mãos de Deus para ganhar pessoas para Cristo, e, portanto, tudo o que fazemos em relação a estas pessoas, deve ser em amor (I Coríntios 13).

Muitas vezes, abordamos as pessoas, começando por lhes apontar que têm dogmas. Sendo um dogma uma verdade absoluta, inquestionável, não temos também nós, Cristãos Evangélicos, dogmas?! Sim, temos! A doutrina da Trindade é um dogma.
E também é um dogma a nossa afirmação de que a Bíblia é a Palavra de Deus; que é inerrante; que toda Ela é inspirada por Deus, de Génesis a Apocalipse, não contendo qualquer contradição.

Assim, quando falamos em dogmas, podemos estar a rotular alguém com algo que nós também temos.
A diferença é que, enquanto em algumas confissões religiosas, as pessoas são "formatadas" para que pensem todas da mesma maneira, não podendo pôr em causa o que lhes é transmitido; o filho de Deus tem a liberdade de questionar os seus dogmas (Actos 17:11).