quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Culto da tarde...

No último Domingo, terminámos o estudo do livro de Ageu, pelo que a mensagem que o Pr. Jónatas Lopes nos trouxe baseou-se no capítulo 2 do referido livro.
O versículo 1 mostra que é novamente Deus que, através de Ageu, fala com o povo. Ou seja, a Palavra é sempre do Senhor. Os seus servos - neste caso, Ageu - são intermediários.
A mensagem do Senhor veio em forma de repreensão, pois o esplendor do novo templo não era sequer comparável ao do templo anterior. No entanto, importa ressaltar que Deus não valoriza as dimensões daquilo que se faz, mas, sim, as motivações com que se faz. A oferta da viúva pobre (Lucas 21:1-4) é disso prova.
Para Deus, o que realmente conta é a intenção com que fazemos as coisas. O que quer que façamos, devemos fazê-lo para honra e glória de Deus. Logo, devemos fazer tudo com excelência.
Deus ordena, então, ao povo e aos seus líderes que se esforcem (v.2). Quantas vezes já não suámos por causa do nosso trabalho, por causa dos nossos assuntos pessoais? E, em relação ao nosso serviço para Deus? Será que temos a mesma postura? Às vezes, é-nos difícil arregaçar as mangas... A ordem dada por Deus vem acompanhada de uma promessa: "Esforça-te (...) porque eu sou convosco..." Que maravilha! Se trabalharmos com dedicação, temos a garantia da presença de Deus...
"... O meu Espírito permanece no meio de vós; não temais..." (v.5). Mais uma promessa... Se nos esforçarmos e dermos prioridade a Deus, não temeremos nada, pois Deus está sempre connosco. Esta garantia também nos é dada no Salmo 23: "Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo..." (v.4)
E o verso 7 também contém uma promessa: a segunda vinda de Cristo à terra.
No verso 8, Deus diz-lhes que tudo aquilo que possuem Lhe pertence, pois tudo provém dEle.
Se somos de Deus, Ele é o dono de todas as coisas; nós somos meros mordomos a quem Ele entrega os mais variados recursos para usarmos sabiamente.
O que estamos a fazer com os recursos que temos à nossa disposição? Se estivermos a acumular tesouros na terra, não os podemos estar a juntar no céu...
Jesus aconselha-nos a acumular tesouros no céu, pois onde estiver o nosso tesouro também estará o nosso coração (Mateus 6:19-21).
Dando continuidade a esta sucessão de promessas, o versículo 9 contém mais uma. Deus afirma que a Sua glória estaria bem presente neste novo templo e, ali, Ele daria a Sua paz.
Deus abençoa aquilo que fazemos se Ele for prioridade nas nossas vidas. E Ele merece tudo aquilo que pudermos dar de todo o nosso coração. Oxalá tenhamos sempre a motivação correcta no nosso serviço a Deus. Oxalá Ele tenha a primazia na nossa vida!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Escola Bíblica Dominical...

"Tem tudo a ver com a graça" foi o título da nossa lição da EBD, a qual nos foi apresentada pelo Pr. Jónatas. Romanos 5 foi o texto bíblico que lhe serviu de suporte. No versículo 1, o apóstolo Paulo menciona uma doutrina fundamental: a justificação. Mas, do que se trata? O que significa ser-se justificado? A seguinte ilustração talvez ajude a compreender a doutrina da justificação. Imaginemo-nos num Tribunal, perante um juiz que acaba de nos condenar. Subitamente, é-nos dito que não precisamos de cumprir a pena, pois alguém a cumprirá por nós. Foi o que Jesus fez por nós. Aos olhos de Deus, o Justo Juiz, nós estávamos condenados, pois o pecado separa-nos do Deus Santo. Porém, Jesus ao morrer na cruz, levou sobre si a nossa culpa e nós fomos absolvidos. Assim, através da fé em Cristo, que, não obstante ser inocente, tomou o nosso lugar, fomos reconciliados com Deus, fomos declarados justos. Maravilhosa graça!
A salvação, contrariamente àquilo em que muitos crêem, resulta única e exclusivamente da nossa fé na obra realizada por Cristo na Cruz (Efésios 2:8-9). Não depende das actos de bondade que eventualmente realizemos. Quando aceitamos Cristo como nosso Salvador, tem início um processo de contínua transformação que se manterá pela vida fora. Voltemos à justificação... Qual é o resultado de sermos justificados pela fé? A resposta encontra-se no verso 1. Obtemos paz com Deus, pois fomos reconciliados com Ele. A nossa ligação com Ele foi restabelecida e já não apresenta "cortes" ou qualquer espécie de interferência. Essa paz vem através de Jesus (v.2) que nos reconciliou com Deus. Agora, temos harmonia com o Pai. Através de Cristo, temos acesso a esta maravilhosa graça, isto é, a algo que não merecemos. E, se compreendermos a tremenda graça de Deus, ficaremos firmes e gloriar-nos-emos na esperança da glória de Deus (v.2). Isto refere-se ao futuro, à glória do Céu, onde, graças ao inigualável amor de Deus e ao sacrifício de Jesus, passaremos a eternidade... A paz que sentimos é fruto da nossa relação com Deus e da certeza de que teremos um futuro maravilhoso com Ele num lugar de delícias perpétuas.
O verso 3 contém uma afirmação que alguns, certamente, considerarão estranha: "também nos gloriamos nas tribulações". O apóstolo Paulo pretende dizer que devemos considerar-nos fracos perante Deus, devemos reconhecer que em nós não há capacidade alguma, pois assim passamos a depender de Deus, o Todo Poderoso. Às vezes, Deus permite que cheguemos ao fundo para que possamos depender dEle. Contudo, Ele não nos deixa afundar; levanta-nos no momento certo. "A tribulação produz a paciência", declara ainda o versículo 3. E a perseverança promove a firmeza de caráter. Quando somos pacientes, o nosso caráter mantém-se estável; não muda consoante as circunstâncias. Lembremo-nos que um dos gomos do fruto do Espírito é a temperança. Oxalá aprendamos a lidar com as nossas emoções.
A experiência produz esperança e a esperança não traz confusão (vs 4 e 5). A esperança da vida eterna, passada junto de Deus, não pode trazer confusão. Bem pelo contrário, traz alegria... O verso 5 afirma ainda que o amor de Deus está derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado, o qual é o garante da nossa salvação. Ou seja, nós nunca estamos sós, porque o Espírito Santo habita em nós. Quanto conforto isto nos proporciona! O verso 6 contém uma declaração incompreensível para a maioria de nós. Afirma que Cristo morreu por nós, mesmo sendo pecadores. Se já é difícil dar a vida por alguém bom, quão mais difícil não será morrer por alguém mau? Porém, foi precisamente isso que Jesus fez por nós. Esta é uma mensagem de amor. Nada nem ninguém nos pode separar do amor de Deus, em Cristo Jesus. NEle, somos mais do que vencedores...
Estamos a assistir à disseminação de uma doutrina - a denominada Doutrina Universalista - que defende que a graça de Deus é tremenda e, portanto, no final, todos serão salvos. Porém, o verso 9 mostra claramente que Deus ainda se ira e somente o sangue de Cristo nos reconcilia novamente com o Pai. Quem não aceitar Jesus como seu Salvador não será reconciliado com Deus e, consequentemente, será alvo da Sua ira. O verso 15 realça o trabalho realizado por Cristo, ao morrer na cruz. Reparemos no contraste: o pecado veio através de um só homem, tendo provocado a morte espiritual de muitos e a graça também veio através de um só (Jesus), mas para salvação de muitos.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Culto da tarde...

No Domingo passado, o Pr. Jónatas Lopes trouxe-nos uma mensagem baseada no texto bíblico registado em Daniel 3:17-27. O rei Nabucodonosor tinha mandado construir uma estátua de ouro e, quando chegou o momento de a consagrar, emitiu um decreto que estabelecia a obrigatoriedade do povo se prostrar perante ela, adorando-a. Tal deveria suceder quando ouvissem o som de um determinado conjunto de instrumentos musicais. O povo assim fez, com excepção de 3 jovens judeus exilados na Babilónia: Sadraque, Mesaque e Abednego. Estes recusaram-se a servir os deuses do rei, mesmo estando conscientes das consequências que esse acto de desobediência lhes traria.
Quando foram ameaçados de morte por Nabucodonosor, caso não se prostrassem perante a estátua, eles disseram claramente ao rei que, apesar de saberem que Deus os podia livrar da morte, não tinham a certeza de que Ele o faria. Porém, para eles, isso não fazia a mínima diferença. Eles jamais deixariam de servir ao Deus vivo, mesmo que isso lhes custasse a vida. O seu desejo era glorificar o seu Deus... E nós, a quem desejamos servir?
Eles foram, então, condenados à fornalha ardente, a qual, a pedido do rei, foi aquecida sete vezes mais do que o que era habitual. Estes homens não sabiam o que iria acontecer, mas "abandonaram-se" nas mãos do Deus a quem desejavam servir, independentemente das circunstâncias. E Deus permitiu que eles passassem pelo fogo... Às vezes, nós também passamos. Deus não nos promete uma vida isenta de problemas, mas garante-nos paz, uma paz que excede todo o entendimento, quando estes ameaçam assolar-nos. Nos momentos de angústia, quando já não conseguimos aguentar mais, oxalá tenhamos a coragem de dizer a Deus que faça a Sua vontade, pois ela é boa, perfeita e agradável.
Chega, então, o momento de se executar a sentença e os três jovens são lançados no fogo. O forno estava tão quente que o calor que dele emanava matou os homens que os atiraram para lá. Contudo, esse mesmo fogo não causou quaisquer danos a Sadraque, Mesaque e Abednego, o que deixou o rei Nabucodonosor sobremaneira espantado. Mais admirado ficou ainda quando constatou a presença de um quarto homem no forno, cujo aspecto, segundo o rei, era semelhante ao Filho de Deus... De facto, "o anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra" (Salmos 34:7).
Oxalá estes homens nos sirvam de inspiração. À semelhança de Sadraque, Mesaque e Abednego, quando estamos no meio das tribulações, não sabemos o que poderá acontecer, mas "o justo vive pela fé" (Habacuque 2:4). Deus dá-nos uma paz inexplicável quando enfrentamos adversidades. Oxalá possamos dizer com o Salmista: "O Senhor é o meu pastor, nada me faltará (...) Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo" (Salmos 23). Façamos nossas as palavras de Habacuque: "Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação" (Habacuque 3:17-18).

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Culto da tarde...

No último Domingo, foi o Pr. José Lopes que nos trouxe a mensagem da parte de Deus, tendo pregado com base no texto bíblico registado em Isaías 38:1-8. Ezequias foi um dos Reis mais preciosos na história de Israel. Realizou grandes feitos e até consertou os estragos provocados por alguns dos seus antecessores. Porém, a dado momento, este rei brilhante recebe a seguinte mensagem da parte de Deus: "Põe em ordem a tua casa, porque morrerás, e não viverás" (v.1).
Põe em ordem a tua casa... Se fôssemos nós a receber uma mensagem assim, como reagiríamos? Quando o Senhor Deus nos "envia" uma carta, Ele sabe como está a nossa "casa". Ele conhece tudo aquilo que está na nossa vida e que não devia estar. Provavelmente, temos coisas a mais que precisaremos de retirar; talvez hábitos, pensamentos, atitudes, etc... Mas, uma pergunta impõe-se aqui: O que acontece, então, ao espaço vazio deixado pelas coisas que retiramos? Talvez tenhamos de colocar lá algo para as substituir... Façamos o exercício de nos perguntarmos a nós mesmos que coisas retiraríamos da nossa vida e que coisas introduziríamos em sua substituição. Jamais esqueçamos que "sem santificação, ninguém verá o Senhor".
Qual seria a nossa reacção se recebêssemos a mensagem enviada a Ezequias? Ele chorou e tentou "negociar" com Deus mais uns anos de vida. Provavelmente, nós faríamos o mesmo, pois o ser humano tende a adiar o projecto da morte. Ezequias implorou por misericórdia e Deus, que a um coração contrito e a um espírito quebrantado não despreza (Salmos 51:17), concedeu-lhe mais 15 anos de vida. Se estivessemos num estado terminal e o Senhor nos desse a nós mais anos de vida, o que faríamos com esse tempo, em termos espirituais? Decerto que se estivessemos a negociar com Deus o prolongamento da nossa vida, faríamos mil e uma promessas. Provavelmente, prometeríamos ser mais fiéis, orar mais, ser dizimistas, ir a mais cultos, etc, etc... Se tentarmos elaborar uma lista, surgirá algo deslumbrante. Então, por que não dizemos ao Senhor, neste preciso momento, que queremos fazer a Sua vontade, começando agora? Como não temos a certeza do amanhã, é hoje que temos de ser fiéis, que temos de passar a orar mais, de servir mais, etc... Oxalá a nossa oração seja esta: "É hoje, Senhor, que preciso que me laves; é agora que te quero servir". Se assim o fizermos não ouviremos as palavras que foram dirigidas ao rico insensato mencionado em Lucas 12:16-20: "Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?" Se fizermos projectos sem incluirmos Deus, o resultado será caótico. Temos de construir o nosso presente, o nosso dia-a-dia, com o Senhor, pois só assim garantimos o nosso futuro. Deus pode, de um momento para o outro, chamar-nos à Sua presença. Ele quer que sejamos hoje aquilo que devemos ser amanhã...