sábado, 19 de dezembro de 2009

Pensamento e versículo da semana...


Versículo
E dará à luz um filho e chamarás o seu nome de JESUS; porque Ele salvará o povo do Seu pecado. (Mateus 1:21)

Pensamento
  «Glória a Deus! Glória a Deus!»
Cantam anjos lá dos Céus;
trazem novas de perdão,
graça eterna salvação.
Prova deste amor dá o Redentor!

Carta Pastoral...

Estamos na recta final do ano. Tempo de um primeiro balanço. Vamos a ele?

No passado Domingo reflectimos sobre o 1º semestre do ano. Hoje, vamos fazê-lo em relação ao 2º semestre. Assim:

Julho: Vivo feliz ... ... porque eu vivo em seu grande amor – investindo em mim mesmo. E como é que poderemos ser infelizes se somos bafejados pelo grande e precioso amor de Deus. Amor claramente único em toda a dimensão e expressão. Amor que enche e preenche a nossa vida e que nos encanta e seduz, até porque ele é inequívoco, permanente e valorativo. E investir em nós mesmos é conduzirmos o nosso pensamento para a arte de pensar: pensar nesse tão valioso Deus para quem nós não somos meras e insignificativos figurantes neste planeta que Ele criou. E investir em nós mesmos é conduzirmos o nosso coração a se dar por satisfeito com esse tranquilizante amor do nosso Pai Celeste. Será que foi isso que nós fizemos? E é esse o nosso estado de espírito?

Agosto: Vivo feliz ... porque é Ele que edifica a minha casa - investindo no companheirismo familiar. Algumas questões: temos consciência da acção de Deus na vida das nossas famílias? Já alguma vez equacionámos o como seria a nossa família se Cristo não estivesse presente desde a sua formação até ao presente momento? Todo o nosso agregado familiar tem consciência dessa acção Divina? Que lugar ocupa o Senhor Deus na vida da nossa família? Que lugar ocupa a adoração, a oração e a meditação nos nosso contexto familiar? Sou eu mais valia ... referência ...para o meu lar? Qual a prioridade que dou à salvação daqueles que se agregam debaixo do mesmo telhado?

Setembro: Vivo feliz ... porque posso ser seu Embaixador –investindo no serviço cristão. Que maravilha! Sim ... é que qualquer crente em Jesus Cristo pode ser Embaixador de Cristo. À partida, todos temos o desejado perfil para essa maravilhosa função. Não necessitamos de grandes estudos, ou cultura, ou de descendermos de nobres famílias ... visto que o mesmo Mestre que chamou e comissionou os pescadores da Judeia também pode efectuar maravilhas na vida daquele que Ele salva, independentemente da condição que o caracterizou antes de conhecer a Cristo. E agora surge um pertinente questão: Deixei que Cristo investisse em mim?

Outubro: Vivo feliz ... porque Ele me leva à glória dos Céus – investindo na santificação. Que maravilha ter a certeza que a glória dos Céus cobre a nossa vida, mas mais admirável é ter a certeza de que estarei lado a lado com o meu Jesus! Não, não é uma esperança, mas uma inquestionável e indestrutível certeza. Que bom saber que um dia estarei, para todo o sempre, com o meu Salvador! Este certeza é também tua, amado irmão. E por isso não há lugar a desânimo. No entanto, esta alegria também exige uma maravilhosa caminhada – a santificação, «sem a qual ninguém verá o Senhor». Sabemos que a santificação é uma tarefa do Espírito Santo na nossa vida, mas há que haver disponibilidade da nossa parte a fim de que ela seja uma clara realidade. E as questões surgem: Em que patamar eu estou em termos de santificação? Estagnei? Regredi? Progredi? Está o meu Deus satisfeito com a minha situação espiritual?

Novembro: Vivo feliz ... porque posso expressar a Sua bondade – investindo na solidariedade. Que maravilha termos um Deus que é, em essência, bondoso, mas que também expressa, de forma tão evidente, essa Sua maravilhosa bondade. Mas a questão era mais abrangente: Expresso eu a bondade do meu Deus em todos os actos da minha vida. Ele é, efectivamente, bondoso! E eu? É bem notória essa bondade, nas minhas palavras, ou nas minhas atitudes? E sou eu alguém que se insere na área da solidariedade? Quem são os outros para mim? Faço eu aos outros aquilo que gostaria que eles me fizessem? Penso eu no meu semelhante e dirijo-me a ele, em Nome de Jesus?

Dezembro: Vivo feliz ... ... e Ele, olhando para mim, também se sente feliz! – investindo na avaliação. Que balanço faço eu ao meu percurso até ao momento? Estou feliz com esse percurso? E o meu Deus? Também está satisfeito comigo? Oro para que da nossa sincera e justa avaliação resulte progresso espiritual, para a glória de Deus.

Finalmente: Desejo a todos uma óptima e abençoada época natalícia ... com plena lembrança do Aniversariante Jesus! Onde quer que estejamos, no dia 25 de Dezembro, não esqueçamos de exaltar o Príncipe da Paz. E quem tiver a oportunidade … é desde já convidado a participar no Culto em Mangualde … pelas 16 horas.

Pr. José Lopes

sábado, 12 de dezembro de 2009

Pensamento e Versículo da semana

Versículo
O temor do Senhor é o princípio da sabedoria: os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.
Provérbios. 1:7
Pensamento 
Pensar é fácil; agir é difícil e colocar os pensamentos em acção é a coisa mais difícil do mundo.
Goethe

Carta Pastoral...

Estamos na recta final do ano. Tempo de um primeiro balanço. Vamos a ele?
Janeiro: Vivo feliz … porque desfruto o gozo da luz - investindo na oração. E apidamente nos surgem as seguintes questões: tenho desfrutado do gozo da luz? Quantitativamente e/ou qualitativamente? Isso é claramente visível nos meus contextos vivenciais? E cresci na minha comunicação com Deus? Tenho eu prazer nesse crescimento? Que reflexos teve isso  na minha vida? 
Fevereiro: Vivo feliz … porque sou herdeiro de Deus - investindo na Meditação. E com o sub-tema aparece uma nova série de questões: Tenho eu tido a consciência, em todos os momentos, mesmo nos mais adversos, de que sou herdeiro de Deus e co-herdeiro com Cristo? E quais os resultados dessa reflexão? Encaro a presença de Deus como real, mesmo quando há sinais de Outono ou de Inverno? Tenho eu a noção de que essa riqueza conceptual resulta do grau de investimento que faço na meditação? E passei a meditar mais … e mais profundamente?
Março: Vivo feliz … porque posso render-lhe sempre louvor - investindo na Adoração. E mais uma pequena bateria de questões: A minha adoração é condicionada pelos contextos que me rodeiam? Faço-a sempre em espírito e em verdade? Louvo sempre a Deus, independentemente das Suas respostas à minha oração? A minha adoração a Deus está em crescendo?
Abril: Vivo feliz … porque me submeto ao amor de Jesus - investindo na Comunhão. Agrada-me a submissão ao Senhor Deus? Em todas as coisas? E em todas elas vejo a manifestação do Seu amor, mesmo quando Ele diz não às minhas súplicas? E como é que vai a minha comunhão com os meus irmãos em Cristo? É ela saudável e reciprocamente uma bênção? Este ano fui uma bênção para a minha Igreja, em termos de comunhão? Investi mais, mais ou menos igual, ou menos do que em 2008?
Maio - Vivo feliz … porque eu e a minha casa servimos ao Senhor - investindo na Família. Como é que vai a minha Família em termos espirituais? Oramos juntos? Estamos unidos no mesmo espírito de serviço? O meu contributo para essa filosofia é permanente, ou esporádica? Destaco-me pela positiva, estimulando, ou pela negativa, obstruindo? A minha Família é uma bênção para mim? E eu sou, de forma inequívoca, uma bênção para a minha Família? E a minha Família é uma bênção para a minha Igreja? E a minha Igreja conta com a disponibilidade de toda a minha Família? Junho - Vivo feliz … porque testemunho da excelsa graça de Deus - investindo na Evangelização. E aqui apresentamos mais um leque de questões: Dá-me prazer falar de Jesus? Espero pelas oportunidades para o fazer, ou provoco-as, em Nome de Jesus. O meu testemunho é exclusivamente através da minha vida, ou adiciono também a sua verbalização? Tenho contribuído para tornar a minha Igreja mais Missionária e mais Evangelística? A minha disposição para tornar a minha Igreja numa Igreja Missionaria é algo que vem do exterior, ou é algo inerente à minha pessoa?  
Vamo-nos ficar por aqui. Há questões muito fáceis de responder, a par de outras que exigem mais ponderação … e oração. No entanto, o objectivo desta carta é claramente duplo: primeiro - que façamos uma séria avaliação do nosso estado actual, pedindo a ajuda de Deus para esse efeito; segundo - que, com a ajuda de Deus, caminhemos para os objectivos que Ele tem para a nossa vida. Com alegria, dedicação, paixão … e Deus nos abençoará!

Pr. José Lopes

sábado, 5 de dezembro de 2009

Pensamento e Versículo da semana


Versículo

O trabalho da sua alma ele levará e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos: porque as iniquidades deles levará sobre si. (Isaías 53: 11)


Pensamento

Quando falares, tem cuidado, para que as tuas palavras sejam melhores do que o teu silêncio. (Provérbio indiano)

Carta Pastoral...

Alguém se lembra do lema da nossa Igreja para este ano? É óbvio que sim: Vivo feliz, pois sou de Jesus! Todavia, talvez, só alguns se lembrarão do sub-tema deste mês: … e Ele, olhando para mim, também se sente feliz! E como sempre falámos da necessidade de investirmos, este mês, falaremos de Investindo na Avaliação. Até porque estamos no último mês do ano, e é de toda a conveniência que façamos uma avaliação, honesta e séria, do caminho que trilhámos e da evolução que registámos em termos espirituais.
Olhando para o primeiro item do sub-tema, logo de imediato a nossa atenção se dirige para Isaías 53, versículo 11 - O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito. Enquadrando o texto no seu contexto, recordemos que o Profeta Isaías estava a referir-se à aparição, dores e glória do Messias, ou seja, de toda a Sua maravilhosa obra de substituição, redenção e salvação. Um retrato fidedigno daquilo que se viria a passar mais ou menos 700 anos depois. E tudo aquilo que o Profeta escreveu, sob inspiração do Espírito, concretizou-se na Obra vicária de Jesus. No entanto, o detalhe inserido na 1ª parte do versículo 11 vai mais além do que o contexto imediato, ou seja, do que aquilo que se passou na cruz, apesar da plena e inequívoca afirmação de Jesus: «Está consumado». E quando afirmamos que vai mais além, estou a pensar em estendê-la até aos nossos dias. Estou a pensar naqueles que morreram em Cristo, nos quais Jesus se reviu, com os quais Jesus se alegrou, por tudo aquilo que lhes diz respeito. Sim, estou a referir-nos a todos aqueles em quem se concretizou a expressão: «Bem-aventurados os mortos que agora morrem no Senhor … para que as suas obras o acompanhem», em todos aqueles que alegraram o seu Mestre com a sua fé, o seu entusiasmo, a sua fidelidade, o seu compromisso, a sua militância, o seu serviço.
Estendendo o versículo a cada um de nós, gostaríamos que cada um dos leitores desta carta pudesse inquirir-se a si mesmo: O que é que Jesus pensa de mim? Que sentimentos o Mestre regista em si, quando olha para mim? Eu vivo feliz, pois sou de Jesus, mas será que o inverso também é verdade? Será que Jesus é feliz, na medida em que vive em mim?
Das respostas que dermos às questões que formulei, depende, e muito, o balanço que iremos fazer do ano de 2009. É muito fácil o diabo colaborar na facilitação das respostas, dizendo-nos que Jesus está satisfeito, escondendo, ele próprio que essa satisfação é sua; mas também é muito fácil contarmos com a ajuda do Espírito Santo numa real e honesta avaliação daquilo que Jesus pensa sobre nós.
Nesta primeira carta do mês, o meu desejo é que comecemos, em espírito de oração, a avaliarmos aquilo que fomos durante este ano: nossa postura; nossa fé; nossos pensamentos; nossa linguagem; nossos relacionamentos; nossa fidelidade a Deus; nossa prestação como servos; nosso nível de mordomia (dinheiro, tempo, dons, etc). E que Deus te ajude nessa avaliação, a fim de que cresças, para a Sua glória, no ano de 2010.

Pr. José Lopes


Viagem Missionária...

No fim-de-semana 6-8 de Novembro, um grupo de irmãos da nossa Igreja e da Igreja de Mangualde deslocaram-se a Sevilha, onde participaram do VII Congresso Missionário da Igreja Baptista de Sevilha, uma comunidade que sustenta condignamente 68 missionários, espalhados por vários continentes.

Durante a Conferência foi celebrado, em acto de culto, um convénio missionário entre as Igrejas de Sevilha, Mangualde e Tondela.

As Igrejas de Mangualde e Tondela vão sustentar 12 missionários, espalhados por 5 países.

São eles:

Elton Rangel Jr.e Esposa – Cabo Verde

Andrew Monyatsi e esposa – Botswana

Donnis Abella e Esposa – Cuba

Marcos Ribera e Esposa – Cuba

Alex Franklin e Esposa - Haiti

Iraque (Por motivos de segurança, não revelamos o nome do casal de missionários a desenvolver o seu ministério neste país)

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Expressamos aqui o nosso reconhecido agradecimento ao Ir. Daniel Carvalho, da Igreja Baptista de Mangualde, que tão gentilmente nos cedeu as fotos da Conferência.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Carta Pastoral de 29-11-2009

Investindo em solidariedade». O que é ser solidário? Que espécie de solidariedade? Em que áreas? É interessante notar, querido irmão, a semelhança que há entre «solidário» e «solitário». Apenas em termos terminológicos, já que em termos semânticos são claramente diferentes. Solidário deriva do verbo «solidar», sinónimo de soldar. Isto sugere soldadura, conexão, união, ligação … mas obviamente forte, duradoura, resistente. Assim sendo, quando afirmamos que os homens são solidários, estamos a declarar que estão fortemente ligados uns aos outros. O ser humano é um ser social. Não é, inequivocamente uma ilha! As pessoas dificilmente viverão sem mútua cooperação. Em qualquer tempo e lugar, ou em qualquer cultura, desde os primórdio da vida até ao seu ocaso, é da mútua cooperação que somos, vivemos e sobrevivemos. Para muita gente, solidariedade é um conceito abstracto, impreciso, mas não é assim. De facto, ele é dinâmico, inter-activo, de movimento em direcção aos outros. A solidariedade é um compromisso de ajudar aqueles que necessitam de apoio. Na esmagadora maioria das vezes o termo solidariedade está ligado à componente material, seja de que âmbito for. No entanto, se em anteriores cartas pastorais direccionámos a nossa atenção para essa área, hoje queremos focalizá-la na vertente espiritual. Em termos muito generalistas, podemos enquadrar a nossa reflexão nos mesmos parâmetros em que nos situámos até ao presente momento. De facto, ser solidário com os perdidos é irmos pelos «caminhos e valados» com a mensagem redentora de Cristo. É óbvio que há que ter em conta se levamos «o pão vivo que desceu dos Céus» àqueles que não têm «o pão nosso de cada dia». Não é fácil, ou melhor, é tremendamente difícil falar de Cristo àqueles que não têm que comer, ou que têm imensas dificuldades para sobreviver. No entanto, se uma Igreja de Cristo observa as necessidades ao seu redor, e estende os seus braços para as satisfazer, mais credível ficará para revelar o Evangelho da salvação. Por outras palavras, quando uma Igreja se preocupa com o dia-a-dia das pessoas adquire legitimidade para manifestar a sua preocupação com o futuro espiritual dessas mesmas pessoas; ou seja, quando uma Igreja cuida do corpo, lado existencial visível, tem direito a também se preocupar com o lado invisível do seu semelhante, com o destino da sua alma. Há muita gente tão só! Que vive em solidão de âmbito espiritual! Mas uma solidão confrangedora, assustadora, tenebrosa, conflituosa, de guerra permanente. Quer no capítulo de dúvidas existenciais, quer em termos de insegurança religiosa, face à eternidade, quer em opções claramente erradas em relação ao fenómeno religioso. No entanto, e sem qualquer espécie de dúvida no nosso espírito, todas elas estão necessariamente condenadas ao tormento eterno. E investir em solidariedade é termos em conta essa situação e deixarmos que o Espírito Santo no leve até elas. Sendo a solidariedade um compromisso de ajudar aqueles que necessitam de apoio, como afirmámos em anterior momento desta carta, então nós estamos a ser solidários com povos como Cabo Verde, Haiti, Botsuana, Iraque e Cuba. Mas o desafio é também sermos solidários com os povos mais próximos de nós. E há vários à nossa espera … e da mensagem redentora de Cristo. Penalva e Carregal do Sal clamam. Mas há outros, como Canas de Senhorim, Aguiar da Beira, Santa Comba Dão, etc. «Diz ao meu povo que marche». Oro para que nada, absolutamente nada, possa impedir a nossa marcha, amado irmão. Quer a minha, quer a tua, quer a do povo de Deus! Pr. José Lopes

Carta Pastoral de 22-11-2009

Na carta pastoral de 8 de Novembro referimo-nos à expressão de bondade, como reflexo da bondade Divina em relação a nós. E afirmámos que voltaríamos ao assunto, tendo em conta o tema da nossa Igreja: Vivo feliz pois sou de Jesus e porque posso expressar a Sua bondade - investindo na solidariedade.

Os crentes em Jesus são objecto da bondade de Jesus! São receptores da bela e maravilhosa bondade Divina! Que bênção! Que enorme privilégio! Mas que grande responsabilidade também! Somos felizes, na medida em que a expressão da bondade de Deus na nossa vida atinge elevados níveis de intervenção e de recursos! Somos bem-aventurados, já que somos beneficiários do Seu terno cuidado, como amoroso Pastor, que tudo faz para que nada nos falte. E acumulamos … e acumulamos … e enchemo-nos … e enchemo-nos … como depósitos permanente disponíveis para receber benesses Divinas. No entanto, também nos esquecemos que esse não é o propósito de Deus para as nossas vidas; esquecemo-nos, de forma voluntária ou involuntária, que também devemos ser transmissores da bondade Divina que invade a nossa vida; omitimo-nos da missão de espraiar essa bondade naqueles que nos rodeiam. E de forma egoísta guardamos, exclusivamente para nós, os recursos que o nosso Deus nos providencia, esquecendo-nos que alguns desses recursos não são para acumular, mas para distribuir, para servir os outros em Nome de Cristo. Por outras palavras, se o nosso Deus nos dá mais do que aquilo que necessitamos,

há que reflectir: até que ponto o que está a mais deve ser colocado ao serviço do meu próximo? Sempre numa perspectiva de honrarmos o nosso Deus, na pessoa do nosso semelhante.

Quando o Jesus Senhor apelou para que não acumulássemos tesouros na terra, não estaria também Ele a pensar na importância de não ambicionarmos mais e mais para nós, em detrimento dos que nada têm, ou pouco têm para viverem de forma digna? Creio que sim, na medida em que o nosso Mestre desafiou-nos a ajuntarmos tesouros no Céu, tesouros que, por extensão, se referem ao «copo de água» que damos a quem tem sede e «pão» que distribuímos aos que não o têm … em Nome de Jesus, na medida em que se assim o fizermos, é como se o estivéssemos a fazer ao nosso próprio Salvador.

Um colega Pastor, há muitos anos atrás, dizia-me que solidariedade não era um termo bíblico, mas um vocábulo produzido em contextos político-sociais. É óbvio que os neologismos resultam de novos contextos situacionais, de novas realidades científicas, etc, mas o que para mim é claro é que se o termo «solidariedade» não está na Bíblia, à semelhança de outros significantes, a verdade é que ele traduz realidades que a Palavra de Deus não ignora. Alguém duvida que somos motivados e desafiados a sermos solidários com os outros? E até nem falo apenas de bens materiais, embora, como é óbvio, eles também estejam inseridos nesse campo.

«Investindo na solidariedade» tem que ser mais do que um apelo! Tem que ser uma atitude! Permanente e contínua!

Amado irmão: seja generoso com os recursos que o nosso Deus lhe disponibiliza! Estenda, de forma concreta, alguma da percentagem da bondade de Deus na sua vida na vida dos outros! Lembre-se que Deus terá isso em conta!

Pr. José Lopes